domingo, 1 de novembro de 2015

PC reconhece situação complicada do JEC: “Espremidos contra o muro”


Equipe não consegue vencer fora de Santa Catarina, sofre com 1 a 0 diante da Ponte Preta e está cada vez mais próximo do rebaixamento, mas técnico avisa: “Acreditar”



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Campinas, SP



Dos 17 jogos que o Joinville como visitante no Campeonato Brasileiro, são 13 derrotas. A última foi computada neste sábado, o revés por 1 a 0 para a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli. A equipe tricolor vai completa na próxima quarta-feira um ano sem vencer fora de Santa Catarina, quando bateu o Sampaio Corrêa e chegou a Série A. Porém, a conquista do ano passado fica mais próxima de ser um bom capítulo da história do JEC, porque a equipe fica cada vez mais próxima do rebaixamento para a Série B que levantou a taça em 2014.

Vencer em Campinas era fundamental para o time ganhar ânimo e tentar uma arrancada surpreendente na reta final de Brasileirão. Não deu pelo gol de Rodinei, mais de Guti, que desviou a bola na tentativa de corte, que do lateral-direito da Macaca. A pressão está alta e o técnico PC Gusmão não escondeu depois do jogo no Moisés Lucarelli.

PC Gusmão (Foto: João Lucas Cardoso)PC Gusmão aponta situação difícil desde quando assumiu o JEC (Foto: João Lucas Cardoso)


- Estamos espremidos contra o muro. É assim desde que cheguei. Nunca jogamos no conforto, sempre foi desta forma, com o incômodo o tempo todo. Fizemos bons jogos fora de Santa Catarina, como hoje, e não fizemos o gol. Nem o adversário fez, fomos nós que fizemos para ele. O time chegou, finalizou e na última bola não conseguimos fazer – resumiu o treinador, sobre o jogo e a situação de sua equipe no campeonato.

Santos (casa), Avaí (fora), Vasco (casa), Cruzeiro (fora) e o Grêmio (casa). Estes são os últimos cinco jogos que a equipe tem pela frente para tentar o que parece impossível: engatar uma sequência de vitória e sair da zona de rebaixamento. O técnico PC Gusmão sabe da tabela, mas vislumbra apenas para o embate diante do Peixe, às 18h do próximo domingo, na Arena Joinville.

- Somar 12 pontos pode ser a nossa matemática, mas não podemos pensar em 12. Temos que pensar em três primeiro, caso contrário não vamos chegar. Temos jogos difíceis pela frente e acreditar até o final.


Veja a íntegra da entrevista coletiva do treinador.

O que fazer para reagir
- Temos de trabalhar bastante para que possamos fazer a diferença, na repetição no dia a dia. Chega a ficar chato porque ficam repetitivas as minhas respostas. Mas temos de trabalhar e acreditar. Enquanto tivermos chances reais, vamos batalhar pelo nosso objetivo.  

Tem apenas quatro gols fora
- É isso temos trabalhado, foi assim nesta semana. Tivemos um novo ataque, novas mudanças. Damos oportunidade para todos para que possamos, em cima das ausências e lesões, procurar uma situação que seja satisfatória. Infelizmente não funcionou novamente. Temos que voltar a trabalhar. Vamos ter a volta do Kempes, nosso homem de frente no próximo jogo e vamos trabalhar bastante. 
  
Rodinei Ponte Preta Joinville (Foto: Luciano Claudino / Agência Estado)Rodinei comemora gol em triunfo sobre o Joinville (Foto: Luciano Claudino / Agência Estado)


Alguma satisfação
- Podem dizer: “Pô, PC, depois de um jogo desses, como foi também contra o Inter, você não sai baqueado”. É que sabíamos que seria um jogo difícil novamente, mas tivemos chances e também criamos. Não pode lamentar, mas comemorar o jogo que fizemos. Saímos lamentando o resultado, no vestiário está uma tristeza só.

Ausências no próximo jogo
- É mais dificuldade. Além de todos os fatores, tem a grande equipe do Santos, que está bem nos dois campeonato que disputa, o Brasileirão e a Copa do Brasil. É sempre uma pedreirta, mas vamos continuar o trabalho para suprir as ausências e quem entrar fazer o melhor. É o grupo que temos, não se pode lamentar. Vamos valorizar o que fizemos e trabalhar para estarem inteiros e prontos para o domingo.  

Substituições na partida
- O (Fernando) Viana vinha treinando bem para jogar desta forma, tem bom cabeceio e chegada em velocidade. A opção é conforme o jogo. Poderia ser o Trípodi, mas optamos pelo Viana. O volume que tivemos no segundo tempo foi por causa das mudanças que tivemos, com as entradas do Ítalo e do Lucas (Crispim)  

Pedido de pênalti no fim da partida
- Teve uma bola que o Viana chegaria inteiro para finalizar e não conseguiu. Até o quarto árbitro comentou comigo sobre o lance, ficou na dúvida (veja no vídeo). Mas deixamos para as pessoas julgarem.

Avaliação
- Faltou de todo mundo. Faltou muito do Marcelo (Marcelo Paraíba). A bola parada dele, um ponto forte nosso, não encaixou. Mas não é só de um, deixamos a desejar em muitos pontos.



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