Suspensos, treinador e Murilo acompanham a reestreia do líbero com a camisa da seleção brasileira de uma das cabines do Mineirinho; time bate a Sérvia de virada
As mãos, que costumam ser tão expressivas à beira da quadra, estavam mais contidas. Saíam do queixo para fazer alguma anotação, vez ou outra eram levadas à cabeça ou aplaudiam. Bernardinho acompanhou a estreia do Brasil na Liga Mundial de vôlei de uma das cabines do Mineirinho, em Belo Horizonte. Murilo, também cumprindo suspensão imposta pela Federação Internacional (FIVB), estava logo ao lado. De lá, os dois viram a seleção perder o primeiro set contra a Sérvia, reagir, sofrer na quarta parcial e garantir uma vitória, de virada, no tie-break: 3 a 2, parciais de 24/26, 25/17, 25/22, 26/28 e 15/11.
Bernardinho assiste à vitória do Brasil em cabine do Mineirinho (Foto: Rafael Araújo)
O próximo encontro será no domingo, às 10h. A TV Globo transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real, com vídeos.
- Nós esperávamos um jogo difícil. Nós sabíamos que não estaríamos
no nosso melhor, assim como a Sérvia não está também. As dificuldades seriam
tremendas, porque não fizemos amistosos. Enfrentamos uma equipe muito técnica e
qualificada. Acho que foi positivo, mas tenho certeza que as
duas equipes vão crescer ao longo do Liga Mundial. Como início do trabalho foi
um bom resultado - disse Rubinho, que na ausência de Bernardinho assumiu o comando da equipe.
O JOGO
Calado durante boa parte do aquecimento, Serginho soltava a voz logo no começo do set.
Chamava a atenção do bloqueio. O pedido virava ordem. A seleção
criava mais resistência aos adversários e tomava o comando do placar
9/7. A Sérvia não deixava o Brasil fugir. Aproveitava o erro de Vissotto
no saque e caprichava no serviço para conseguir a virada: 16/14.
Após o
tempo técnico, um ataque de Lucarelli e um bloqueio de Lucão deixavam
tudo igual: 16/16. O Brasil se empenhava, transformava em ponto uma bola
que parecia perdida e abria 18/17. Os comandados de Nikola Grbic
reagiam. Um ace de Podrascanin e lá estavam os visitantes na frente. Os
anfitriões respondiam, mas era a Sérvia quem criava as oportunidades
para fazer 1 a 0. Lucão salvava a equipe na primeira delas. Na segunda,
Ivovic não perdoava: 26/24.
Jogo marcou a volta de Serginho à seleção
brasileira (Foto: FIVB)
Vissotto fecha a porta no bloqueio (Foto: FIVB)
Os sérvios voltavam a cometer falhas, Isac aproveitava bem o seu saque e fazia Grbic parar o jogo após o sinal de perigo: 21/20. Rubinho fazia novamente a inversão. Atanasijevic subia sozinho e abria 23/21. Lucarelli dava o troco. Veio o empate. Lucão sacava na rede (25/24). Wallace salvava. Rapha e Vissotto voltavam. Atanasijevic recolocava a Sérvia na frente. Lipe deixava tudo igual novamente (26/26), mas pecava no saque logo em seguida. Atanasijevic caprichou no seu e levou a partida para o tie-break: 28/26.
No tempo extra, o Brasil se impôs. Lucarelli crescia, o time melhorava no bloqueio e via os sérvios se irritarem com uma marcação da arbitragem (8/5). Atanasijevic atacava para fora e a vantagem aumentava. Mas dois erros de ataque seguidos, um de Vissotto e outro de Lipe, recolocavam os adversários no jogo (10/9). Stankovic perdia a chance de empatar e dava a Lipe a oportunidade para se redimir. Ace. Os sérvios seguiam falhando. Um ataque na antena dava o match point para o Brasil. Bola para Lucarelli. Fora. Rubinho pedia o desafio, que confirmava a marcação. Na nova chance, o ponteiro colocava um ponto final no confronto: 15/11.
Jogadores do Brasil se abraçam ao comemorar
mais um ponto contra a Sérvia (Foto: FIVB)
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