domingo, 13 de dezembro de 2015

Artilheiro "quietinho" na Ásia, Ricardo Goulart sonha repetir dose no Mundial



MUNDIAL DE CLUBES



Maior goleador da Champions, atacante do Guangzhou comemora chance de debutar no torneio no Japão e mantém pés no chão como sua fórmula: "Se a bola sobrar..."



Por
Osaka, Japão


O Guangzhou estreia no Mundial neste domingo, às 5h (de Brasília), contra o América do México. O GloboEsporte.com acompanha o jogo em Tempo Real. 

Ricardo Goulart se acostumou a ver seu nome no topo da artilharia dos campeonatos que disputou no último ano: desde o Brasileirão 2014, quando foi o terceiro do ranking, passando pelo Campeonato Chinês, no qual foi vice-artilheiro, até a Liga dos Campeões da Ásia, competição em que o atacante do Guangzhou Evergrande foi eleito o melhor jogador e fez mais gols que qualquer outro - oito em 14 partidas. E para encerrar um 2015 de conquistas coletivas e individuais, o ex-cruzeirense agora tem um desafio inédito na carreira, o Mundial de Clubes, onde sabe que repetir a dose não será simples, uma vez que há concorrentes de nível internacional, como o trio MSN do Barcelona. Mas se o cenário é diferente, a fórmula de Goulart continua a mesma: pés no chão e trabalho "quietinho".
- Pra mim seria uma felicidade imensa (ser o artilheiro). É um torneio de tiro curto, e tem que aproveitar as oportunidades que tiver, porque os concorrentes são de peso. Mas o negócio é fazer o meu trabalho quietinho. Se a bola sobrar, vou estar concentrado para fazer, e só depois pensar nos prêmios individuais. Mas sempre sobrou uma bolinha, né, vamos esperar que sempre sobre. Não é agora que vai falhar (risos). As coisas foram muito bem para o meu lado esse ano. Tive oportunidade de ganhar esses prêmios individuais, mas ressaltando sempre o grupo, pois sem os companheiros eu não teria vencido nada. Fico feliz pela temporada e por, no meu primeiro ano de China, ter conquistado isso. Dá uma confiança para mim nesse Mundial, que é um sonho. Espero fazer um grande torneio - disse ao GloboEsporte.com.

Ricardo Goulart Guangzhou Evergrande (Foto: Sina.com)
Ricardo Goulart no momento do troféu erguido: 
festa do Guangzhou Evergrande na Champions 
da Ásia (Foto: Sina.com)


Mas a concorrência de Ricardo não está somente em Messi, Neymar e Suárez, ou em Oribe Peralta, do América, ou Rodrigo Mora, do River Plate. Dentro do próprio Guangzhou, a disputa por um lugar no ataque é forte, com quatro brasileiros disputando três (ou até duas) vagas: Elkeson, Alan e Robinho, além do próprio Goulart. Um bom problema a ser resolvido pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que ainda tem Paulinho entre as opções brasucas do time.

- O Felipão teve uma dor de cabeça, aí né, mas acho que já está com uma equipe formada. Nós cinco respeitamos bastante qualquer decisão. Ele conta com cinco jogadores pra ajudar e tem que escolher só três ou quatro. Mas tenho certeza que quem ficar de fora vai dar força também, para a gente fazer um grande torneio. Se perder, perdem todos. Se ganhar, ganham todos. Agora não tem esse lance de vaidade.

Ricardo Goulart Guangzhou Evergrande (Foto: Sina.com)Ricardo Goulart com prêmio de artilheiro da Liga dos Campeões da Ásia (Foto: Sina.com)


O primeiro desafio de Goulart, Scolari e cia. é o América do México, neste domingo, nas quartas de final, às 5h (de Brasília) - o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, e o SporTV transmite ao vivo. O brasileiro se diz confiante para a partida, mas sabe da dificuldade que a equipe pode trazer por estar acima dos times que o Guangzhou costuma enfrentar ao longo da temporada. Por isso, prefere ainda não se fixar na ideia de um possível duelo de "sonho" contra o Barça nas semifinais.

- Temos time para isso (vencer o América), para fazer um grande jogo. O América é uma grande equipe. Sem dúvida, tem jogadores de muita qualidade, experiência. A gente enfrenta equipes de outro nível, então tem que se preparar bem, porque não é o Campeonato Chinês. Tem que estudar bem. Mas temos chance, sim. Sabe como é futebol. Quem tiver mais concentrado, equilibrado, sai com a vitória - afirmou Goulart.

Debutando em Mundiais depois de jogar duas Taças Libertadores - com Cruzeiro e Internacional -, Ricardo Goulart confessa que era difícil imaginar que sua estreia na importante competição ocorreria defendendo uma equipe da China. Entretanto, agora pensa em utilizar a oportunidade de tão grande vitrine para chamar a atenção dos brasileiros, principalmente Dunga e sua comissão técnica.

- O futebol é globalizado, todo mundo tem informação. Quando o Tardelli foi para a Seleção, já jogava na China. Se fosse para eu ir antes (de ir para o Guangzhou), acho que teria ido. Hoje terei essa visibilidade para ajudar no Mundial. Vou fazer o meu papel, que sempre venho fazendo, mas sei que não é só de hoje que o pessoal está me acompanhando. Vou aproveitar a oportunidade de que estarão transmitindo ao vivo e fazer o que fiz a temporada todo. Se for para a Seleção, vou muito feliz e muito honrado.

Guangzhou embarque Mundial de Clubes Japão (Foto: Reprodução / Instagram)
Brasileiros do Guangzhou Evergrande no 
embarque para o Japão (Foto: 
Reprodução / Instagram)


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