Com ginásio lotado, seleção perde chances e sucumbe diante de hermanos no último evento de Toronto/2015. Carrasco é filho de um velho conhecido do vôlei brasileiro
Um
dia depois da derrota para os Estados Unidos na final do vôlei
feminino, o Brasil voltou a deixar a medalha de ouro dos Jogos
Pan-Americanos escapar. Desta vez, o revés foi diante da Argentina, por 3
a 2 (25/23, 18/25, 19/25, 25/23 e 15/8). Em um jogo de viradas, os
hermanos começaram vencendo, mas o Brasil se recuperou, conseguiu
dois sets seguidos e, quando parecia que o time verde-amarelo iria
comemorar o pentacampeonato do Pan, os rivais voltaram para a partida e,
no tie-break, liquidaram a fatura. Há 20 anos os argentinos não
conseguiam a medalha de ouro no vôlei, a última vez tinha sido em casa,
na cidade Mar del Plata, em 1995. O destaque da Argentina neste domingo
foi Facundo Conte, filho de Hugo Conte, que derrotou o Brasil nas
Olimpíadas de 1988 pela disputa do bronze.
O Brasil esteve com a partida
na mão. Depois de vencer o segundo e terceiro sets com tranquilidade, o
time chegou a estar na frente no quarto set por seis pontos.
Mas aí, o nome de Facundo Conte fez
a diferença. Ele é filho de Hugo Conte, carrasco brasileiro
nas Olimpíadas de 1988, quando os argentinos venceram a disputa do
bronze por 3 a 2. Só na partida deste domingo, foram 23 pontos de Conte.
É importante lembrar que a seleção brasileira de vôlei jogou o Pan de Toronto com um time B, já que os 12 principais atletas estiveram na Liga Mundial, disputada há uma semana no Rio de Janeiro. Nem o técnico Bernardinho esteve em Toronto, e o elenco foi comandado pelo auxiliar Rubinho. Os medalhistas de prata quiseram mostrar serviço para buscar uma vaga nas Olimpíadas de 2016. No time, uma mescla de jogadores experientes como Tiago Brendle, Maurício Souza e Murilo Radke, com atletas de 20 anos, como Douglas. O técnico da seleção brasileira, Rubinho, saiu triste com a derrota, mas parecia conformado com o desempenho do time:
-
O saldo é positivo, o que a equipe fez durante o campeonato mostrou
isso, a equipe se comportou bem. A Argentina é uma boa candidata a estar
nas Olimpíadas, é um bom time. Não conseguimos nos reencontrar no
tie-break, a Argentina fez um grande tie-break - disse o treinador
brasileiro.
Se o Brasil não levou o time principal, os maiores rivais na competição - Canadá e Argentina- trouxeram o que tinham de melhor. Segundo o treinador, o Brasil chegou para brigar pelo bronze, e os adversários eram favoritos:
- Esse time, o plano teórico desse campeonato era uma final entre Canadá e Argentina, com o Brasil brigando pelo terceiro lugar. Eles trouxeram o time que jogaram a Liga Mundial, eram equipes de alto nível. O nosso grande feito foi jogar bem, ficamos perto da vitória. Fizemos bem nosso papel - disse.
Entre os brasileiros, Renan foi o grande nome, principalmente no segundo e terceiro sets, encerrando a partida com 27 pontos. O jovem Douglas também se destacou. Depois de começar mal, acordou no jogo nas parciais seguintes. Mas no tie-break, o time sentiu o peso de ter perdido muitas chances de encerrar o jogo, e não conseguiu jogar.
O bronze foi conquistado pelo Canadá, que derrotou Porto Rico na manhã deste domingo por 3 a 1. Cuba, que venceu o Brasil na primeira fase, sequer ficou entre os quatro melhores times do torneio.
