Com atuação muito consistente, seleção vence italianos por 3 a 0 e cala o ginásio em Florença; equipe tenta neste domingo acabar com jejum que dura desde 2010
Os
golpes eram tão precisos e rápidos, que deixaram a Itália tonta. O
Brasil mantinha a guarda alta e batia sem pena. A arena lotada de
Florença parecia não acreditar no que os olhos teimavam em mostrar. Nem
mesmo Ivan Zaytsev, o grande nome do time, conseguia fazer a diferença. A
seleção era a dona daquele pedaço, estava inteira em quadra e com
pressa de assegurar o seu lugar na decisão da Liga Mundial. Com
autoridade, venceu a partida deste sábado por 3 sets a 0, parciais de
25/11, 25/23 e 25/20, e manteve viva a esperança de conquistar o
decacampeonato.
Foi exatamente contra a Azzurra, na última rodada da fase de classificação, que o time comandado por Bernardinho mostrou que os dias turbulentos haviam ficado para trás. Com os dois triunfos naquela ocasião, retomou a confiança e os trilhos. Entrou na fase final com a última vaga do grupo e agora decidirá com os Estados Unidos quem ficará no alto do pódio. O confronto será neste domingo, às 15h30 (de Brasília) com transmissão ao vivo do SporTV e em Tempo Real no GloboEsporte.com.
A última vez que o Brasil ergueu o troféu foi em 2010, na Argentina. Na temporada passada, acabou sendo superado pela Rússia. Esta será a 14ª final da seleção em 25 edições do torneio.
- A gente começou fazendo uma pressão grande no saque e acho que eles se assustaram um pouco. Eles jogaram com o passe quebrado. Conseguimos marcar o Zaytsev e abrimos uma grande vantagem no primeiro set. O Travica (levantador) não fez uma boa leitura de jogo hoje. Conseguimos bloquear muito bem e o time deles foi perdendo a confiança nos principais fundamentos, como o saque, que é uma das principais armas deles. Conseguimos fazer tudo bem - disse Lucão.
O maior pontuador da partida foi Lucarelli, com 13 acertos. Lucão foi responsável por 11 e Wallace e Sidão por 10, cada. Mesmo número alcançado pelo italiano Simoni Buti. Zaytsev anotou nove.
O jogo
As tentativas de Zaytsev paravam nos braços dos jogadores brasileiros. Quando não tinham um bloqueio pela frente, passavam do limite da quadra. Ele se irritava e pedia calma aos companheiros. A Azzurra tinha dificuldade de jogar contra um Brasil que sacava e defendia bem (12/4). Parecia sentir também a ausência do ponteiro Jiri Kovar, que não se recuperou das dores no joelho e cedeu lugar a Filippo Lanza. Se a vantagem não parava de crescer rapidamente, a intranquilidade começava a ficar evidente. O técnico Mauro Berrutto invadia a quadra para reclamar com a arbitragem. O cartão amarelo não demoraria a chegar (18/7). As peças eram trocadas. Sem um ponto sequer na conta, Zaytsev ia descansar no banco. Os italianos estavam atordoados em quadra, sentiam a pressão e desandavam a cometer erros em série (23/10).
Uma pancada de Sidão deu o set ao time brasileiro: 25/11.
Os
donos da casa tentavam entender o que havia acontecido. Zaytsev voltava
para o jogo e comemorava muito a sua primeira virada de bola perfeita. A
seleção errava os saques e a Itália aproveitava para deixar as ações
equilibradas. Bernardinho dava o puxão de orelhas e pedia que seus
comandados seguissem pressionando no serviço. Pedido atendido. Lá na
frente, Lucão era presença constante. Ora como muro, ora como trator. Ao
lado de Sidão, tratavam de complicar a vida do oposto Zaytsev (22/16).
Ainda assim, eles insistiam. Foram tirando proveito das falhas
brasileiras para ir cortando a diferença (23/20). E cada vez que se
aproximavam, os anfitriões apelavam para pressionar a arbitragem.
Conseguiram levar um ponto assim no grito (23/23). No segundo,
Bernardinho pediu o desafio e foi apontada a bola fora. A equipe
manteve a calma e fez 2 a 0: 25/23.
O bloqueio brasileiro seguia firme. Fazia os jogadores rivais se reunirem no centro da quadra na tentativa de buscar uma outra opção de passar por ele (11/8). Do outro lado da rede, o ritmo não diminuía. Lucarelli, Wallace, Murilo castigavam os rivais. A equipe estava coesa e conseguia arrancar aplausos de seu exigente treinador. Um saque na rede de Zaytsev deu a vitória ao Brasil: 25/20.
Brasil - Bruninho, Wallace, Lucão, Sidão, Murilo, Lucarelli e Mário Jr (líbero). Entraram: Vissotto e Rapha. Técnico: Bernardinho.
Itália - Travica, Zaytsev, Piano, Birarelli, Parodi, Lanza e Rossini (líbero). Entraram – Buti, Vettori, Baranowicz e Randazzo. Técnico: Mauro Berruto.
