Treinador relembra que o Vasco só havia sofrido sete gols em 13 rodadas antes da derrota contundente para o Friburguense, por 5 a 4: "Perdemos o controle do jogo"
Com
semblante preocupado, o técnico Doriva apareceu na coletiva de imprensa
para reconhecer os erros da equipe e até apontá-los, mas também para
defender o trabalho que vem sendo feito até agora no Carioca com o
Vasco. O time perdeu a segunda partida no estadual, desta vez por 5 a 4
para o Friburguense - num primeiro tempo que terminou 4 a 2 e com o time
totalmente perdido em campo -, mas o resultado e o placar deste
domingo, em Nova Friburgo, deixaram a torcida preocupada com o
desempenho do time vascaíno.
Com três pênaltis na partida - Gilberto perdeu o último; na competição, são sete ao todo, seis deles convertidos - e dois gols sofridos de bola aérea, o Vasco de Doriva mostra dificuldade para superar times pequenos, principalmente nos jogos fora do Rio, e variar jogadas. O time depende demais das arrancadas de Madson, das bolas paradas e, principalmente na partida desta noite em Friburgo, também de marcações de pênaltis. O treinador, porém, não quis fazer avaliações profundas neste momento. Ele considera precipitada análise de um jogo "totalmente atípico".
- Saímos da curva. Foi um jogo fora da curva do nosso time. Saímos do que vínhamos fazendo, não conseguimos fazer um jogo consistente, ter o controle do jogo. Entramos no jogo deles. Tudo fora do que planejamentos, do que fazemos normalmente. Em um só jogo tomamos cinco gols. Na competição, levamos sete. Serve para tirar lições. Jamais como referência - disse Doriva.
Para reforçar o argumento do jogo atípico, Doriva chamou a atenção para os cinco gols sofridos no jogo, em comparação com o restante do Campeonato Carioca. Antes, em 13 rodadas, a equipe cruz-maltina só havia sofrido sete gols - o Madureira, que havia levado seis, sofreu quatro do Botafogo na tarde deste domingo. A avaliação do treinador vascaíno foi completamente negativa. Ele afirmou que o time perdeu o controle do jogo.
- Acho que foi nossa partida mais fraca, principalmente a nível de concentração. Deixamos a desejar. No intervalo corrigimos algumas coisas, simplesmente posicionamos melhor o Serginho para liberar os laterais para bater com os laterais deles. Fomos superiores, mas tomamos gols por infelicidade, mas foi evidente a melhora - afirmou o treinador.
Com o resultado, o Vasco perdeu a chance de selar a classificação para o quadrangular com uma rodada de antecedência. Na quarta-feira, pelo último jogo da Taça Guanabara, o Cruz-Maltino, terceiro colocado com 30 pontos, enfrenta o Volta Redonda, em São Januário, às 22 horas (de Brasília).
Confira abaixo a íntegra da entrevista coletiva do treinador do Vasco:
Gols sofridos de bola parada
Houve falhas individuais nos dois gols de bola parada, de cabeça. Estipulamos a marcação, mas o sistema não foi eficiente, principalmente nas bolas aéreas, perdermos equilíbrio depois que levamos os gols. No intervalo mudamos a estratégia ao adiantarmos os laterais, criamos mais chances e fizemos os gols, mas nosso primeiro tempo custou caro.
Jogos ruins?
Acho que esse jogo não serve de referência. Sofremos sete gols em 13 jogos. Só levamos cinco. Acho que tivemos vitórias expressivas. Discordo dessa avaliação.
Erros na partida
A gente estava perdendo o tempo da marcação no primeiro tempo, salientamos antes que eles jogavam com três zagueiros e não podíamos perder o tempo da marcação dos laterais. Era para ter atenção redobrada nessa bola e não conseguimos encaixar nosso jogo em momento algum. Nossa ideia era marcar na frente e não conseguimos. Esse jogo serve para tirar lições e vai servir para isso.
Marcinho volta?
Marcinho está retornando pouco a pouco, está sem dores, treinando e buscando a melhor forma.
Atuação Bernardo
Avaliar apenas um jogador seria injusto. A equipe não contribuiu, não funcionou como equipe. Isso que temos que tirar do jogo de hoje (domingo).
Derrota que pode mudar conceitos?
Não é um jogo totalmente atípico que vai mudar o que estamos fazendo. Tivemos bons jogos, consistentes, não é porque perdemos esses jogo, e tivemos chance no final do jogo de pelo menos empatar, o que nos daria a classificação... O jogo depois também já terminou, o juiz não deu acréscimo... Então não serve de referência. Temos que ter o equilíbrio, trabalhar ainda mais. Dependemos só de nós para chegar na semifinal, vamos fazer nosso jogo em casa. Ver as lições da partida, refletir, fazer exercício sobre isso e amadurecer para que a equipe continue consistente. Próximo resultado tem que ser de vitória para nos dar a classificação. E aí sim vamos nos preparar para as semifinais.
