segunda-feira, 15 de junho de 2015

Doriva balança, mas conversa no vestiário segura técnico no Vasco

Treinador cogitou entregar o cargo, mas foi convencido por atletas, gerente de futebol e comissão a permanecer no clube. Limite para mudanças é clássico com o Flamengo



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Rio de Janeiro
 


Após a quarta derrota consecutiva do Vasco no Campeonato Brasileiro, Doriva apareceu na coletiva de imprensa abatido e disse enfaticamente que não iria desistir do trabalho. De fato, a intenção do treinador campeão carioca não é deixar o clube, mas o técnico cogitou pedir demissão após a derrota para o Cruzeiro - a quarta consecutiva na competição. Uma conversa no vestiário com membros da comissão técnica, o gerente de futebol Paulo Angioni e também com a participação de alguns jogadores convenceu o treinador de desistir da ideia, embora fosse nítido o abatimento de Doriva após a partida. (Veja no vídeo acima o protesto da torcida após a quarta derrota seguida do Vasco)

- Não conversei sobre permanência no cargo, não falei com ninguém, não é o momento adequado para se falar. Da mesma maneira que estava sendo prestigiado, por enquanto continuo pensando dessa maneira. Confio no meu trabalho e temos sim que levantar o astral dos atletas. Nós que entramos nessa e temos condições de sair. Nunca fui de desistir de nada, é uma marca do meu caráter. Vou fazer tudo com muita dignidade - disse Doriva.


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As mudanças dos últimos jogos na equipe não vêm dando resultado e o time, que tinha defesa pouco vazada, já sofreu 11 gols nos últimos quatro jogos. Nos dias fora do Rio em Mangaratiba, o técnico decidiu mudar o modo da equipe jogar. Sem Dagoberto, que estava atuando como meia, e Rafael Silva, ambos lesionados, o treinador saiu de um esquema que tinha praticamente três atacantes para armar a equipe com três volantes.

Apesar das mudanças, os resultados negativos e a falta de gols continuam. Dos últimos três marcados desde a conquista do Carioca, dois foram de falta do zagueiro Rodrigo - um deles pela Copa do Brasil - e o outro por Lucas. Aliás, o baixo aproveitamento do volante, que chegou a ser titular no Carioca e fez três gols no ano, tem sido motivo de questionamentos em São Januário. Doriva conversou durante a semana com o jogador, mas preferiu retornar com Diguinho no time titular. O experiente volante saiu no fim do primeiro tempo com dores musculares.

Sala de Eurico Miranda fechada em São Januário (Foto: Raphael Zarko / GloboEsporte.com)
Sala da presidência com persianas fechadas 
horas depois da derrota do Vasco (Foto: 
Raphael Zarko / GloboEsporte.com)


Horas depois do jogo, a sala da presidência continuava com as persianas fechadas e de luzes acesas. Assessores e membros da diretoria se reuniram rapidamente após a partida - na segunda-feira à noite haverá um novo encontro. O cenário não é nada animador. Jogadores que chegariam para colocar a camisa e entrar em campo são caros e o discurso da diretoria até agora tem sido de pés no chão. Uma contratação por vencimentos bem acima do teto salarial de R$ 150 mil do Vasco poderia ser interpretada como desespero.

Eurico não quer a saída de Doriva, mas já reconhece que próximos resultados negativos inviabilizariam segurar o treinador. A falta de opções no mercado inibe também qualquer mudanças, mas a tendência é que não haja troca de comando até o clássico contra o Flamengo. O time enfrenta o Sport no sábado, no Recife, e depois joga contra o arquirrival em Cuiabá. 


FONTE:
http://glo.bo/1G3Xb2k?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

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