Por conta de uma contratura na lombar, camisa 8 ficou fora do outro confronto contra os EUA e atuou só um set no duelo da semi: "Atleta sofre, mas não podia ficar fora"
Jaqueline, da seleção brasileira de vôlei, foi prata no Pan (Foto: Gáspar Nobrega/Inovafoto)
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- Tomei injeção hoje para jogar. Me deu uma melhorada, mas algumas bolas que eu atacava, caíam no chão. Acabei sentindo, mas faz parte do jogo. Atleta sofre mesmo, mas não podia ficar de fora da final. Graças a Deus, contribuí em alguma coisa. Infelizmente, não foi o resultado que a gente queria, mas me sinto muito feliz de saber que esse grupo vai evoluir. Estou sentindo dores desde praticamente o início do campeonato, mas faz parte do jogo. Todo mundo faz isso, vai para o sacrifício, e eu não sou diferente - relatou Jaque.
Por conta de uma contratura na lombar, a atleta ficou fora do jogo da primeira fase contra a mesma equipe dos EUA e atuou só um set na semifinal. Apesar de não ter tido a condição de contribuir nas melhores condições, para ela, teve um gosto especial disputar o Pan de Toronto.
Time brasileiro de vôlei foi prata nos Jogos Pan-
Americanos (Foto: Gáspar Nobrega/Inovafoto)
Afinal, em Guadalajara 2011, um susto no segundo set tirou Jaqueline do torneio logo na estreia. Diante da República Dominicana, naquela ocasião, a atleta se chocou com a líbero Fabi e teve uma fratura na coluna cervical. Três semanas depois, estava bem e foi liberada para voltar a jogar. Mas ficou o gosto amargo de não poder subir ao topo do pódio com a seleção brasileira, que acabou ficando com o ouro.
No Rio de Janeiro 2007, mais uma vez, um problema para Jaque no Pan.
Ela foi flagrada em um exame antidoping pouco
antes do torneio após tomar um remédio para emagrecimento. A equipe verde e
amarela acabou na segunda colocação.
Jaqueline serviu de injeção de ânimo, mas seleção
foi derrotada no Pan (Foto: Gáspar
Nobrega/Inovafoto)
Para Jaque, uma das dificuldades do Pan de Toronto foi o fato de o grupo ser um tanto quanto jovem e não ter experiência atuando junto. As atenções da seleção brasileira se dividiram entre a competição canadense e o Grand Prix de Omaha, no qual o Brasil também perdeu dos Estados Unidos na decisão por 3 a 0.
- Nunca treinei com a Macris, não tive a oportunidade de fazer os
amistosos com ela, acabamos acertando a bola nos jogos aqui. Nossa equipe se juntou
e foi jogar. Isso é difícil. Como eu vou em uma bola da Macris? Como eu vou me
posicionar? Ou como a Camila Brait vai ajeitar a bola para a Macris? Então isso
aí tudo influencia. Não que isso seja o motivo para a derrota, mas, querendo ou
não, é difícil juntar uma equipe e botar para jogar. Mas acho que estamos de
parabéns, porque nos superamos e crescemos no decorrer do campeonato. Estou
muito feliz.
Outro fato legal do Pan ressaltado por
Jaque foi o reconhecimento por parte de outros atletas. Ela conta que
muitos esportistas mais jovens pediam para tirar fotos com ela na Vila
dos Atletas. A bicampeã olímpica agora quer o Brasil trabalhando duro de
olho nas próximas competições e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro,
em 2016.
Antes da prata no Pan de Toronto, o Brasil
venceu em Chicago 1959 sobre os EUA; em São Paulo 1963, novamente contra
as americanas; em Winnipeg 1999, ao bater Cuba; e em Guadalajara 2011,
mais uma vez, diante das cubanas. O país ainda foi prata no Rio de
Janeiro, em 2007, e na cidade de Havana, em 1991, as duas derrotas para
Cuba. O bronze veio na Cidade do México, em 1955, e San Juan, em 1979.
Os EUA só tinham levado mesmo em 1967.
O bronze ficou com a República Dominicana, que fez 3 a 1 sobre Porto Rico.
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