Após aderir ao boicote, craque da seleção reclama da estrutura na preparação para o último Mundial: 'O local tinha muitos mosquitos, não tinha ventilador nem televisão'
Um
alojamento com apenas dois quartos para 14 pessoas. Acomodações nada
confortáveis, sem ventilador, televisão e com muitos mosquitos. Esse foi
o local escolhido pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão
(CBFS) para hospedar a seleção brasileira feminina no período de
preparação para o Mundial da Espanha, realizado em dezembro do ano
passado. A revelação foi feita pela ala Vanessa Pereira. Eleita três
vezes a melhor jogadora de futsal do mundo, a camisa 7 de Brasil
aproveitou o movimento liderado por Falcão
para criticar a gestão do futsal brasileiro. Assim como a maioria das
colegas de seleção, Vanessa aderiu ao boicote, afirmando que só voltará a
vestir a camisa canarinho quando acontecerem mudanças significativas na
gestão da modalidade.
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A CBFS sempre disponibilizou condições muito ruins para o futsal
feminino.
Na preparação para o Mundial do ano passado, ficamos hospedadas no alojamento de um ginásio em Brusque (SC). Acomodaram as 14 jogadoras em dois quartos. Eram sete em cada. O local tinha muitos mosquitos, não tinha ventilador nem televisão - contou Vanessa.
A jogadora contou também que o elenco tinha de se deslocar do alojamento para fazer as refeições.
- Vez ou outra o transporte, que era precário, não vinha nos buscar - completou.
A atleta do Female/Chapecó revelou ainda que o grupo de jogadoras viajou para a Espanha sem um dos profissionais mais importantes da comissão técnica. Ela também disse que as meninas chegaram a fazer reclamações com o diretor de futsal da CBFS, Edson Nogueira, e com a comissão técnica e que apenas algumas reivindicações foram atendidas.
- Fomos para o Mundial sem fisioterapeuta, isso é inadmissível. Só na Espanha contrataram um profissional de lá para atender as jogadoras - frisou.
Apesar de todos os problemas na preparação, o Brasil voltou da Espanha com o título, ao vencer a seleção anfitriã por 2 a 1 na grande final. Foi o quarto troféu brasileiro em quatro edições do Mundial feminino. A competição deste ano está prevista para acontecer na Rússia, sem data definida.
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Ganhamos o Mundial mesmo com todos os problemas, porque o grupo era
muito competente e estava bastante focado. A seleção é um sonho meu de
criança, mas não dá mais para continuar. Esperamos que o nosso movimento
mude o futsal do Brasil. A verdade em breve vai aparecer. Precisamos
evoluir, pois as pessoas que administram o nosso esporte não têm
interesse em colocar o futsal feminino no lugar mais alto. Falta
organização e vontade - finalizou Vanessa, que sugeriu a criação de um
departamento apenas para a categoria.
Procurada
pelo GloboEsporte.com, a CBFS se defendeu das críticas da jogadora por
meio da sua assessoria de imprensa. Segundo a entidade, mesmo com todos
os problemas revelados por Vanessa, o clube escolhido para a preparação
(Barateiro Futsal) dispõe de uma das melhores estruturas de futsal
feminino do país. O local (Brusque-SC) também foi selecionado pelo fato
de a maioria das jogadoras da seleção atuarem em Santa Catarina.
Quanto à ausência de um fisioterapeuta na comissão técnica que viajou para o Mundial, a CBFS minimizou o episódio, lembrando que contratou o profissional local Vicente Segura Baez assim que chegou à Espanha.
Vanessa Pereira não poupou CBFS das
críticas: 'Falta organização e vontade'
(Foto: Reprodução Facebook)
Na preparação para o Mundial do ano passado, ficamos hospedadas no alojamento de um ginásio em Brusque (SC). Acomodaram as 14 jogadoras em dois quartos. Eram sete em cada. O local tinha muitos mosquitos, não tinha ventilador nem televisão - contou Vanessa.
A jogadora contou também que o elenco tinha de se deslocar do alojamento para fazer as refeições.
- Vez ou outra o transporte, que era precário, não vinha nos buscar - completou.
A atleta do Female/Chapecó revelou ainda que o grupo de jogadoras viajou para a Espanha sem um dos profissionais mais importantes da comissão técnica. Ela também disse que as meninas chegaram a fazer reclamações com o diretor de futsal da CBFS, Edson Nogueira, e com a comissão técnica e que apenas algumas reivindicações foram atendidas.
- Fomos para o Mundial sem fisioterapeuta, isso é inadmissível. Só na Espanha contrataram um profissional de lá para atender as jogadoras - frisou.
Apesar de todos os problemas na preparação, o Brasil voltou da Espanha com o título, ao vencer a seleção anfitriã por 2 a 1 na grande final. Foi o quarto troféu brasileiro em quatro edições do Mundial feminino. A competição deste ano está prevista para acontecer na Rússia, sem data definida.
Seleção brasileira conquistou o tetra
mundial em dezembro, na Espanha
(Foto: Reprodução Facebook)
cbfs se defende
Quanto à ausência de um fisioterapeuta na comissão técnica que viajou para o Mundial, a CBFS minimizou o episódio, lembrando que contratou o profissional local Vicente Segura Baez assim que chegou à Espanha.
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