A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
A missão, considerada quase impossível, ficou um pouco mais provável
depois deste sábado. O Vasco venceu o já campeão Cruzeiro por 2 a 1 no
Maracanã e, se ainda não saiu da zona de rebaixamento, conseguiu um
resultado fundamental para seguir alimentando o sonho de se livrar da
Série B em 2014. Com gols do jovem Thalles e de Edmílson (Paulão
descontou), o Cruz-Maltino chegou aos 41 pontos e igualou-se ao 17º
colocado, o Coritiba, ficando apenas um ponto atrás do Bahia, primeira
equipe fora da zona de degola. Os dois concorrentes entram em campo
neste domingo.
A torcida, se não lotou o estádio como na partida contra o Santos, compareceu em bom número e apoiou o time durante todo o jogo (32.988 pagantes, com renda de R$ 667.340). Sofreu por 90 minutos, mas saiu satisfeita com o resultado e esperançosa para a reta final, cantando a plenos pulmões: "Eu acredito".
- Mais uma vez demonstramos o quanto queremos sair dessa situação. Entendemos as dificuldades e hoje foi totalmente coração dentro de campo. A torcida veio, ajudou e está de parabéns. É dessa energia que precisamos nessa reta final - comentou Pedro Ken.
Na próxima rodada, o Vasco enfrenta o Náutico, também no Maracanã, no domingo. No mesmo dia, o Cruzeiro recebe o Bahia no Mineirão, em resultado que também interessa muito ao time de São Januário. Os mineiros, que somam 75 pontos, ainda perseguem o recorde de um time no Brasileiro por pontos corridos desde que passou a ser disputado por 20 clubes - pertence ao São Paulo de 2006, com 78.
Durante a semana, o zagueiro Dedé pediu para não enfrentar o Vasco, dizendo-se apreensivo com a possibilidade de rebaixamento de seu ex-clube, pelo qual disse nutrir enorme admiração e respeito. Indiretamente, acabou ajudando mesmo. Desentrosada, a zaga formada por Léo e Paulão deu espaços, principalmente no primeiro tempo, quando foi construída a vantagem no Maracanã. Após a partida, torcedores na arquibancada gritaram o nome de Dedé. Outro lance curioso envolvendo um ex-vascaíno aconteceu quando Nilton cobrou uma falta muito longe do gol e ouviu seu nome sendo gritado.
- Tenho que torcer (para o Vasco ficar na Série A). Tenho amigos aqui, todos que hoje joguei contra vieram me parabenizar. É bacana o carinho, o respeito, e torço para que o Vasco consiga sair dessa situação - disse o volante.
Boa vantagem vascaína
Diante das circunstâncias, o início de jogo prometia tensão para os jogadores e a torcida do Vasco. Mas o jovem Thalles tratou de desarmar a bomba-relógio da forma mais simples possível: com um gol. Logo aos dois minutos, depois de cobrança de escanteio, Luan escorou, e o jovem de 18 anos marcou pela terceira vez com a camisa cruz-maltina, a primeira no Brasileiro. Sensação geral de alívio.
A vantagem, no entanto, não funcionou exatamente como um incentivo para o Cruz-Maltino se impor ao adversário. Muitos passes errados e algumas más escolhas nas jogadas deram volume de jogo ao Cruzeiro, que equilibrou as ações a partir da metade da etapa inicial. Everton Ribeiro obrigou Alessandro a grande defesa, e Fagner cortou cruzamento de Vinícius Araújo quase em cima da linha. A torcida vascaína, mesmo apreensiva, não perdeu o bom humor.
Justamente quando a Raposa pressionava mais, saiu o segundo gol vascaíno. O técnico Marcelo Oliveira decidiu poupar alguns jogadores para a partida e lançou a zaga com os reservas Léo e Paulão. O desentrosamento pesou, e o sistema defensivo foi o ponto fraco no primeiro tempo. Um bom exemplo foi o gol de Edmílson. A jogada nasceu no lado direito da defesa mineira, onde Ceará dava espaços. A bola chegou à entrada da área sem que o atacante cruz-maltino fosse importunado. Ele ajeitou e soltou a bomba, que resvalou no travessão antes de morrer no gol de Rafael.
O título já está garantido, e o Cruzeiro não tinha maiores aspirações na partida, mas o técnico Marcelo Oliveira não gostou da postura de seus comandados no primeiro tempo. Lançou Julio Baptista no lugar de Vinícius Araújo e cobrou mais atitude dos jogadores no intervalo. A equipe voltou, de fato, mais ligada e chegou a marcar um gol logo aos dois minutos, mas foi anulado por impedimento de Willian. O Vasco tentou responder, e Edmílson poderia ter matado o jogo logo em seguida, mas finalizou mal na frente de Rafael.
