À beira da quadra do Ibirapuera, treinadores de estilos bem diferentes dão um show à parte no emocionante confronto entre Rio de Janeiro e Osasco
Enquanto as meninas de Osasco e Rio de Janeiro se enfrentavam na final da Superliga feminina de vôlei, outro duelo se travava à beira da quadra do ginásio do Ibirapuera. O contraste entre a inquietude esbravejante do técnico Bernardo Rezende e a tranquilidade observadora de Luizomar de Moura foi um show à parte neste domingo. Dois estilos opostos, mas, cada um a seu jeito, bastante eficientes. Melhor para o agitado Bernardinho, que liderou o Rio de Janeiro numa virada incrível para chegar ao título.
Desde o início, os técnicos “dançavam” em ritmos diferentes. Bernardinho preferia ficar parado, mas não quieto. Com a mão no queixo, conversava pelo rádio e vociferava instruções para as meninas do Rio de Janeiro durante o primeiro set. Luizomar, por sua vez, passeava de um lado ao outro e só explodia a cada bela cortada de Fernanda Garay, a cada ponto de Jaqueline. Assim, com orientações serenas, porém firmes, o técnico liderou o Osasco ao triunfo no set inicial (25 a 22).
À medida que o segundo set passava, as características dos treinadores ficavam mais evidentes. Cada vez mais calmo, vendo o Osasco vencer novamente (dessa vez por 25 a 19), Luizomar apoiava as mãos na cintura, ou as unia atrás das costas. Para que usá-las, se apenas suas instruções já bastavam? Enquanto isso, a inquietude crescia em Bernardinho, que desistira de ficar parado e caminhava em frente ao banco de reservas, tendo de escutar provocações diretas da torcida do Osasco.
Bernardinho: tensão do início ao fim da decisão no Ibirapuera (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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Era chegada a hora da decisão. Já não havia mais contraste entre calmo e
agitado. Os nervos à flor da pele falavam mais alto. A cada ponto, os
dois treinadores explodiam, ou em comemoração, ou em lamentos. Mais
acostumadas a jogar sob o comando de um técnico inquieto, as meninas do
Rio de Janeiro não fraquejaram, levaram o set decisivo (15 a 9) e o
título. Só aí o esbravejante Bernardinho pôde relaxar e festejar mais
uma conquista.
Luizomar: da tranquilidade à decepção na final da Superliga (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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