segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Vasco abre placar no início, segura a pressão do Coritiba e volta a vencer

Gol de Pedro Ken aos quatro minutos decide no Couto Pereira, com grande atuação do time carioca. Pouco efetivo, Coxa perde a chance de ser líder


A CRÔNICA 
 
por GLOBOESPORTE.COM

No sobe e desce do Campeonato Brasileiro, o Vasco ignorou o que a tabela sugeria e superou o Coritiba por 1 a 0, neste domingo, no Couto Pereira. Com um gol logo no início marcado por Pedro Ken, nascido na capital paranaense, a equipe carioca conteve o mandante no resto da partida com um desempenho seguro, lhe impôs a primeira derrota em seus domínios na competição e, de quebra, voltou a sorrir após três rodadas. Foi sua primeira vitória como visitante.

- Acho que é importantíssimo, hoje estou na minha cidade, meu pai e meu avô vieram ver o jogo, é uma inspiração a mais. Mas o importante é o jogo que fizemos. Sabíamos que iríamos enfrentar muitas dificuldades, até porque eles não tinham perdido em casa ainda. Fizemos um grande jogo, um primeiro tempo bem superior, depois eles vieram para cima. Mas soubemos nos defender e não demos bobeira como contra Ponte e Goiás. Hoje esse detalhezinho, essa atenção fez a diferença - analisou Pedro Ken.

E teve mais: o Coxa poderia ter terminado o fim de semana na liderança, caso fizesse o dever de casa, já que foi beneficiado pelos empates de Botafogo (diante do Goiás) e Cruzeiro (com o Santos). Mas mostrou um futebol aquém de sua média recente, surpreendido pela postura do então 11º colocado, que salta para décimo, com 18 pontos, a apenas três do G-4. O Coxa permanece em terceiro, com 23.

Os veteranos Alex e Juninho, astros da partida, tiveram participações opostas. Enquanto o meia do Coxa - e um dos principais artilheiros do Brasileirão - esteve apagado e foi substituído no intervalo por lesão muscular, o vascaíno, que era dúvida, distribuiu bons passes e ajudou na marcação até onde deu - saiu faltando 20 minutos.

Agora, o time de Marquinhos Santos - que neste domingo estreou seu terceiro uniforme, listrado em verde-limão e preto - busca a recuperação na quarta-feira, às 21h, contra a Portuguesa, também em seu estádio. Já os cruz-maltinos visitam o Santos, no mesmo dia, às 19h30m, na Vila Belmiro.

Pedro Ken comemora, Coritiba x Vasco (Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)Pedro Ken comemora o gol marcado aos quatro minutos de jogo (Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)
 
Gol no início e superioridade vascaína
Logo que a bola rolou no gramado irregular do Couto Pereira, quem deu as cartas foi o Vasco. Com espaço, o time avançou a marcação e avisou que não se encolheria. Aos quatro minutos, saiu na frente com Pedro Ken, que aproveitou rebote após duas cabeçadas e uma bela defesa do goleiro Vanderlei. A vantagem deu ainda mais confiança ao Cruz-Maltino, que parecia um dos líderes da competição enfrentando um rival em má fase. Papéis invertidos.

Os erros de passe se multiplicavam, e o Coxa sofria para se aproximar da área vascaína, bem vigiada pela compactação entre defesa e meio de campo. Apenas aos 26 surgiu a primeira chance, com Geraldo cabeceando para fora. O panorama se manteve até o fim da etapa. Alex tinha dificuldades para armar a equipe e, sentindo dores, saiu no intervalo. Antes, parou no goleiro Diogo Silva, que, à queima-roupa, fez milagre, com arrojo e sorte. Quem não aguentou até o intervalo foi Tenorio, que se chocou com Emerson numa bola pelo alto e foi substituído por Edmílson.

Pressão coxa-branca sem efeito
O técnico Marquinhos Santos também mexeu na formação tática, abolindo os três zagueiros com a saída de Chico para a entrada de Sérgio Manoel, além da necessidade de trocar seu camisa 10 por Bottinelli. O efeito foi relativo. Apesar de ter controlado mais posse de bola, empurrando o Vasco para a defesa, a efetividade continuou em falta. O Coritiba se limitava a rondar e arriscava pouco a gol, deixando o torcedor impaciente. Quando o fazia, errava a mira.

Já as únicas vezes em que a equipe de Dorival Júnior se assanhou foram com Fagner, que bateu na trave, aos 22, e Edmilson e Pedro Ken, em contragolpe rápido, aos 34. No restante do tempo, houve pressão desordenada do mandante. Tanto que seu número de finalizações não passou de 11 ao longo dos 90 minutos - igual ao adversário. Firme, o Vasco se segurou com bolas afastadas e substituições para ganhar tempo.

Eder Luis, Coritiba x Vasco (Foto: Geraldo Bubniak/Agência Estado) 
Willian vigia de perto Eder Luis: Coxa estreou seu terceiro uniforme (Foto: Geraldo Bubniak/Ag. Estado)
 
 
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