sábado, 19 de julho de 2014

Em jogo de rivalidade histórica, EUA batem Irã e vão à final da Liga Mundial

Clima de cordialidade reina no ginásio que leva o nome do pacificador Nelson Mandela, e americanos fazem 3 sets a 0 em asiáticos, com quem divergem há anos


Por Florença, Itália
A rivalidade de Irã e EUA na primeira partida da semifinal da Liga Mundial de vôlei  deste sábado ia muito além das quadras. Adversários diplomáticos nos últimos trinta anos, por conta de um conflito a respeito da produção de energia nuclear, os países têm um histórico de discórdias. Porém, o jogo no Ginásio Nelson Mandela, nome de um dos maiores pacificadores da história mundial, que lutava pelo fim das diferenças culturais e raciais, ficou marcado apenas pela disparidade esportiva. Tarimbado, o time americano não deu chance aos estreantes desta fase decisiva do torneio e fechou por 3 sets a 0 (25/18, 25/22 e 25/15), avançando à final pela terceira vez contra o vencedor de Brasil e Itália, que se enfrentam às 15h30 (horário de Brasília). Com 17 pontos, o ponteiro Taylor Sander foi o destaque absoluto da partida.

Americanos e iranianos se cumprimentam na rede antes de a bola subir (Foto: FIVB)
Americanos e iranianos se cumprimentam 
na rede antes de a bola subir (Foto: FIVB)

o jogo

As trajetórias das equipes na Liga Mundial antecipavam uma partida equilibrada. E foi assim que Irã e EUA começaram o jogo. Ponto de lá, ponto de cá. Até o oitavo, ninguém conseguia abrir vantagem. Mousavi pelos asiáticos e Sean Rooney e Taylor Sander pelos americanos eram os destaques. Porém, uma passagem de David Lee no saque desestabilizou os iranianos. O placar de 8 a 8 logo subiu para 12 a 8, dando aos EUA a tranquilidade necessária. Em desvantagem, o Irã se perdeu, diminuiu a intensidade no ataque e no serviço e demonstrava sentir o feito inédito de uma semifinal de Liga Mundial. Frios e acostumados a este tipo de situação, os americanos souberam aproveitar o momento até fecharem em 25/18.
Assim como no começo do jogo, os times voltaram se revezando no placar. Mais adaptados à partida, os iranianos melhoraram, só que ainda com deficiência no saque e na defesa, que não conseguia parar o ponteiro Sander, destaque absoluto do duelo e responsável por deixar sua seleção sempre um, dois pontos à frente. Até então maior pontuador dos asiáticos, Mousavi, com um entorse no tornozelo, precisou sair no fim do set, complicando mais a vida do Irã, que não teve forças para mudar o cenário (25/22). 

Perdendo por 2 sets a 0 e sem um dos seus principais jogadores, o Irã não conseguia tirar forças para reverter a desvantagem. Nem mesmo um animador na arquibancada conseguia empolgar a torcida iraniana, que se fazia presente em maior número. Anderson e, principalmente, Sander passavam como queriam pelo bloqueio e pela defesa do Irã. Holt desequilibrava no saque. E foram eles os maiores responsáveis pela fácil vitória na parcial por 25/15.

Sander foi o destaque da semifinal com ataques fortes e precisos (Foto: FIVB)
Sander foi o destaque da semifinal com 
ataques fortes e precisos (Foto: FIVB)

Americanos vibram com a classificação à final da Liga Mundial (Foto: FIVB)
Americanos vibram com a classificação 
à final da Liga Mundial (Foto: FIVB)



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