segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Em ‘final’ dentro do Z-4, Criciúma e Ponte Preta ficam no empate: 1 a 1

Placar igual faz com que times sigam o calvário dentro da zona de rebaixamento, mas a Macaca mantém esperanças com invencibilidade 

A CRÔNICA 
 
por João Lucas Cardoso

Bom para ninguém. O empate em 1 a 1 entre Criciúma e Ponte Preta mantém o calvário. As duas equipes seguem na zona de rebaixamento, e aparentemente com maior dificuldade de sair da área de degola, diante dos resultados desta rodada do Campeonato Brasileiro. O Tigre volta a somar após três rodadas de jejum, mas é pouco para a necessidade que tem – e desespero da maioria dos 9.757 torcedores que foram ao Heriberto Hülse neste domingo com a pretensão de assistir ao começo de uma arrancada. A Macaca chega à quarta partida de invencibilidade, mas com compromisso maior de vencer o Vitória, próximo adversário, para ao menos manter as esperanças de sair do Z-4.

Os mandantes demoraram a entender que aquela era uma ‘final de Copa do Mundo’ contra o rebaixamento. Deram espaço para que a Ponte Preta especulasse e arrematasse. O Criciúma encaixou e jogou com a maioria dos 9.757 torcedores no estádio. Superou a Ponte em finalizações – 6 a 3 no primeiro tempo. Uma delas foi de Ricardinho, que abriu o placar com falha do goleiro. O Tigre também errou. Voltou devagar do intervalo e pagou contraindo com o gol de desconto, marcado por Leonardo. Os mandantes foram obrigados a crescer e chegaram a colocar duas bolas na trave numa mesma jogada.


O Criciúma, na 19ª colocação e com 33 pontos, terá pela frente um duelo novamente decisivo para tentar sair da degola. No próximo domingo, o Tigre enfrenta o Náutico, já rebaixado, no Recife. A Ponte, 18ª e com 34 pontos, tem a Sul-Americana como próximo objetivo. Na quinta-feira, a equipe de Campinas precisa de gols para passar pelo Vélez Sársfield, em Buenos Aires, já que na ida o confronto terminou empatado sem gols. Pelo Brasileirão a Macaca joga domingo, diante do Vitória, no Moisés Lucarelli.

Lins do Criciúma e Rildo da Ponte Preta (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado) 
Lins e Rildo disputam bola no duelo dos times que lutam 
contra o Z-4  (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado)
 
Encaixa e ‘é caixa’
Ainda que precisasse do triunfo para tentar sair da zona de rebaixamento na rodada, a Ponte Preta pareceu entrar em campo para especular. Chegou a ter uma ou outra chance no começo, mais por espaço ou falha da defesa da casa. Quando o Criciúma se acertou em campo, a Macaca se conteve. A presença ofensiva diminuiu, com os mandantes encaixados e atrás do gol inaugural.
O caminho para as redes, o Tigre tentava encontrar pela esquerda. Por aquele lado equilibrou o número de finalizações e começou a mostrar as garras. Inflamada pelos torcedores, que vaiavam cada marcação da arbitragem contra os tricolores, os jogadores peitavam Ricardo Marques Ribeiro.

Mas o Criciúma precisaria de uma outra forma para chegar ao primeiro gol do jogo. O técnico Argel Fucks pediu calma e persistência. Sem reclames e na insistência do atacante Lins, as redes e a torcida balançaram. ‘Bruce Lins’ ganhou uma bola que parecia perdida na frente da área, arrumou e arriscou. Roberto soltou. Foi Fatal. Ricardinho surgiu para escrever 1 a 0, o placar do primeiro tempo na capital do carvão.


Macaca empata, torce e segura
A vantagem parcial fez o Criciúma entrar no segundo tempo acomodado. A Ponte Preta enxergou que poderia se aproveitar. O gol de empate dos pontepretanos, aos nove, não poderia simbolizar melhor o que ocorria na etapa final até então. O Tigre esteve sempre atrás, no cruzamento do Régis, no desvio de Rildo e na finalização de Leonardo, que marcou seu primeiro com a camisa do clube. A igualdade obrigou os mandantes a pressionar novamente e o tempo fazer com que Argel Fucks tirasse um volante, Ewerton Páscoa, para a entrada de um atacante, Marcel. O centroavante Wellington Paulista virou armador.

O trunfo a ser explorado pela Macaca era a exposição. Mas o Criciúma pouco permitiu que a Ponte saísse do campo de defesa. Ou de dentro da pequena área, como aos 34: Marcel e Lins ficaram na trave após um cruzamento, em lances seguidos da mesma jogada. Neste momento, a pressão sobre a Ponte era gigantesca, porque a torcida da casa havia acordado e gritava alto. Ela suspirou ‘uh’ duas vezes, em arremates em que apenas o goleiro Roberto vibrou, quando viu a bola passar do lado da trave. Ficou nisso e um Criciúma com a necessidade de vencer cinco jogos dos seis que restam. A Ponte Preta precisa ganhar quatro.



 
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