A CRÔNICA
por
Leandro Canônico
De virada, o visitante Bahia venceu o São Paulo por 2 a 1 na noite
desta quarta-feira, no estádio do Morumbi, em partida adiantada da 11ª
rodada do Campeonato Brasileiro de 2013. Não seria exagero, porém, se
disséssemos que os baianos jogaram em casa, e os paulistas, fora.
Tamanha foi a pressão dos pouco mais de quatro mil são-paulinos
presentes. A ponto de Luis Fabiano ser chamado de "pipoqueiro" e sair de campo irritadíssimo e mais uma vez expulso. Paulo Autuori chega nesta quinta para assumir um time em crise.
Já o Bahia comemora: com a vitória, entrou no G-4 do Campeonato
Brasileiro, e está em terceiro, com um jogo a mais que os outros times.
Com dois jogadores a menos, já que Luis Fabiano e o estreante Clemente Rodríguez foram expulsos, o São Paulo levou a virada de um Bahia que foi melhor na maior parte do jogo. O resultado evidenciou os inúmeros problemas do Tricolor paulista, que somou sua quarta derrota seguida como mandante. Diante disso, o torcedor pediu raça em vários momentos. E vaiou.
O São Paulo, que agora está em 10º, volta a campo pelo Campeonato
Brasileiro no próximo domingo, às 16h, contra o também baiano Vitória,
no Barradão, em Salvador. Já o Bahia encara a Ponte Preta, no sábado, às
21h, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
Quem não faz...
- O Bahia teve mais chances do que a gente, mas nós é que fizemos o gol. O futebol é inexplicável por isso - resumiu Rogério Ceni após o primeiro tempo.
A equipe baiana foi realmente mais perigosa, mas foi o chute do são-paulino Aloísio que balançou a rede. Ovacionado pela torcida a cada lance de raça que protagonizava com trombadas, divididas e chutes de longe, Aloísio abriu o marcador depois que Luis Fabiano não conseguiu dominar belo passe de Jadson. Com a sobra, o Boi Bandido chutou da entrada da área. Marcelo Lomba ainda encostou na bola, mas não evitou o gol.
Com Anderson Talisca e Marquinhos Gabriel, no entanto, o Bahia deu
muito mais trabalho a Rogério Ceni do que os atacantes do time paulista a
Marcelo Lomba. O camisa 1 do São Paulo fez pelo menos três defesas
importantes na etapa inicial. Resultado de uma defesa mal protegida e
confusa na marcação.
Apesar da superioridade com a bola nos pés, o Bahia não conseguia transformar em gol as jogadas que criou. O São Paulo, por sua vez, não criava. Quando tentava era com chutes de longa distância. Nada eficientes. Os erros de passe e a insistência em ficar em posição de impedimento prejudicaram os donos da casa.
Muito embora o Bahia tivesse sido mais participativo durante a maior parte dos primeiros 45 minutos, no final da etapa o São Paulo conseguiu melhorar um pouco e igualar o jogo.
Bahia cresce e vira
Se o primeiro tempo tivesse sido disputado em um ritmo acelerado até que daria para entender a moleza dos jogadores de São Paulo e Bahia na etapa final. Mas como isso não ocorreu... Faltava vibração para os dois lados. Até mesmo um amistoso poderia ter mais animação.
Impaciente com a atuação dos donos da casa, a torcida são-paulina começou a gritar o nome de Muricy Ramalho, desempregado. Mas é Paulo Autuori quem chega nesta quinta-feira para assinar contrato e comandar o treino da tarde.
Pouco tempo depois de pedir o nome de um treinador que não será contratado, o torcedor do São Paulo ganhou mais um motivo para reclamar: gol do Bahia. Aos 18 minutos, após cruzamento da esquerda, Anderson Talisca aproveitou a fraca marcação da zaga adversária e empatou a partida. A torcida, então, pediu raça.
Para piorar a situação do São Paulo, Luis Fabiano foi expulso de forma
infantil. O atacante já tinha cartão amarelo e desviou a bola com a mão
para tentar levar vantagem. Com um a menos, os donos da casa se
esconderam ainda mais, e os visitantes baianos voltaram a dominar o
jogo.
