sexta-feira, 29 de maio de 2015

Broncas de Bernardinho fazem falta, e atletas elogiam substituto em estreia

Em seu primeiro jogo como comandante da seleção brasileira na Liga Mundial, Rubinho fica no foco, e jogadores destacam o bom trabalho na vitória sobre a Sérvia



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Belo Horizonte

 
Os estilos diferentes de Bernardinho e Rubinho chamaram atenção na estreia do Brasil na Liga Mundial de vôlei, nesta sexta-feira, durante a vitória sobre a Sérvia, de virada: 3 a 2. Suspenso pela Federação Internacional (FIVB), o treinador não ficou na quadra e acompanhou todo o jogo de uma das cabines do ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte.

Bernardinho, técnico do Brasil (Foto: Rafael Araújo)
Bernardinho a caminho da cabine onde 
acompanhou a estreia contra a Sérvia 
(Foto: Rafael Araújo)


Dentro de quadra, nada de broncas, gritos ou ações mais exaltadas. Tranquilo e calmo, Rubinho, que fez sua estreia como técnico do Brasil na Liga Mundial, comandou a equipe verde e amarela de um jeito diferente do que todos estão acostumados a ver do banco da seleção.

Brasil x Sérvia - Liga Mundial de Vôlei - Rubinho (Foto: FIVB)Rubinho orienta os jogadores do Brasil (Foto: FIVB)


A tranquilidade do novo comandante, mas já velho conhecido dos jogadores, fez o central Lucão brincar com a situação, garantindo que não deu para ouvir as broncas de Bernardinho das cabines do ginásio.

- Hoje estava uma paz ali dentro, dava até para escutar os mosquitinhos (risos). Quando ele está dentro de quadra não dá não. É bronca para tudo que é lado. Mas o Bernardinho tem esse lado dele explosivo, que fica do lado de quadra cobrando o tempo inteiro. Cada jogador consegue responder com um estilo diferente. Mas pelo menos eu não consegui escutar ele da arquibancada, não.

Já o ponteiro Lipe exaltou a participação de Rubinho na montagem tática da seleção para encarar a Sérvia no primeiro duelo entre os dois países em Belo Horizonte. O segundo será no domingo, às 10h, também com transmissão ao vivo da TV Globo. O GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real, com vídeos.

- Todo mundo sabe que vai fazer falta, mas a gente está muito bem representado pelo Rubinho, que é extremamente competente. Eu acho que ninguém estuda mais o adversário do que ele. 

Toda a tática foi ele que passou, e a gente cumpriu bem o papel e respondeu bem. O Bernardo é um líder, mas o Rubinho está de parabéns. É normal a gente sentir aquele puxão de orelha dele no meio do jogo, mas o Rubinho foi bem está de parabéns.

Brasil x Sérvia - Liga Mundial de Vôlei - Lipe (Foto: FIVB)
Lipe elogia o treinador interino (Foto: FIVB)


Não tivemos o Bernardinho na quadra, mas o Rubinho comandou brilhantemente a seleção. Todos cumpriram bem suas funções"
Serginho

Outro que não poupou elogios a Rubinho foi o líbero Serginho, que fez sua reestreia com a camisa amarelinha e destacou o bom trabalho do assistente.

- Não tivemos o Bernardinho na quadra, mas Rubinho comandou brilhantemente a seleção. Todos cumpriram bem suas funções.

Estreantes vitoriosos
Rubinho não foi o único a estrear. O levantador Rapha foi escolhido para ser o capitão da equipe na ausência de Murilo, também suspenso pela FIVB. E foi um desafio grande, já que a Sérvia dificultou o trabalho do Brasil e forçou o time a vencer em cinco sets.

Brasil x Sérvia - Liga Mundial de Vôlei (Foto: FIVB)Rapha abraça os companheiros durante jogo contra a Sérvia (Foto: FIVB)


Para Rapha, capitão por um dia e orgulhoso por isso, mais importante que a dificuldade do jogo foi o time ter saído vencedor de quadra. No entanto, ressalta que o time ainda tem que evoluir em alguns aspectos.

- Fiquei feliz com a vitória, é claro, e por ter sido em cinco sets. Isso é importante para que o grupo saiba lidar com momentos diferentes e administrar aqueles em que estiver na frente. 
Começamos com o pé direito. A gente se comportou muito bem pelo tempo de treino e mais ainda se comparado ao ano passado. Ainda temos muito a melhorar, há jogadores que fizeram falta, o nosso treinador fez falta, mas todas as pessoas que atuam hoje corresponderam. Estou muito feliz por ter sido o capitão. É uma honra sem tamanho, um orgulho. O grupo está com uma energia tão grande que está contagiando.

Rubinho nomeou a responsabilidade como gigantesca, mas destacou a nova função exercida na beira da quadra.

- É uma responsabilidade gigantesca. A gente está acostumado com os jogadores, mas em uma responsabilidade diferente, principalmente nas questões táticas. Você tem as mesmas visões, mas é diferente a função. O foco está em cima de você. 


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