sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Torcida comparece, mas São Paulo fica no empate com o Atlético-PR

Mais de 25 mil torcedores vão ao Morumbi nesta quinta-feira. Resultado amplia série negativa dos paulistas e aumenta invencibilidade do Furacão
 
A CRÔNICA 
 
por Carlos Augusto Ferrari

A crise não está disposta a deixar o São Paulo em paz no Campeonato Brasileiro. Depois de um bom início de jogo, o Tricolor entrou em parafuso com seguidos erros defensivos e permitiu o empate do Atlético-PR por 1 a 1, nesta quinta-feira, no Morumbi. Foi a 11ª partida sem vitória dos paulistas e a sétima de invencibilidade dos paranaenses, que mesmo jogando fora de casa podem lamentar o resultado, já que em caso de vitória poderiam até entrar no G-4.

O cenário parecia desenhado para os são-paulinos reagirem: a torcida compareceu em bom número, mais apoiou do que vaiou, e o time abriu vantagem com um gol polêmico de Rodrigo Caio que Aloísio quase atrapalhou (de novo). Durou 20 minutos. Antes do fim do primeiro tempo, Rafael Toloi cometeu pênalti bobo em Marcelo. Paulo Baier empatou e acabou com o bom momento do rival.

O resultado mantém o Tricolor em uma crise sem precedentes - são agora seis partidas seguidas sem vencer em casa, somando a Recopa. O time fica cada vez mais distante dos rivais que estão fora da zona do rebaixamento. Com apenas dez pontos, a equipe dirigida por Paulo Autuori tem cinco abaixo do Santos, o 16º. No domingo, pega o Flamengo, às 16h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

O Atlético-PR não cumpre a meta de entrar no grupo dos quatro melhores, mas volta a Curitiba com um ponto que o deixa em sétimo, com 21, apenas um abaixo do Grêmio, quarto neste momento. A chegada ao G-4 pode acontecer no fim de semana, quando enfrenta o Criciúma, domingo, às 18h30m, no estádio Durival de Britto.

São Paulo x Atlético-PR (Foto: Marcos Ribolli) 
Lucas Evangelista tenta passar pela marcação de Bruno Silva (Foto: Marcos Ribolli)
 
Tricolor faz gol polêmico; Paulo Baier empata

O São Paulo mostrou uma postura diferente no começo do jogo. O time acuado, temeroso de se expor, deu lugar a uma equipe vibrante e empenhada em encerrar a crise. Nem o susto em chute perigoso de João Paulo logo no início esfriou o Tricolor, empurrado pela boa presença da torcida no Morumbi - 25.827 torcedores.


A ausência de Luis Fabiano, vetado de última hora por causa de dores nas costas, foi benéfica para o ataque. Com Aloísio e Osvaldo na frente, auxiliados por Jadson e Lucas Evangelista, o time ganhou mobilidade para abrir a defesa rival e ensaiar uma leve pressão.
A crise, porém, impede até que o gol saia de forma natural. Aos 17, Rodrigo Caio desviou de cabeça uma cobrança de falta de Jadson, acertando o canto esquerdo baixo de Weverton. Aloísio chegou para desviar, não alcançou a bola, mas o assistente Fábio Pereira ergueu a bandeira marcando impedimento. No entanto, depois de sofrer pressão dos dois times, o árbitro Anderson Daronco validou o lance acertadamente, segundo o comentarista Leonardo Gaciba.

A desvantagem fez o Atlético-PR acordar e expor falhas na defesa são-paulina. A começar por Rogério Ceni, que errou uma antecipação de bola e permitiu que Dellatorre acertasse o travessão. A igualdade veio aos 37 em uma jogada infantil de Rafael Toloi. O zagueiro deu um carrinho desnecessário na área e derrubou Marcelo. Paulo Baier soltou a bomba na cobrança do pênalti, o goleiro chegou a desviar, mas a bola entrou.

Paulo Baier São Paulo x Atlético-PR (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) 
Paulo Baier foi o autor do gol de empate do Furacão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
 
Tricolor perde o controle; Furacão segura o jogo
A necessidade de recuperar a vantagem atrapalhou novamente o São Paulo. O time voltou para o segundo tempo com o mesmo ímpeto, apoiado pelos torcedores, mas se afobou. Aloísio e Osvaldo não se entenderam, correram mais que a bola e quase não foram produtivos. Para assustar, Fabrício errou uma saída de bola que Marcelo chutou com perigo à direita de Ceni.

Paulo Autuori tentou conter o desespero do time com mais cadência no meio de campo. Ganso entrou na vaga de Fabrício, mas, ao contrário dos dois últimos jogos, nada fez. A segunda tentativa foi com Ademilson na vaga de Jadson, o único com poder de criação. A troca piorou a exibição e passou a irritar parte dos torcedores.

O Atlético-PR optou por não arriscar. Quando tentou sair, abriu a defesa e quase foi surpreendido por um adversário que pouco construiu na etapa final. Rogério Ceni fez boa defesa em falta batida por Elias, mas, no contra-ataque, Léo quase marcou contra após cruzamento rasteiro de Ademilson.

Os minutos finais foram de desespero no campo e nas arquibancadas. O São Paulo errou tudo que tentou no ataque e na defesa. Por sorte, Ederson parou em Ceni na maior chance do segundo tempo.

 
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