sexta-feira, 29 de maio de 2015

Warner dança para celebrar liberdade e se defende: "Sou inocente"

Ex-presidente da Concacaf e ex-vice da Fifa se recupera de exaustão que o tirou da cadeia e cobra: "Por que apenas pessoas do terceiro mundo estão sendo acusadas?"




Por
Chaguanas, Trinidad e Tobago

 
A exaustão que tirou Jack Warner da cadeira não durou nem 24 horas. Respondendo em liberdade às 12 acusações que envolvem fraude, extorsão e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da Concacaf e ex-vice-presidente da Fifa celebrou dançando em um encontro político, em Chaguanas (Trinidad e Tobago), sua soltura. Em uma entrevista coletiva, o dirigente de 72 anos se defendeu do envolvimento no escândalo  e cobrou explicações sobre a origem do dinheiro que supostamente chegava até ele.

- Se eu roubei a Fifa por 30 anos, quem me deu o dinheiro? Como ele não é acusado? Por que apenas pessoas do terceiro mundo estão sendo acusadas? - disse Warner, lembrando que nenhum europeu foi preso na investigação.

Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, é visto festejando  (Foto: Andrea de Silva/ Reuters)
Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, é visto 
festejando liberdade, em Trinidad e Tobago 
(Foto: Andrea de Silva/ Reuters)


Se eu roubei a Fifa por 30 anos, quem me deu o dinheiro? Como ele não é acusado? Por que apenas pessoas do terceiro mundo estão sendo acusadas?
Jack Warner, ex-presidente da Concacaf

Lembrando o período que deixou a participação direta com futebol, Jack Warner jurou inocência e disse ter dedicado os últimos anos aos compatriotas.
- As pessoas de Trinidad e Tobago vão saber que deixei a Fifa e o futebol internacional mais de quatro anos atrás. Ao longo desses anos, dediquei minha vida a melhorar a situação de cada cidadão desta nação. Lutei sem medo contra todas as formas de injustiça e corrupção. Reitero que sou inocente.

Apesar da liberdade, Warner foi obrigado a deixa o passaporte em poder de autoridades locais e terá que prestar esclarecimentos duas vezes por semana até voltar ao tribunal, no dia 12 de julho. Um comunicado do Ministério da Procuradoria-Geral disse que está cooperando com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos há um ano no que envolve Jack Warner e uma possível extradição não está descartada.


FONTE:
http://glo.bo/1ABUysC?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

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