SAIBA MAIS
Feliz com a prata, Jaque diz ter recebido injeção para jogar a final
Com a prata, o Brasil chegou a 15ª medalha na história do vôlei masculino nos Jogos Pan-Americanos. São quatro títulos: em São Paulo 1963, venceu os Estados Unidos. Em Caracas 1983, deixou Cuba com a prata. No Rio 2007, mais uma vez, desbancou os americanos e, em Gualadajara 2011, a vítima foi o time cubano.
O JOGO
Logo
no início da partida, os argentinos mostraram que o jogo não teria nada
a ver com o que aconteceu na primeira fase. O time azul abriu 7 a 2, se
aproveitando dos erros de recepção do Brasil, e concluindo todos os
contra-ataques de forma efetiva. Aos poucos, o Brasil entrou no jogo,
com boa atuação de Renan, mas não conseguiu a virada. Pela Argentina,
Facundo Conde conseguiu seus pontos, enquanto Maurício Borges e Douglas
não estavam se encontrando. No fim, 25/23 para os argentinos.
O Brasil voltou mais ligado no segundo set, e o início da parcial foi bem equilibrado, com as duas equipes trocando pontos. Na primeira parada técnica, o placar apontava 8 a 7 para os argentinos. As duas equipes seguiram trocando pontos, com ótimos saques de Otavio pelo Brasil, e ataques certeiros de Conte. Quando o placar apontou 15 a 15, o Brasil mostrou sua força e colocou quatro pontos de frente, 20 a 16. Os ataques de Douglas e Maurício, ineficazes no primeiro set, apareceram, assim como os bloqueios do time. No fim, 25 a 18.
O embalo verde-amarelo seguiu na terceira parcial. Renan continuava quase perfeito no ataque, e a recepção argentina passou a não conseguir colocar o passe na mão do levantador. Aos poucos, a seleção comandada por Rubinho abria no placar, até chegar a fazer 13 a 7. Ezequiel Palacios e Facundo Conte até tentavam diminuir a vantagem para a Argentina, mas o Brasil estava concentrado no jogo. Errando pouco e acertando quase todas as viradas de bola, a seleção fechou o terceiro set em 25/19.
O início do quarto set foi promissor, e parecia que a seleção brasileira iria liquidar a partida sem maiores problemas. Mas, após abrir cinco pontos, o time de Rubinho deixou a Argentina encostar para 14 a 13. Facundo Conte conseguia fazer todos os ataques, mas falhou em momentos decisivos no passe, o que impediu que os argentinos assumissem a ponta do placar. O placar seguiu igual até o fim, quando Martin Ramos acertou um saque certeiro e abriu 24/23 para os argentinos. Depois, bloqueio do time azul e set encerrado: 25/23.
O quinto set começou todo da Argentina, que abriu 4 a 1, e não dava nem chances de o Brasil tentar executar um contra-ataque. Tudo dava certo para os hermanos: a bola batia na fita e caia caprichosamente do lado brasileiro, os bloqueios dos centrais da seleção ficavam muito perto da linha. Com o Brasil irreconhecível em quadra, a vitória foi argentina por 15 a 8.
Argentina comemora o ouro após bater o
Brasil (Foto: Kevin Hoffman/Reuters )
É importante lembrar que a seleção brasileira de vôlei jogou o Pan de Toronto com um time B, já que os 12 principais atletas estiveram na Liga Mundial, disputada há uma semana no Rio de Janeiro. Nem o técnico Bernardinho esteve em Toronto, e o elenco foi comandado pelo auxiliar Rubinho. Os medalhistas de prata quiseram mostrar serviço para buscar uma vaga nas Olimpíadas de 2016. No time, uma mescla de jogadores experientes como Tiago Brendle, Maurício Souza e Murilo Radke, com atletas de 20 anos, como Douglas. O técnico da seleção brasileira, Rubinho, saiu triste com a derrota, mas parecia conformado com o desempenho do time:
Rubinho diz que, apesar da derrota, o saldo é positivo (Foto: Gaspar Nobrega/inovafoto)
Se o Brasil não levou o time principal, os maiores rivais na competição - Canadá e Argentina- trouxeram o que tinham de melhor. Segundo o treinador, o Brasil chegou para brigar pelo bronze, e os adversários eram favoritos:
- Esse time, o plano teórico desse campeonato era uma final entre Canadá e Argentina, com o Brasil brigando pelo terceiro lugar. Eles trouxeram o time que jogaram a Liga Mundial, eram equipes de alto nível. O nosso grande feito foi jogar bem, ficamos perto da vitória. Fizemos bem nosso papel - disse.
