segunda-feira, 15 de junho de 2015

“Estádio inteiro viu que foi pênalti”, reclama Gilson Kleina após empate

Técnico do Avaí critica arbitragem por lance no último minuto do clássico em cima de Eduardo Costa e diz que lance definiu resultado da partida: "Indignado com isso"



Por
Florianópolis
 
 

O pênalti não marcado em cima de Eduardo Costa no último lance do clássico tirou a paciência do técnico Gilson Kleina. O comandante do Avaí reclamou do árbitro Wagner Reway e afirmou que a decisão de não assinalar a falta teve influência direta no empate em 1 a 1 com o Figueirense. 

Por conta disso, o comandante inclusive pediu que a diretoria do Leão se manifeste junto à CBF. Kleina também lembrou do lance contra o Flamengo, em que o Avaí foi beneficiado, mas citou que isso não abre precedente para erros da arbitragem. 

- A gente sai indignado com isso. Um lance crucial, momento sem reação do adversário e eles estava há quatro metros. Ao mesmo tempo que o árbitro dá a falta e auxilia, ele tem que dar pênalti. O clássico nós tentamos jogar e aquele lance do Flamengo ficou no Brasil por uma semana e vamos ser prejudicados por isso? Não pode acontecer. O Avaí está trabalhando para ter ambição, parece que não tempos ambição de chegar. Temos que fazer uma representatividade em cima desse lance da arbitragem. O estádio inteiro viu que foi pênalti e saímos prejudicados – falou o comandante em coletiva. 

Com a segunda-feira de folga, o Avaí volta aos trabalhos na terça. Renan e Jéci são desfalques para a partida contra o São Paulo, no Morumbi, no próximo domingo, mas Antonio Carlos retorna e fica à disposição. 

Confira a íntegra da entrevista coletiva de Gilson Kleina 

Gilson Kleina Avaí (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)Gilson Kleina fala sobre o jogo na Ressacada(Foto: Jamira 
Furlani/Avaí FC)


Lance do pênalti não marcado- Foi falado para a gente que se agarrassem na área. Quero ver se eles vão ter dúvida em marcar um pênalti desses no Maracanã, Morumbi. Eu não transfiro a responsabilidade para a arbitragem, mas foi um lance crucial e que simplesmente não quis marcar. 


Análise do jogo
- O campo prejudica a equipe que tenta colocar a bola no chão. Tentamos fazer o que trabalhamos e sabíamos que para enfrentar o Figueirense tinha que brigar pela segunda bola, a bola aérea. Corremos, buscamos, tentamos transformar a posse de bola em condições. O Anderson foi feliz com o gol e no segundo tempo tentamos a vitória. Aumentamos a estatura da equipe para que nós pudéssemos viver da bola parada e fizemos um grande jogo. Os jogadores estão de parabéns.

 
Jogadas aéreas
- Treinamos com o Hugo e o Rômulo, jogadores de velocidade, mas o campo não auxiliava. O Argel depois colocou o Saimon de volante, aumentou a estatura e resolvemos equilibrar nisso. Fomos competentes e quase viramos com a bola parada do Marquinhos. 


Ausência do volante Renan
- O Renan é um garoto que não chama só a atenção pelo futebol. Tem a personalidade, entrou no time com mérito da comissão e está fazendo uma Série A que parece não ser a primeira. Não tem uma estatura grande, mas compensa e sabe jogar. Perdemos agora, mas tem o Eduardo Costa, o Adriano, o Claudinei. É a hora do grupo, a oportunidade não tem data. Terça-feira vamos pegar o relatório do São Paulo e ver a fragilidade do adversário para a partida. 


Virtude do Avaí no clássico
- Trabalhamos a semana inteira em campo seco e ontem choveu. Não vou reclamar também da natureza. Os jogadores assimilaram os pedidos e sabíamos que o adversário ia usar a bola aérea e nossa virtude foi sempre buscar a vitória. Esse é o sentimento nosso, e a sabedoria dos jogadores foi importante. 


Clássico da paz
- Foi exemplar o comportamento dos jogadores. Há o emocional, mas eles sabem que são pais de família e conseguimos passar isso para a arquibancada. Mas no nosso país falta educação e eu compactuo com a torcida mista. Pegar crianças e trazer, independente se torcem para os times de fora, mas conscientizar, essa nova geração pode mudar isso.


Balanço do campeonato do Avaí
- Não tem como não enaltecer o trabalho de todos. Com sete jogos fazer 11 pontos é significativo. Estamos definindo a meta, primeiro objetivo está definido, permanecer. Mas permanecer passa por uma ambição maior. E se a gente se unir, é bom para Santa Catarina. Colocar quatro representantes é difícil e a permanência é complicada. Está todo mundo de parabéns e enquanto jogar coletivamente e respeitar, saber que o coletivo é mais importante que o individual, a equipe passa a ser atrativa. Cada rodada que passa a gente segue tentando pontuar. Sabemos que o primeiro turno é um campeonato e o segundo é totalmente diferente.


Gilson Kleina Avaí (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Gilson Kleina no banco do Avaí 
(Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)


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