quinta-feira, 6 de março de 2014

Hungaro lamenta empate e usa Libertadores como apoio

Técnico reconhece que eliminação no Carioca é iminente, mas lembra que a prioridade do clube neste primeiro semestre é a competição continental

Por Rio de Janeiro
 
O empate em 2 a 2 com o Audax, nesta quinta-feira, em Moça Bonita, deixou o Botafogo com as chances ainda mais remotas de classificação para a semifinal do Carioca. O discurso já é no sentido de se conformar que não será mais possível defender o título. Apesar de reconhecer a chateação, o técnico Eduardo Hungaro lembrou que ao menos na Libertadores o Alvinegro tem ido bem.

Em entrevista concedida na cantina de Moça Bonita, já que por conta da chuva o local onde normalmente ocorre a coletiva não pode ser utilizado, Hungaro disse que ainda não é possível saber se a provável eliminação do Alvinegro no Carioca terá algum tipo de benefício para o time na principal competição do continente.

- Não era o que queríamos, neste momento estou vivendo a chateação. Não estamos eliminados, mas a nossa situação, que já era complicada, ficou ainda mais. Sempre dissemos que a prioridade era a Libertadores, o clube se mobilizou para isso. Estamos tendo bons resultados na Libertadores, mas também queríamos a classificação para semifinal do Carioca. Se isso vai ter algum aspecto positivo, só vamos saber mais para a frente.

Em sexto lugar com 16 pontos, o Botafogo tem que vencer todos os três jogos que restam e torcer por uma combinação de resultados. Neste domingo, os reservas enfrentam o Flamengo, no Maracanã. Na segunda, a equipe viaja para o Equador, onde, na quarta-feira, encara o Indepediente Del Valle, pela Libertadores.

Confira a entrevista completa de Eduardo Hungaro:

Análise do empate

- Não foi o resultado que esperávamos, foi surpreendente. A equipe tentou, lutou, buscou a vitória, mas nosso rendimento caiu muito depois que o Audax empatou o jogo pela segunda vez. Perdemos organização.

Opção por colocar Lucas junto com Edilson

- Temos treinado, buscado soluções para o setor ofensivo. Tentamos em Volta Redonda do lado esquerdo, com o Julio Cesar e o Junior Cesar. Agora dobramos pelo lado direito com o Lucas e o Edilson, é uma situação interessante. Foi um tentativa. Acho que o Lucas teve um bom lance. As pessoas me disseram que o Henrique foi puxado na área no cruzamento do Lucas. Temos treinado, e acho que poderemos ter bons resultados na frente.

Reservas no clássico

- Sem dúvida a tendência é de usarmos o time que fez o penúltimo jogo (reservas). Vamos avaliar a condição dos jogadores, pode ser que seja interessante um ou outro jogador estar no clássico. Embora exista o desgaste, pode ser melhor para ganhar mais ritmo. Mas a tendência é poupar a equipe da Libertadores.

Preocupação com o time para a sequência da Libertadores?

- Essa equipe tem conseguido virar bem a chave. A derrota carrega uma negatividade, mas ao meu ver, o Audax está numa posição em que não deveria estar. Os homens de frente são bastante habilidosos, e a defesa é sólida. São coisas que acontecem. Temos que ter tranquilidade e direcionar nossa atenção para o jogo contra o Flamengo, um rival tradicional, e também para o jogo de quarta-feira.

Convicção no planejamento

- O trabalho está sendo feito da maneira que montamos com a direção. Se olharmos os resultados do Carioca, podemos dizer que meu trabalho tem sido ruim, mas se analisarmos a competição prioritária, vemos que somos líderes da chave. Trabalho com essa diferença. Enquanto conseguirmos ir bem na Libertadores, tenho certeza de que minha avaliação será boa.

Dificuldades em Moça Bonita novamente

- O campo de Moça Bonita dificulta a equipe que joga mais com a bola. Se fica 70% do tempo jogando no campo do adversário, quando há o roubo da bola, fazem a ligação direta. Acontece isso até que uma hora a jogada vai ter efetividade. Nesses jogos aqui isso tem se repetido.

Expectativa de pouco apoio da torcida no clássico

- A nossa situação no Carioca levou a isso. Não temos expectativa de ter muita torcida a favor no domingo em função dos nossos resultados. Na Libertadores tenho certeza de que vão lotar e nos ajudar. Todas as críticas recebidas são justas, não estamos fazendo um bom Carioca. Mas são contraditórias, porque temos que reconhecer que temos um grupo montado com limites, perdemos jogadores importantes. Como que eu, tendo duas competições, vou priorizar o estadual? Gostaria de ser campeão no meu primeiro Carioca. Estou muito triste com o andamento, mas profissionalmente, dentro das nossas dificuldades, precisávamos priorizar. O Botafogo não jogava a Libertadores há 17 anos.

Hungaro Botafogo (Foto: Luciano Belford / SSPress) 
Eduardo Hungaro, em Moça Bonita: rendimento 
do Bota caiu após segundo gol do Audax (Foto: 
Luciano Belford / SSPress)
 
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/03/hungaro-lamenta-falta-de-organizacao-e-define-resultado-foi-surpreendente.html

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