Atacante chama o jogo e incendeia a torcida com dribles. No lado esquerdo, marca o gol do Barcelona e tem exibição semelhante aos dias de Santos e seleção brasileira
- Estou voltando a ser o que era. Claro que todo mundo passa por momentos de adaptação. Eu passei, estou me readaptando novamente, e espero poder ajudar meus companheiros - disse Neymar após a partida.
Neymar comemora: boa atuação
coroada com gol decisivo para o
Barcelona (Foto: AP)
TRÊS CARTÕES PROVOCADOS E 16 DRIBLES
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Aos poucos, Neymar chamou o jogo para ele. Começou com seus dribles. Aos 18 minutos passou com categoria por Koke, do Atlético. A jogada foi parada com falta pelo marcador, que levou cartão amarelo. Foi só a primeira do time madrilenho - o Atlético levou seis cartões. Destes, três foram provocados por Neymar, mais uma vez caçado em campo pelos adversários.
Foram sete faltas sofridas por Neymar. O brasileiro usou, abusou e ousou em seus dribles. A cada um que acertava, ganhava um pouco mais da confiança que precisava para melhorar sua atuação. Ao contrário do jogo no Camp Nou contra o Manchester City, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, quando errou mais do que acertou, o craque tratou de ser preciso com a bola nos pés. Foi para cima dos marcadores, como pedem sua personalidade e estilo, e acertou 16 dribles diante dos jogadores do Atlético de Madrid. Foram sete as oportunidades que tentou e errou.
Messi abraça Neymar: brasileiro ofusca argentino no empate com o Atlético de Madrid (Foto: AP)
Apesar de estar se sentindo bem no jogo, deu para notar no brasileiro certa preocupação quando viu Alexis Sánchez na beira do gramado. O chileno, que vinha entrando no lugar de Neymar, desta vez, substituiu Fábregas. E a troca, que começou gerando preocupação, foi o melhor que poderia ter acontecido ao camisa 11. O chileno assumiu a ponta direita, deixando o brasileiro na esquerda, onde está acostumado a jogar, onde se sente em casa. Era o que faltava.
Não dá para dizer que foi coincidência. Dois minutos depois de trocar de ponta, Neymar observou Iniesta com a bola, fez movimentação indicando a ultrapassagem por trás da zaga, esperou o passe preciso do meia e disparou o chute. Tudo tão encaixado que parecia coreografado, mas foi decidido ali, diante dos olhos de todos no estádio. Inclusive do zagueiro Miranda, que não acompanhou o raciocínio dos gênios do Barça e deixou o espaço suficiente para Neymar entrar com velocidade, e com a confiança obtida durante a partida, chutar forte e marcar o gol de empate.
Neymar chega antes de Miranda e
chuta para fazer o gol de empate do
Barcelona (Foto: Reuters)
Neste momento, Neymar percebeu que o jogo era dele. Teve 20 minutos como o atacante que o brasileiro se acostumou a ver em campo. Acertou mais dribles, e acabou sofrendo mais faltas. Em um dos últimos lances, se voltou para a torcida no Camp Nou e pediu para que gritassem. O estádio atendeu e empurrou o time, que fez pressão absurda e dominou o Atlético, mas não conseguiu o segundo gol.
O placar não foi bom para o Barcelona. Ao Atlético, basta um 0 a 0 no segundo jogo para avançar às semifinais. Foi assim que o Barça superou este mesmo adversário na Supercopa da Espanha, com um empate por 1 a 1 no Vicente Calderón, e outro sem gols na volta.
Isso preocupa. Por outro lado, a atuação de Neymar alivia o torcedor, que estava temeroso com o baixo rendimento do atacante. Dá confiança ao time catalão, que tem dependido demais de momentos de brilho de Messi e Iniesta, e ao jovem craque, que tenta realcançar seu melhor futebol ainda antes do início da Copa do Mundo.
Neymar é vigiado de perto pelos
volantes do Atlético de Madrid
(Foto: Reuters)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/liga-dos-campeoes/noticia/2014/04/com-personalidade-neymar-ofusca-messi-estou-voltando-ser-o-que-era.html
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