A melhor chance até então, porém, foi do São Paulo, em cabeçada de Lúcio. Após cobrança de escanteio de Jadson, o zagueiro arriscou e viu Marcelo Lomba fazer linda defesa para salvar o Bahia. Minutos depois, o estreante Clemente Rodríguez foi expulso ao segurar um adversário pela camisa.
No lance seguinte à expulsão do argentino, Fahel aproveitou bobeira da zaga são-paulina na área e, de perna direita, virou a partida, dando ao Bahia uma justa vitória fora de casa.
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Vaiado após o apito final, o São Paulo sofreu com a cobrança da torcida
do primeiro ao último minuto. Começou com gritos de “é quarta-feira”,
em alusão à decisão da Recopa Sul-Americana, contra o Corinthians, no
próximo dia 17, no Pacaembu. Depois, mais irritados, os torcedores do
time paulista avisaram “se não ganhar a Recopa, o bicho vai pegar”.Com dois jogadores a menos, já que Luis Fabiano e o estreante Clemente Rodríguez foram expulsos, o São Paulo levou a virada de um Bahia que foi melhor na maior parte do jogo. O resultado evidenciou os inúmeros problemas do Tricolor paulista, que somou sua quarta derrota seguida como mandante. Diante disso, o torcedor pediu raça em vários momentos. E vaiou.
Lúcio, durante jogo entre São Paulo e Bahia (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)
Quem não faz...
- O Bahia teve mais chances do que a gente, mas nós é que fizemos o gol. O futebol é inexplicável por isso - resumiu Rogério Ceni após o primeiro tempo.
A equipe baiana foi realmente mais perigosa, mas foi o chute do são-paulino Aloísio que balançou a rede. Ovacionado pela torcida a cada lance de raça que protagonizava com trombadas, divididas e chutes de longe, Aloísio abriu o marcador depois que Luis Fabiano não conseguiu dominar belo passe de Jadson. Com a sobra, o Boi Bandido chutou da entrada da área. Marcelo Lomba ainda encostou na bola, mas não evitou o gol.
Luis Fabiano foi expulso de campo (Foto: Alex Silva/Agência Estado)
Apesar da superioridade com a bola nos pés, o Bahia não conseguia transformar em gol as jogadas que criou. O São Paulo, por sua vez, não criava. Quando tentava era com chutes de longa distância. Nada eficientes. Os erros de passe e a insistência em ficar em posição de impedimento prejudicaram os donos da casa.
Muito embora o Bahia tivesse sido mais participativo durante a maior parte dos primeiros 45 minutos, no final da etapa o São Paulo conseguiu melhorar um pouco e igualar o jogo.
Bahia cresce e vira
Se o primeiro tempo tivesse sido disputado em um ritmo acelerado até que daria para entender a moleza dos jogadores de São Paulo e Bahia na etapa final. Mas como isso não ocorreu... Faltava vibração para os dois lados. Até mesmo um amistoso poderia ter mais animação.
Impaciente com a atuação dos donos da casa, a torcida são-paulina começou a gritar o nome de Muricy Ramalho, desempregado. Mas é Paulo Autuori quem chega nesta quinta-feira para assinar contrato e comandar o treino da tarde.
Pouco tempo depois de pedir o nome de um treinador que não será contratado, o torcedor do São Paulo ganhou mais um motivo para reclamar: gol do Bahia. Aos 18 minutos, após cruzamento da esquerda, Anderson Talisca aproveitou a fraca marcação da zaga adversária e empatou a partida. A torcida, então, pediu raça.
Talisca comemora, tirando onda no Morumbi (Foto: Marcos Bezerra/Agência Estado)
A melhor chance até então, porém, foi do São Paulo, em cabeçada de Lúcio. Após cobrança de escanteio de Jadson, o zagueiro arriscou e viu Marcelo Lomba fazer linda defesa para salvar o Bahia. Minutos depois, o estreante Clemente Rodríguez foi expulso ao segurar um adversário pela camisa.
No lance seguinte à expulsão do argentino, Fahel aproveitou bobeira da zaga são-paulina na área e, de perna direita, virou a partida, dando ao Bahia uma justa vitória fora de casa.
Fahel comemora o gol da virada do Bahia (Foto: Marcos Bezerra/Agência Estado)
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