segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Em jogo ruim, Cruzeiro e Santos empatam, e Raposa recupera a ponta

Com pouco poder de criação de ambos, 0 a 0 acaba de bom tamanho


A CRÔNICA 
 
por Tarcísio Badaró

No reencontro de Montillo com a Raposa, sobraram vaias, mas faltaram gols. Cruzeiro e Santos fizeram uma partida de pouca inspiração e ficaram no 0 a 0, neste domingo, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 12ª rodada do Brasileirão. Em um jogo fraco tecnicamente e com poucas chances de gol, não poderia haver placar mais adequado. No entanto, o resultado foi o suficiente para a Raposa recuperar a liderança do Brasileirão, condição que havia perdido provisoriamente no sábado após o empate do Botafogo. O Peixe empatou mais uma, e parece ter ficado satisfeito com o placar.

Com o resultado, o Cruzeiro chegou aos 25 pontos, mesmo número do Botafogo. A Raposa segue à frente, por ter melhor saldo de gols. Sem o triunfo, o time de Marcelo Oliveira não só deixou de abrir vantagem na ponta, como também viu sua série de triunfos seguidos ser interrompida no Mineirão. Desde a reinauguração haviam sido 13 vitórias em 13 jogos. Já o Peixe, com duas partidas em atraso, chegou aos 14 pontos. É o 15º colocado.

O Cruzeiro volta a campo na quarta-feira. Vai até Porto Alegre, onde encara o Grêmio, às 21h50m (de Brasília), na Arena. Já o Santos joga mais cedo, às 19h30m, contra o Vasco, na Vila Belmiro.

Gols, só em impedimento
O Santos começou melhor a partida. Montillo, vaiado pela torcida toda vez que pegava na bola, tinha uma marcação menos cerrada em campo, e conseguia criar. Antes dos dez minutos, o Peixe chegou duas vezes. As duas pelo alto. Fábio defendeu ambas.

Nilton, Cruzeiro x Santos (Foto: Juliana Flister/Vipcomm) 
Jogo no Mineirão contou com poucos lances de emoção (Foto: Juliana Flister/Vipcomm)
 
O Cruzeiro não demorou a igualar o jogo e passou a ter mais posse de bola. Mas não chegava a levar perigo. O duelo era muito disputado, com alguns lances até feios, em que a bola passava por vários cabeceios, sem ninguém colocá-la no chão. Chance de gol, no entanto, nada. Foi preciso quase meia-hora para uma surgir. Em raro momento de luz, os meias celestes tramaram boa jogada pelo meio. A bola chegou até Vinícius Araújo, claramente impedido. Ele mandou para as redes, mas o apito já havia soado.

A chegada cruzeirense pareceu ser um acaso. O time seguiu mal e a torcida ameaçava perder a paciência. O Santos, bem encaixado, não se expunha. Parecia esperar por um vacilo do rival, pois também agredia pouco. O Cruzeiro ainda teve mais um gol anulado, aos 42 minutos. Ricardo Goulart completou falta batida por Egídio, e o auxiliar pegou novamente impedimento.
Futebol de 0 a 0

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com mais vontade. Chegou com perigo logo no começo, com Bruno Rodrigo, após escanteio. Em seguida, com Ricardo Goulart, que completou mal um chute torto de Vinícius Araújo. Ainda no começo, o Santos respondeu com Henrique, após boa jogada individual de Montillo, pela direita. O centroavante desviou prensado pela defesa, e a bola foi para fora.

Com menos de 15 minutos, Marcelo Oliveira mexeu no time. E o jogo também deu uma melhorada. Os donos da casa chegaram em chute de Borges; o Peixe deu o troco com Leandrinho, de fora da área. Nada de perigo, mas em um jogo com tão poucas chances, já animou o torcedor.

Chance clara mesmo só aos 30 minutos. Ricardo Goulart recebeu livre dentro da área, mas finalizou mal. Tentou colocar no canto e praticamente recuou para Aranha. O lance animou a torcida cruzeirense e o time foi para cima. O Santos recuou e passou a fazer ainda mais cera.
Claudinei Oliveira colocou outro ex-cruzeirense em campo, Thiago Ribeiro, e deixou a aposta clara no contra-ataque. Mas o Peixe não conseguiu encaixar nenhum. E nem parecia muito interessado. Marcado pela torcida e pelos volantes celestes, Montillo apareceu pouco. O empate sem gols acabou justo pelo fraco futebol apresentado pelos dois times.

 
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