domingo, 10 de agosto de 2014

Com um a mais, Corinthians bate Santos e estraga festa de Robinho

Gol de cabeça de Gil garante vitória e fim da invencibilidade de atacante contra o Timão. Equipe de Mano Menezes já vê Cruzeiro mais de perto 


 A CRÔNICA

por Diego Ribeiro



O clássico que iniciou a terceira passagem de Robinho pelo Santos será lembrado pelo gol de cabeça de um zagueiro. Gil, aos 39 do segundo tempo, foi o responsável pelo Corinthians ter “carimbado” a estreia do ídolo santista e garantido a vitória por 1 a 0 neste domingo, na Vila Belmiro. Robinho não estava em campo na hora do gol, mas as estatísticas vão apontar sua primeira derrota para o rival na carreira. Antes, eram oito vitórias e um empate em nove jogos. Com um a mais durante todo o segundo tempo, o Timão levou sustos, mas fez o gol no fim.

O resultado leva o Corinthians aos 27 pontos na tabela, a três do líder Cruzeiro, embolando a briga po topo do Campeonato Brasileiro. Gil fez apenas seu terceiro gol pelo Timão, de cabeça, após cobrança de escanteio de Renato Augusto. Mano Menezes ainda tem trabalho para acertar o ataque, mas a vitória lhe dá alento e mais tranquilidade.


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O Santos ficou nos 20 pontos, mas agora tem esperanças renovadas com Robinho. O atacante foi ovacionado em sua reestreia e correspondeu em campo, com dribles, chutes a gol e uma confiança que pode ser transmitida aos mais jovens do elenco. A expulsão de Alison, no fim do primeiro tempo, prejudicou a equipe no restante do jogo.

Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Bahia no sábado, às 21h (horário de Brasília), na Arena. O Santos enfrenta o Cruzeiro, domingo, às 16h, no Mineirão.

Gil comemora gol do Corinthians contra o Santos (Foto: Marcos Ribolli)
Gil festeja o gol que garantiu a vitória 
do Corinthians na Vila 
(Foto: Marcos Ribolli)

Muitos cartões, pouca bola
O último lance do primeiro tempo ilustra a bagunça dos 45 minutos iniciais do clássico. Alison é expulso por falta em Elias, sai chorando de forma descontrolada, retarda a cobrança da falta. Antes de um corintiano tocar a bola, o árbitro Raphael Claus apita o fim do jogo. Tudo errado. Seis cartões amarelos, um vermelho, 30 minutos de bola parada, e pouquíssimo futebol. O Santos, um pouco melhor, foi quem mais buscou a vitória.


A volta de Robinho foi o combustível para a Vila Belmiro se tornar o caldeirão de sempre (veja os lances do atacante no vídeo ao lado). Um drible dele em Jadson no primeiro minuto só fez incendiar ainda mais o ambiente. Leandro Damião e Lucas Lima também estavam ligados, e parecia que o Peixe viria com uma blitz para cima do rival. Pura ilusão.

Robinho, claro, vai precisar de mais jogos para se adaptar ao esquema proposto por Oswaldo de Oliveira. Isso porque confundiu posicionamento com Thiago Ribeiro em algumas jogadas, em outras pediu bola e não foi atendido... Coisas que só o entrosamento vai resolver. As pedaladas e jogadas de efeito, porém, foram suficientes para o santista sorrir.


O Corinthians foi consciente. Fez aquilo que Mano Menezes tem proposto nas partidas fora de casa: um time compacto, tentando adiantar a marcação e roubar a bola no campo de ataque. O problema é que Jadson esteve apagado, e Romero e Guerrero se sentiram isolados.

De futebol, foi só. De resto, muitos corintianos e santistas irritadiços, predispostos a arrumar algum tipo de confusão. Gil acertou Cicinho, que discutiu com Petros, que ficou na bronca com Robinho... Raphael Claus tentou arrumar a casa com cartões. Acabou contribuindo para um jogo ainda mais amarrado. E expulsou Alison no lance derradeiro da primeira etapa (veja no vídeo acima).

Robinho, Santos e Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)
Robinho jogou bem, arriscou dribles, teve 
chances, mas não conseguiu o gol (Foto: 
Marcos Ribolli)

Robinho tenta, mas Gil resolve
Com um jogador a mais, era de se esperar um Corinthians ofensivo no segundo tempo. O time até tentou, trocou passes, rodou a bola e teve paciência. Só faltou a imaginação que vem rareando nas últimas partidas – nem a entrada de Renato Augusto fez a equipe ter jogadas mais profundas.

No único lance bem trabalhado, Ferrugem driblou dois e encontrou Elias sozinho na área. Aranha fez grande defesa.

O Santos não se sentiu intimidado com a desvantagem numérica. Robinho, parado e sem a bola, já segurava dois marcadores corintianos. Com a bola, fez o que quis pelo lado esquerdo, com espaço impressionante para uma equipe que tinha um jogador a mais. Ele fez de tudo: driblou, chutou a gol, serviu Leandro Damião... Mesmo sem gol no placar, o ídolo saiu aplaudido quando foi substituído por Geuvânio.

O 0 a 0 seria o retrato mais perfeito de um jogo de lampejos. Mas o Timão, mesmo sem ser brilhante, conseguiu quebrar a monotonia da partida aos 39. Ferrugem, que entrou muito bem no jogo, exigiu grande defesa de Aranha em chute cruzado de fora da área. Na cobrança de escanteio, Gil subiu livre e garantiu os três pontos.




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