segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Na festa de 113 anos, Ponte 'voa' em casa e aumenta declínio do Criciúma

No dia de seu aniversário, Macaca abre vantagem logo no primeiro tempo e faz a festa com a torcida ao vencer por 3 a 1. Tigre segue caindo na tabela
 
A CRÔNICA 
 
por GLOBOESPORTE.COM

Aniversário não é para ser desperdiçado. Tem comemoração, gritos de euforia e muitos motivos para festejar. No dia que completou 113 anos, a Ponte Preta seguiu à risca o roteiro. E, na condição de mais velho, impôs desde o início suas vontades diante de um combalido Criciúma. Tanto que abriu logo dois gols e, ignorando a melhora do adversário na etapa final, completou a vitória por 3 a 1 neste domingo à noite, em Campinas, pelo fechamento da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols, todos em jogadas aéreas, tiveram nas cabeças de William, Artur e Everton Santos os toques finais. Lins fez o único do Tigre.

As jogadas pelo alto fizeram a Macaca deixar para trás a zona de rebaixamento e o incômodo jejum que já durava três rodadas. Depois de sair atrás e conseguir apenas um ponto contra Fluminense e Vasco, o time de Paulo César Carpegiani fez as pazes com a vitória e alcança agora 15 pontos, sobe para a 13ª posição, deixa o inferno astral - típico momento antes de cada aniversário - e começa a vislumbrar um futuro mais positivo no Brasileirão.

William comemora, Ponte Preta x Criciuma (Foto: Denny Cesare/Agência Estado) 
William comemora 24º gol na temporada: festa com estilo (Foto: Denny Cesare / Agência Estado)
 
Quem ainda não tem motivos para festa é o Criciúma. Convidado de honra nesta noite, o Tigre sequer conseguiu incomodar o goleiro Roberto, que pouco trabalho teve. Assim, cai um lugar na tabela e termina o fim de semana entre os rebaixados, com 11 pontos, na 18ª colocação. Os desfalques, alertados por Vadão, pesaram. O treinador, por sua vez, tem que colocar as barbas de molho. Já são cinco jogos sem vencer, com quatro derrotas e um empate. Caso não volte a ser o convidado indigesto de outros tempos, a festança será só dos adversários.

A primeira chance de recuperação é na quarta-feira. No Heriberto Hulse, o Criciúma recebe o Náutico, às 19h30m. O duelo direto contra o rebaixamento coloca duas equipes dentro da degola, à procura da salvação enquanto houver tempo. Mais tranquila, a Ponte visita o Vitória no Barradão, também na quarta, às 21h.

William e Artur lideram a Macaca
Como uma boa aniversariante, a Ponte entrou no salão com roupa nova. E não demorou a receber seu primeiro presente, muito por conta da boa vontade do convidado. Na tentativa de cortar a cobrança de escanteio, Helton Leite saiu muito mal e deixou o gol aberto para William. Justo ele, que é quase perfeito na bola aérea. A fase é tão boa que o camisa 9 nem precisou enxergar para balançar as redes pela 24ª vez na temporada.

O tropeço logo no começo intimidou o visitante. O Criciúma não conseguiu avançar a marcação, como faz no Heriberto Hulse, e virou presa fácil para os ataques da Ponte, que aumentou a pressão. Artur, duas vezes por baixo, e William, quase na pequena área, pararam no goleiro catarinense. Gol, pelo jeito, só sairia pelo alto. E assim foi aos 29 minutos: após escanteio de Chiquinho, Artur se antecipou à marcação e testou para a rede: 2 a 0.

A Ponte decidia o ritmo da partida e, para ela, a primeira parte da festa já estava resolvida. Carpegiani pediu paciência no toque de bola, e o time obedeceu prontamente. O Criciúma, por sua vez, não conseguiu fazer o que Vadão queria e apenas assistiu ao dono da casa ir para o intervalo de bem com a torcida.

regis e Leandro Brasília, Ponte Preta x Criciuma (Foto: Rodrigo Villalba/Futura Press)Régis e Leandro Brasília disputam jogada no primeiro tempo (Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press)
 
Tigre acorda, mas não o suficiente
O Criciúma cansou de ser um convidado comportado. Sem mudanças de nome, alterou a postura. Virou folgado mesmo: abriu a geladeira, pôs os pés no sofá e ligou a música. O ritmo, agora, era catarinense. Ivo isolou a primeira chance, mas Lins não desperdiçou a dele. Em cruzamento de Marlon, o centroavante se posicionou na segunda trave e, com um leve toque, bateu Roberto, imóvel no meio da meta.

Foi aí que os pontepretanos pensaram: fazer festa na minha casa? Sem chance. A apatia dos primeiros dez minutos não se repetiram até o apito final de Dewson Fernando Freitas da Silva. William, de novo pelo alto, forçou a primeira boa defesa de Helton Leite no segundo tempo. Mas o goleiro não estava em um bom dia. Ao sair do gol e tentar adivinhar para onde iria o cruzamento de Artur, foi surpreendido por Everton Santos, que, de cabeça, aumentou a vantagem alvinegra.

A aniversariante já estava de barriga cheia. Três gols, vantagem no placar. Carpegiani, então, usou o banco, com as entradas de Giovanni e Ferrugem (de volta ao futebol após cinco meses parado). No Criciúma, Vadão apostou em Bruno Lopes, mas nem a entrada de um terceiro atacante acordou a equipe. Os laterais pouco apoiaram, e as ausências de João Vitor e Fabinho fizeram muita diferença. Sem criação e velocidade, o Tigre não teve como equilibrar o duelo. No fim, restou bater palmas, porque quem faz aniversário merece parabéns.

 
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