Grupo H
16/7 - Itália 3 x 0 Estados Unidos - 25/22, 25/21 e 26/24
17/7 - Estados Unidos 3 x 1 Austrália - 22/25, 25/18, 25/23 e 25/19
18/7 - Austrália 0 x 3 Itália - 14/25, 22/25 e 21/25
Grupo I
16/7 - Irã 2 x 3Rússia - 25/18, 18/25, 21/25, 37/35 e 8/15
17/7 - Rússia 1 x 3 Brasil - 26/24, 22/25, 25/23 e 25/22
18/7 - Brasil 1 x 3Irã - 21/25, 19/25, 25/23 e 26/28
Semifinais
19/7 - 12h30 - Irã 0 x 3 Estados Unidos - 25/18, 25/22 e 25/15
19/7 - 15h30 - Itália 0 x 3 Brasil - 25/11, 25/23 e 25/20
Disputa do terceiro lugar
20/7 - 12h30 - Itália x Irã
Final
20/7 - 15h30 - Brasil x Estados Unidos
* Horários de Brasília
Brasil comemora a vitória por 3 a 0
sobre a Itália (Foto: Divulgação / FIVB)
Foi exatamente contra a Azzurra, na última rodada da fase de classificação, que o time comandado por Bernardinho mostrou que os dias turbulentos haviam ficado para trás. Com os dois triunfos naquela ocasião, retomou a confiança e os trilhos. Entrou na fase final com a última vaga do grupo e agora decidirá com os Estados Unidos quem ficará no alto do pódio. O confronto será neste domingo, às 15h30 (de Brasília) com transmissão ao vivo do SporTV e em Tempo Real no GloboEsporte.com.
A última vez que o Brasil ergueu o troféu foi em 2010, na Argentina. Na temporada passada, acabou sendo superado pela Rússia. Esta será a 14ª final da seleção em 25 edições do torneio.
- A gente começou fazendo uma pressão grande no saque e acho que eles se assustaram um pouco. Eles jogaram com o passe quebrado. Conseguimos marcar o Zaytsev e abrimos uma grande vantagem no primeiro set. O Travica (levantador) não fez uma boa leitura de jogo hoje. Conseguimos bloquear muito bem e o time deles foi perdendo a confiança nos principais fundamentos, como o saque, que é uma das principais armas deles. Conseguimos fazer tudo bem - disse Lucão.
O maior pontuador da partida foi Lucarelli, com 13 acertos. Lucão foi responsável por 11 e Wallace e Sidão por 10, cada. Mesmo número alcançado pelo italiano Simoni Buti. Zaytsev anotou nove.
O jogo
saiba mais
As tentativas de Zaytsev paravam nos braços dos jogadores brasileiros. Quando não tinham um bloqueio pela frente, passavam do limite da quadra. Ele se irritava e pedia calma aos companheiros. A Azzurra tinha dificuldade de jogar contra um Brasil que sacava e defendia bem (12/4). Parecia sentir também a ausência do ponteiro Jiri Kovar, que não se recuperou das dores no joelho e cedeu lugar a Filippo Lanza. Se a vantagem não parava de crescer rapidamente, a intranquilidade começava a ficar evidente. O técnico Mauro Berrutto invadia a quadra para reclamar com a arbitragem. O cartão amarelo não demoraria a chegar (18/7). As peças eram trocadas. Sem um ponto sequer na conta, Zaytsev ia descansar no banco. Os italianos estavam atordoados em quadra, sentiam a pressão e desandavam a cometer erros em série (23/10).
Uma pancada de Sidão deu o set ao time brasileiro: 25/11.
Levantador Dragan Travica após a derrota em casa (Foto: Divulgação / FIVB)
O bloqueio brasileiro seguia firme. Fazia os jogadores rivais se reunirem no centro da quadra na tentativa de buscar uma outra opção de passar por ele (11/8). Do outro lado da rede, o ritmo não diminuía. Lucarelli, Wallace, Murilo castigavam os rivais. A equipe estava coesa e conseguia arrancar aplausos de seu exigente treinador. Um saque na rede de Zaytsev deu a vitória ao Brasil: 25/20.
as equipes
Itália - Travica, Zaytsev, Piano, Birarelli, Parodi, Lanza e Rossini (líbero). Entraram – Buti, Vettori, Baranowicz e Randazzo. Técnico: Mauro Berruto.
tabela de jogos da fase final*
16/7 - Itália 3 x 0 Estados Unidos - 25/22, 25/21 e 26/24
17/7 - Estados Unidos 3 x 1 Austrália - 22/25, 25/18, 25/23 e 25/19
18/7 - Austrália 0 x 3 Itália - 14/25, 22/25 e 21/25
Grupo I
16/7 - Irã 2 x 3Rússia - 25/18, 18/25, 21/25, 37/35 e 8/15
17/7 - Rússia 1 x 3 Brasil - 26/24, 22/25, 25/23 e 25/22
18/7 - Brasil 1 x 3Irã - 21/25, 19/25, 25/23 e 26/28
Semifinais
19/7 - 12h30 - Irã 0 x 3 Estados Unidos - 25/18, 25/22 e 25/15
19/7 - 15h30 - Itália 0 x 3 Brasil - 25/11, 25/23 e 25/20
Disputa do terceiro lugar
20/7 - 12h30 - Itália x Irã
Final
20/7 - 15h30 - Brasil x Estados Unidos
* Horários de Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário