Líbero conta que a única que conteve as lágrimas na reunião no sábado, véspera da decisão da Superliga contra o Osasco, foi a experiente levantadora do Rio de Janeiro
Oito títulos em 11 finais. Mais do que a impressionante marca registrada neste domingo, era o semblante de alívio no rosto de Fabi que chamava a atenção durante a comemoração do décimo título do Rio de Janeiro na Superliga feminina. Não que suas sete conquistas anteriores com a camisa da equipe comandada por Bernardinho tenham sido menos importantes, mas desta vez a vitória sobre o Osasco teve um gostinho mais que especial. Nem tanto pelo placar de 3 a 0, mas principalmente pelo dever cumprido em proporcionar à amiga e ídolo Fofão uma despedida digna, com direito a troféu e muita festa. Fabi se derrete ao falar sobre a levantadora e sua frieza e experiência dentro e fora de quadra.
- Ela não podia parar com uma derrota, seria uma injustiça, por isso todas nós jogamos por ela e queríamos prestar essa homenagem. Felizmente deu tudo certo. Acho que aproveitamos a ansiedade e a tensão delas a nosso favor, principalmente nos dois primeiros sets. O terceiro já foi na base da garra, com o apoio do nosso torcedor. Mais uma vez soubemos aproveitar o fator casa - analisou a líbero do time carioca.
Em tempos de preleções à flor da pele, há quem questione os métodos psicológicos usados pelos clubes às vésperas de uma decisão. Mas neste caso a causa era nobre e talvez por isso as jogadoras do Rio foram unânimes em afirmar que uma reunião ocorrida no sábado à noite trouxe uma motivação extra para a decisão de domingo.
Leia também:
Festa do título do Rio tem churrascaria e Pão de Açúcar como cenário
Emocionada, Fofão vira os holofotes para Gabi: "Ela me fez voltar no tempo"
Apesar da emoção que tomou conta do bate-papo entre as campeãs, Fabi conta que a única que conteve as lágrimas foi justamente Fofão. Fria e serena como em toda a carreira, a homenageada falou, comoveu a todos, mas não deixou que o fator emocional falasse mais alto que a razão.
Fofão posa com troféu de campeão com o Pão de Açúcar ao fundo (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)Maior pontuadora da final com 16 pontos, Natália comemorou seu retorno à equipe carioca e confirmou que a partida começou a ser decidida na reunião de sábado.
- Melhor escolha impossível, posso dizer que já me sinto uma carioca. O torcedor do Rio de Janeiro me recebeu de braços abertos e é uma cidade que aprendi a amar. Nosso grupo é uma família de verdade e isso ficou claro na reunião que fizemos sábado. Foi emocionante. Entramos com a faca nos dentes, e não podia ser diferente por tudo que fizemos ao longo da temporada. Acho que a Fofão não podia ter tido um final de carreira melhor. Eu quero ser que nem ela quando crescer (risos) - disse a camisa 12.
Fabi e Fofão seguram juntas o troféu de campeão
da Superliga feminina (Foto: Dhavid Normando
/ Futura Press)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário