domingo, 24 de novembro de 2013

Jorginho joga toalha, aceita queda da Ponte Preta e foca na Sul-Americana

Após empate por 1 a 1 com o Grêmio, técnico da Macaca prefere não trabalhar com as mínimas chances de permanência na elite: 'A gente não conta mais com isso'

Por Campinas, SP

Jorginho cansou de lutar contra os números. O otimismo que acompanhou o técnico ao longo de todo o drama da Ponte Preta no Campeonato Brasileiro deu lugar a um discurso realista após o empate por 1 a 1 com o Grêmio, na tarde deste domingo, no Majestoso (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado). O resultado praticamente sacramentou o rebaixamento. Só um verdadeiro milagre salva a Macaca. Jorginho, no entanto, prefere não alimentar ilusões e jogou a toalha, aceitando a iminente queda e deixando o caminho livre para o foco exclusivo na Sul-Americana.

- A gente sabe que matematicamente tem uma possibilidade, mas a gente não conta mais com isso. Agora é pensar na Sul-Americana. Eu fico muito triste. Queria muito deixar a Ponte na Série A. Queria agradecer muito o apoio da torcida. Mas é ficar triste até meia noite de hoje só. Amanhã já é pensar no São Paulo. O nosso torcedor merece e precisa de uma alegria na quarta-feira – afirmou, em entrevista coletiva. 


Eu fico muito triste. Queria muito deixar a Ponte na Série A
Jorginho, técnico da Ponte Preta

 Jorginho trabalhava com três vitórias nas três partidas finais para sonhar em escapar. Além disso, precisaria contar com tropeços de Vasco, Coritiba e Fluminense. Agora, a situação é ainda pior. Além de a Macaca ter de fazer 100% contra Portuguesa, em casa, e Internacional, fora, Fluminense e Coritiba têm de perder os jogos restantes, e o Vasco só pode somar um ponto, além de tirar uma grande diferença de saldo. Uma combinação improvável e que não anima nenhum um pouco Jorginho. A Ponte é a vice-lanterna, com 36 pontos, a seis do Fluminense, o primeiro fora de degola. O Coxa também tem 42, um a mais que o Vasco.

- A gente teve todas as oportunidades de sair dessa situação. Não adianta colocar a culpa em ninguém. A pontuação no primeiro turno foi muito ruim. Eu assumo toda a responsabilidade, seja no jogo de hoje, como nos outros jogos. Foram detalhes ao longo da campanha que nos rebaixaram, como o jogo contra o Flamengo, o do Náutico e o de hoje – analisou o comandante alvinegro. 


 As partidas às quais o técnico da Macaca se refere aconteceram no segundo turno. Nas três, a equipe saiu na frente, mas não conseguiu segurar o resultado. Contra o Flamengo, a Ponte vencia em casa, com um a mais, até os 44 minutos do segundo tempo, quando levou o empate. Diante do lanterna e saco de pancadas Náutico, a Macaca levou a virada  no fim do segundo tempo. Por fim, neste domingo, foi para o intervalo em vantagem, mas cedeu a igualdade para o Grêmio no início da etapa final. 

Com a situação praticamente irreversível no Brasileirão, a Ponte pode, enfim, priorizar a Sul-Americana, na qual está na semifinal, com boas possibilidades de avançar à decisão e buscar o primeiro título em 113 anos de história. Quarta-feira, a Macaca decide a vaga para a final contra o São Paulo, em Mogi Mirim, com a vantagem de ter vencido a ida por 3 a 1, no Morumbi. Caso confirme a classificação, as duas rodadas finais da Série A virarão mera formalidade, independentemente das mínimas chances de permanência na elite. 

- Diante da pequena possibilidade que a gente tem (de escapar), a gente precisa dar total atenção à Sul-Americana. Se passar do São Paulo, com certeza todos os jogadores titulares vão descansar para a final e não vão jogar mais no Brasileiro. Mas repito: ainda é preciso confirmar a classificação. O São Paulo é um grande time. Não tem nada ganho – finalizou Jorginho.
  
Jorginho, técnico da Ponte Preta (Foto: Carlos Velardi/ EPTV) 
Jorginho jogou a toalha na luta contra o rebaixamento 
no Campeonato Brasileiro (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)

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