Entre os brasileiros, Renan foi o grande nome, principalmente no segundo e terceiro sets, encerrando a partida com 27 pontos. O jovem Douglas também se destacou. Depois de começar mal, acordou no jogo nas parciais seguintes. Mas no tie-break, o time sentiu o peso de ter perdido muitas chances de encerrar o jogo, e não conseguiu jogar.
O bronze foi conquistado pelo Canadá, que derrotou Porto Rico na manhã deste domingo por 3 a 1. Cuba, que venceu o Brasil na primeira fase, sequer ficou entre os quatro melhores times do torneio.
SAIBA MAIS
Feliz com a prata, Jaque diz ter recebido injeção para jogar a final
Conte foi um carrasco do Brasil
(Foto: Gaspar Nobrega/inovafoto)
Com a prata, o Brasil chegou a 15ª medalha na história do vôlei masculino nos Jogos Pan-Americanos. São quatro títulos: em São Paulo 1963, venceu os Estados Unidos. Em Caracas 1983, deixou Cuba com a prata. No Rio 2007, mais uma vez, desbancou os americanos e, em Gualadajara 2011, a vítima foi o time cubano.
O JOGO
Brasil teve chance no quarto set, mas cedeu a virada (Foto: Gaspar Nobrega/inovafoto)
O Brasil voltou mais ligado no segundo set, e o início da parcial foi bem equilibrado, com as duas equipes trocando pontos. Na primeira parada técnica, o placar apontava 8 a 7 para os argentinos. As duas equipes seguiram trocando pontos, com ótimos saques de Otavio pelo Brasil, e ataques certeiros de Conte. Quando o placar apontou 15 a 15, o Brasil mostrou sua força e colocou quatro pontos de frente, 20 a 16. Os ataques de Douglas e Maurício, ineficazes no primeiro set, apareceram, assim como os bloqueios do time. No fim, 25 a 18.
O embalo verde-amarelo seguiu na terceira parcial. Renan continuava quase perfeito no ataque, e a recepção argentina passou a não conseguir colocar o passe na mão do levantador. Aos poucos, a seleção comandada por Rubinho abria no placar, até chegar a fazer 13 a 7. Ezequiel Palacios e Facundo Conte até tentavam diminuir a vantagem para a Argentina, mas o Brasil estava concentrado no jogo. Errando pouco e acertando quase todas as viradas de bola, a seleção fechou o terceiro set em 25/19.
O início do quarto set foi promissor, e parecia que a seleção brasileira iria liquidar a partida sem maiores problemas. Mas, após abrir cinco pontos, o time de Rubinho deixou a Argentina encostar para 14 a 13. Facundo Conte conseguia fazer todos os ataques, mas falhou em momentos decisivos no passe, o que impediu que os argentinos assumissem a ponta do placar. O placar seguiu igual até o fim, quando Martin Ramos acertou um saque certeiro e abriu 24/23 para os argentinos. Depois, bloqueio do time azul e set encerrado: 25/23.
O quinto set começou todo da Argentina, que abriu 4 a 1, e não dava nem chances de o Brasil tentar executar um contra-ataque. Tudo dava certo para os hermanos: a bola batia na fita e caia caprichosamente do lado brasileiro, os bloqueios dos centrais da seleção ficavam muito perto da linha. Com o Brasil irreconhecível em quadra, a vitória foi argentina por 15 a 8.
Brasil ficou com a medalha de prata
(Foto: Gaspar Nobrega/inovafoto)
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