Seleção masculina de handebol comemora muito o triunfo sobre os hermanos, que haviam vencido o Brasil nas três últimas finais que tinham jogado. Foco agora é 2016
Retomar a hegemonia perdida para a Argentina nos Jogos Pan-Americanos era o grande objetivo da seleção brasileira masculina de handebol em Toronto. Eliminada nas oitavas de final do Mundial do Catar, em janeiro, a equipe não tinha outro torneio importante no ano que não fosse esse. Por isso, todo o foco dos últimos dois anos foi esse. A Argentina havia vencido as três últimas finais contra o Brasil. Triunfou em Guadalajara 2011, e depois nos Pans da modalidade em 2012 e 2014. Os hermanos estavam engasgados e a resposta veio dentro de quadra. Para os "guerreiros" da seleção, o momento é de leveza e alívio com o título do Pan de Toronto.
- Esse é o espírito dos guerreiros, como somos chamados. Tivemos bons e maus momentos, jogamos atrás do placar, soubemos atacar. Para quem assistiu deve ter sido pior. Quem joga não sente. Todos comentaram como conseguimos conter os nervos. Para dormir vai ser difícil, a adrenalina, já está tarde. Mas estou feliz, cumprimos nosso objetivo. Muita gente não acreditava, mas estamos no caminho certo. Sabemos das dificuldades do handebol brasileiro jogar contra times europeus e a Argentina, e precisamos trabalhar com força para seguir assim - disse Borges.
Jogadores da seleção brasileira celebram vitória
sobre a Argentina, após prorrogação
(Foto: Getty Images)
Um dos mais experientes do grupo, Diogo viveu momentos intensos contra a Argentina. Com o jogo empatado e faltando seis segundos para o fim, ele desperdiçou o tiro de sete metros que daria o título para a seleção no tempo normal. Garante ter vivido a situação de maior terror em sua carreira, mas frisa que conseguiu se reerguer e tirar o nó da garganta pelas derrotas passadas para os argentinos.
- Eu vivi dez minutos do pior terror da minha vida no esporte. Errei uma cobrança de sete metros que dava o título para a gente. Vinha cobrando bem em toda a competição, mas acabei falhando ali. Mas esse grupo é muito forte, vem trabalhando bem, esse título vem coroar um serviço que vem sendo feito há muito tempo, há três anos que o Jordi voltou. É comemorar e voltar ao trabalho que temos o Rio 2016 pela frente - lembra Diogo.
foco agora é o rio 2016
Vibração brasileira após partida muito disputada contra os maiores rivais (Foto: Getty Images)
- Eu sou de um tempo em que íamos para a Europa perder de pouco. Hoje, vejo o Brasil jogando de igual para igual com qualquer seleção do mundo. E dentro de casa, com o apoio da torcida, tenho certeza que vamos fazer um papel muito legal - garante Diogo.
Borges também tem esse pensamento. Ele não quer ver o Brasil entrando em quadra apenas para ser um coadjuvante em 2016.
- Em 2016 vai sofrer todo o jogo. Vai ser uma batalha a cada jogo. Queremos melhorar, fazer uma boa participação. Não somos favoritos, mas temos qualidade para dificultar a todos. Temos que aproveitar esse momento nosso. Temos que brigar por medalha. Não pode ir e falar que vai ficar em último. Queremos melhorar, batalhar, e quem vier, vamos fazer nosso papel.
Festa no pódio: Brasil deu o troco na Argentina
após derrota no último Pan, em Guadalajara
(Foto: Getty Images)
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