quinta-feira, 15 de agosto de 2013

De virada, Vitória bate a Ponte Preta e encosta nos primeiros colocados

Em jogo de reencontros e despedida, Macaca sai na frente do placar com artilheiro William, mas Pedro Oldoni, Vander e Marquinhos definem placar
 
A CRÔNICA 
 
por Raphael Carneiro

A noite era de reencontros, despedida e homenagem. Paulo César Carpegiani, Rildo e William voltavam ao Barradão após defender o Vitória. O zagueiro Gabriel Paulista fazia seu último jogo com a camisa do Rubro-Negro antes de ir para a Espanha. E o Leão estreava o terceiro uniforme relembrando a fundação do clube. No fim das contas, somente os visitantes deixaram o estádio sem ter o que comemorar. Invicto dentro de casa, o Vitória bateu a Ponte Preta por 3 a 1 e encostou no G-4 do Brasileirão.

William bem que tentou fazer valer seu conhecimento do Barradão para deixar o time paulista em vantagem. Mas Pedro Oldoni, Vander e Marquinhos garantiram a virada do time baiano no segundo tempo. Garantiram também uma despedida festiva de Gabriel Paulista, que vestiu a camisa do Vitória 142 vezes e, a partir de agora, é o novo reforço do Villareal.

- O clube me deu oportunidade, e eu sempre fiz gol. Não seria o tempo parado que iria mudar isso – disse Pedro Oldoni.

Gabriel Paulista deixa o Vitória na briga por uma vaga na Taça Libertadores. Com 22 pontos, o Rubro-Negro é o quinto colocado - tem a mesma pontuação do Grêmio, primeiro do G-4, mas perde no saldo de gols (quatro contra cinco). No entanto, pode perder mais duas posições, caso Atlético-PR e Internacional vençam seus jogos contra São Paulo e Botafogo, respectivamente. No próximo sábado, o Leão enfrenta o Cruzeiro no Mineirão, às 18h30m. A Ponte Preta, que não perdia há três jogos, está na 13ª colocação com 18 pontos, e no domingo, às 16h, recebe o Goiás no Moisés Lucarelli.

- Jogar contra o Vitória sempre foi difícil. Eles fizeram os gols em erros nosso e estão de parabéns - comentou William ao fim do jogo.

William reencontra redes do Barradão
A noite de reencontros com um ar retrô começou com um filme nada agradável para o torcedor do Vitória. Os seis desfalques pesaram em campo. As ausências de Nino Paraíba, Danilo Tarracha, Michel, Escudero, Maxi Biancucchi e Dinei deixaram uma equipe desentrosada e sem ritmo dentro de campo. À Ponte Preta sobrava vontade.

Inspirado com a primeira chance como titular, Luis Alberto começou apoiando bastante. Até acertou a trave do goleiro Roberto. O estreante Euller também tentou suas arrancadas pela esquerda. Em vão. Quem teve sucesso mesmo foi William. Na volta ao Barradão, o atacante aproveitou uma chance clara após bobeira de Cáceres na intermediária. De frente para o gol, lembrou como balançar as redes do Barradão. Só que em lado oposto.

Após a vantagem no placar, a Ponte manteve a tranquilidade em campo. O time paulista ainda chegou em alguns lances de perigo com Rildo. Do outro lado, não era só o uniforme alvinegro que deixava o Vitória diferente. O Rubro-Negro, nos 45 minutos iniciais, foi irreconhecível também dentro de campo.

Virada e festa rubro-negra
A ida para o vestiário fez bem para o Vitória. O uniforme continuou o mesmo, mas o futebol... Quanta diferença. Rômulo deu lugar a Pedro Oldoni, e foi exatamente este quem iniciou o caminho da virada baiana. Após toque de cabeça de Renato Cajá, mandou de joelho para empatar o jogo.

O Vitória cresceu, e a torcida, apesar de pequena (foram 8.410 pessoas no Barradão), foi junto. O gol logo no começo do segundo tempo minimizou os problemas do entrosamento. E aí apareceu a qualidade individual. Vander ajeitou a bola na entrada da área, cortou o zagueiro e bateu colocado. Bola no ângulo e festa na arquibancada: 2 a 1.

O Vitória não voltou a apresentar o melhor de seu futebol no segundo tempo. Mas não precisou tanto. A Ponte Preta não esboçou reação. Superior na segunda etapa, o Rubro-Negro ainda fez o terceiro gol com Marquinhos. O apito final serviu para deixar claro para os ex-rubro-negros que é preciso ser Vitória para mandar no Barradão.


 
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