Doriva concedeu entrevista coletiva após a
derrota do Vasco para o Friburguense
(Foto: Raphael Zarko)
Com três pênaltis na partida - Gilberto perdeu o último; na competição, são sete ao todo, seis deles convertidos - e dois gols sofridos de bola aérea, o Vasco de Doriva mostra dificuldade para superar times pequenos, principalmente nos jogos fora do Rio, e variar jogadas. O time depende demais das arrancadas de Madson, das bolas paradas e, principalmente na partida desta noite em Friburgo, também de marcações de pênaltis. O treinador, porém, não quis fazer avaliações profundas neste momento. Ele considera precipitada análise de um jogo "totalmente atípico".
- Saímos da curva. Foi um jogo fora da curva do nosso time. Saímos do que vínhamos fazendo, não conseguimos fazer um jogo consistente, ter o controle do jogo. Entramos no jogo deles. Tudo fora do que planejamentos, do que fazemos normalmente. Em um só jogo tomamos cinco gols. Na competição, levamos sete. Serve para tirar lições. Jamais como referência - disse Doriva.
Para reforçar o argumento do jogo atípico, Doriva chamou a atenção para os cinco gols sofridos no jogo, em comparação com o restante do Campeonato Carioca. Antes, em 13 rodadas, a equipe cruz-maltina só havia sofrido sete gols - o Madureira, que havia levado seis, sofreu quatro do Botafogo na tarde deste domingo. A avaliação do treinador vascaíno foi completamente negativa. Ele afirmou que o time perdeu o controle do jogo.
- Acho que foi nossa partida mais fraca, principalmente a nível de concentração. Deixamos a desejar. No intervalo corrigimos algumas coisas, simplesmente posicionamos melhor o Serginho para liberar os laterais para bater com os laterais deles. Fomos superiores, mas tomamos gols por infelicidade, mas foi evidente a melhora - afirmou o treinador.
Com o resultado, o Vasco perdeu a chance de selar a classificação para o quadrangular com uma rodada de antecedência. Na quarta-feira, pelo último jogo da Taça Guanabara, o Cruz-Maltino, terceiro colocado com 30 pontos, enfrenta o Volta Redonda, em São Januário, às 22 horas (de Brasília).
Confira abaixo a íntegra da entrevista coletiva do treinador do Vasco:
Gols sofridos de bola parada
Houve falhas individuais nos dois gols de bola parada, de cabeça. Estipulamos a marcação, mas o sistema não foi eficiente, principalmente nas bolas aéreas, perdermos equilíbrio depois que levamos os gols. No intervalo mudamos a estratégia ao adiantarmos os laterais, criamos mais chances e fizemos os gols, mas nosso primeiro tempo custou caro.
Jogos ruins?
Acho que esse jogo não serve de referência. Sofremos sete gols em 13 jogos. Só levamos cinco. Acho que tivemos vitórias expressivas. Discordo dessa avaliação.
Erros na partida
A gente estava perdendo o tempo da marcação no primeiro tempo, salientamos antes que eles jogavam com três zagueiros e não podíamos perder o tempo da marcação dos laterais. Era para ter atenção redobrada nessa bola e não conseguimos encaixar nosso jogo em momento algum. Nossa ideia era marcar na frente e não conseguimos. Esse jogo serve para tirar lições e vai servir para isso.
Marcinho volta?
Marcinho está retornando pouco a pouco, está sem dores, treinando e buscando a melhor forma.
Atuação Bernardo
Avaliar apenas um jogador seria injusto. A equipe não contribuiu, não funcionou como equipe. Isso que temos que tirar do jogo de hoje (domingo).
Derrota que pode mudar conceitos?
Não é um jogo totalmente atípico que vai mudar o que estamos fazendo. Tivemos bons jogos, consistentes, não é porque perdemos esses jogo, e tivemos chance no final do jogo de pelo menos empatar, o que nos daria a classificação... O jogo depois também já terminou, o juiz não deu acréscimo... Então não serve de referência. Temos que ter o equilíbrio, trabalhar ainda mais. Dependemos só de nós para chegar na semifinal, vamos fazer nosso jogo em casa. Ver as lições da partida, refletir, fazer exercício sobre isso e amadurecer para que a equipe continue consistente. Próximo resultado tem que ser de vitória para nos dar a classificação. E aí sim vamos nos preparar para as semifinais.
Gilberto comemora um de seus gols de pênalti:
ele desperdiçou a terceira cobrança
(Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
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