Thalles foi escalado por sua capacidade de movimentação e velocidade, e essas caraterísticas por pouco não renderam o terceiro gol. O jovem arrancou quase do meio-campo em contra-ataque, livrou-se da marcação, mas Rafael salvou na finalização. Pouco depois, o Cruzeiro diminuiu. Éverton Ribeiro cobrou falta, e Paulão desviou levemente de cabeça para vencer Alessandro. Apreensão nas arquibancadas. A cada ataque do Cruzeiro, um aperto. Nos minutos finais, Edmílson ainda teve a chance de marcar o terceiro de cabeça, mas a bola saiu por pouco. A partir dali, o time segurou a bola até o suspiro aliviado do apito final do árbitro.
saiba mais
A partida teve um momento polêmico no início do segundo tempo, quando o
placar indicava 2 a 0. Julio Baptista fala o que parece ser "faz logo
outro, p..." diante de Cris. O meia cruzeirense, em entrevista ao SporTV
após a partida, disse que foi apenas uma resposta ao zagueiro, que
teria pedido a ele para "amaciar".A torcida, se não lotou o estádio como na partida contra o Santos, compareceu em bom número e apoiou o time durante todo o jogo (32.988 pagantes, com renda de R$ 667.340). Sofreu por 90 minutos, mas saiu satisfeita com o resultado e esperançosa para a reta final, cantando a plenos pulmões: "Eu acredito".
- Mais uma vez demonstramos o quanto queremos sair dessa situação. Entendemos as dificuldades e hoje foi totalmente coração dentro de campo. A torcida veio, ajudou e está de parabéns. É dessa energia que precisamos nessa reta final - comentou Pedro Ken.
Na próxima rodada, o Vasco enfrenta o Náutico, também no Maracanã, no domingo. No mesmo dia, o Cruzeiro recebe o Bahia no Mineirão, em resultado que também interessa muito ao time de São Januário. Os mineiros, que somam 75 pontos, ainda perseguem o recorde de um time no Brasileiro por pontos corridos desde que passou a ser disputado por 20 clubes - pertence ao São Paulo de 2006, com 78.
Durante a semana, o zagueiro Dedé pediu para não enfrentar o Vasco, dizendo-se apreensivo com a possibilidade de rebaixamento de seu ex-clube, pelo qual disse nutrir enorme admiração e respeito. Indiretamente, acabou ajudando mesmo. Desentrosada, a zaga formada por Léo e Paulão deu espaços, principalmente no primeiro tempo, quando foi construída a vantagem no Maracanã. Após a partida, torcedores na arquibancada gritaram o nome de Dedé. Outro lance curioso envolvendo um ex-vascaíno aconteceu quando Nilton cobrou uma falta muito longe do gol e ouviu seu nome sendo gritado.
- Tenho que torcer (para o Vasco ficar na Série A). Tenho amigos aqui, todos que hoje joguei contra vieram me parabenizar. É bacana o carinho, o respeito, e torço para que o Vasco consiga sair dessa situação - disse o volante.
Thalles e Edmílson comemoram o gol contra o Cruzeiro
(Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)
Diante das circunstâncias, o início de jogo prometia tensão para os jogadores e a torcida do Vasco. Mas o jovem Thalles tratou de desarmar a bomba-relógio da forma mais simples possível: com um gol. Logo aos dois minutos, depois de cobrança de escanteio, Luan escorou, e o jovem de 18 anos marcou pela terceira vez com a camisa cruz-maltina, a primeira no Brasileiro. Sensação geral de alívio.
A vantagem, no entanto, não funcionou exatamente como um incentivo para o Cruz-Maltino se impor ao adversário. Muitos passes errados e algumas más escolhas nas jogadas deram volume de jogo ao Cruzeiro, que equilibrou as ações a partir da metade da etapa inicial. Everton Ribeiro obrigou Alessandro a grande defesa, e Fagner cortou cruzamento de Vinícius Araújo quase em cima da linha. A torcida vascaína, mesmo apreensiva, não perdeu o bom humor.
Justamente quando a Raposa pressionava mais, saiu o segundo gol vascaíno. O técnico Marcelo Oliveira decidiu poupar alguns jogadores para a partida e lançou a zaga com os reservas Léo e Paulão. O desentrosamento pesou, e o sistema defensivo foi o ponto fraco no primeiro tempo. Um bom exemplo foi o gol de Edmílson. A jogada nasceu no lado direito da defesa mineira, onde Ceará dava espaços. A bola chegou à entrada da área sem que o atacante cruz-maltino fosse importunado. Ele ajeitou e soltou a bomba, que resvalou no travessão antes de morrer no gol de Rafael.
William disputa a bola com Fagner no Maracanã (Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)
Cruzeiro descontaO título já está garantido, e o Cruzeiro não tinha maiores aspirações na partida, mas o técnico Marcelo Oliveira não gostou da postura de seus comandados no primeiro tempo. Lançou Julio Baptista no lugar de Vinícius Araújo e cobrou mais atitude dos jogadores no intervalo. A equipe voltou, de fato, mais ligada e chegou a marcar um gol logo aos dois minutos, mas foi anulado por impedimento de Willian. O Vasco tentou responder, e Edmílson poderia ter matado o jogo logo em seguida, mas finalizou mal na frente de Rafael.
Thalles foi escalado por sua capacidade de movimentação e velocidade, e essas caraterísticas por pouco não renderam o terceiro gol. O jovem arrancou quase do meio-campo em contra-ataque, livrou-se da marcação, mas Rafael salvou na finalização. Pouco depois, o Cruzeiro diminuiu. Éverton Ribeiro cobrou falta, e Paulão desviou levemente de cabeça para vencer Alessandro. Apreensão nas arquibancadas. A cada ataque do Cruzeiro, um aperto. Nos minutos finais, Edmílson ainda teve a chance de marcar o terceiro de cabeça, mas a bola saiu por pouco. A partir dali, o time segurou a bola até o suspiro aliviado do apito final do árbitro.
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário