Após passagem pelo país onde estão presos os 12 corintianos suspeitos da morte de Kevin, comitiva toma à frente na organização do processo
Deputados visitam torcedores presos na Bolivia
(Foto: Leandro Canônico)
(Foto: Leandro Canônico)
Presos desde o dia 20 de fevereiro na Penitenciária San Pedro, em Oruro, os 12 corintianos são suspeitos de participação na morte do menino Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador no empate do Corinthians com o San José, por 1 a 1, na Libertadores. No Brasil, porém, o menor H.A.M., de 17 anos, assumiu a autoria do disparo que atingiu o garoto.
A demora da justiça boliviana em aceitar o depoimento do menor como parte do processo e a negativa do pedido de liberdade provisória fez com que o governo brasileiro fosse acionado. Principalmente depois das seguidas notícias divulgadas sobre a situação complicada que eles vivem na prisão. Confiante na inocência dos torcedores, os deputados federais resolveram ajudar.
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Mas se assustaram com o que encontraram na Bolívia. Principalmente em
Oruro. O Ministério Público é uma bagunça. Os próprios deputados é que
encontraram o envelope com as provas e o depoimento do menor, enviados
do Brasil, na mesa do promotor Alfredo Santos. De qualquer maneira, a
impressão da embaixada brasileira em relação ao novo investigador do
caso foi boa.À boca pequena, os deputados chegaram à conclusão nessa viagem que será preciso paciência com os bolivianos. Há receio por parte dos parlamentares de que eles se irritem com a pressão e dificultem ainda mais a tramitação do processo, que pode durar, no período de investigação, de seis meses a dois anos. Principalmente depois que o presidente Evo Morales deixou clara a autonomia do judiciário.
- Há poderes independentes na Bolívia. Isso está no judiciário e o executivo não tem essas atribuições – resumiu o chefe de estado boliviano.
A expectativa da comitiva brasileira, envolvendo até mesmo a presidente Dilma Rousseff, é pressionar com inteligência para o mais rápido possível conseguir, ao menos, a liberdade provisória dos 12 torcedores, para que eles respondam ao processo fora da cadeira. Mas na Bolívia. A Gaviões da Fiel alugou uma casa para eles em Cochabamba. Nos próximos dias o local será vistoriado pela polícia.
Percebendo que há também falta de sintonia entre o advogado boliviano dos torcedores, Miguel Blancourt, e o escritório de advocacia contratado pelas famílias no Brasil, os deputados prometeram também dar um reforço nesse sentido. Tanto aos advogados que estão no Brasil quanto ao profissional que está na Bolívia.
Outro ponto que os deputados federais assumiram o comando foi em relação ao contato com a família do garoto morto. Eles se encontraram no último sábado com Limbert e Carola Beltrán e prometeram alinhar o assunto da ajuda financeira em dez dias. A intenção do Corinthians, depois da primeira recusa dos pais de Kevin, é oferecer a renda líquida da partida de quarta-feira, contra o boliviano San José.
Além disso, a comitiva brasileira ficou de conversar com a CBF e a Federação Boliviana para saber qual parte da renda do amistoso entre Brasil e Bolívia, no último sábado, vencido por 4 a 0 pela Seleção, será destinada à família de Kevin. A Federação Boliviana se mostrou solidária ao caso, mas não divulgou valores. A intenção dos deputados é fechar um valor e passar rapidamente aos pais.
Nesta segunda-feira, às 16h (de Brasília), os 12 torcedores presos em Oruro serão levados ao estádio Jesus Bermudez para uma sessão de fotos q
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2013/04/precariedade-na-bolivia-assusta-e-deputados-assumem-caso-oruro.html
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