A CRÔNICA
por
Léo Simonini
Foi um Brasil e Argentina à moda antiga. No confronto entre Atlético-MG
e Arsenal, de Sarandí, nesta quarta-feira, no Independência, teve de
tudo um pouco. Golaço, pênalti mal marcado, bola na trave, discussão,
tensão e, principalmente, muita briga, cotoveladas, empurrões e
confusão. Todos esses ingredientes estiveram presentes em mais uma
vitória do Galo, desta vez, pela quinta rodada do Grupo 3 da Taça
Libertadores. O placar de 5 a 2, o mesmo da partida na Argentina,
premiou o melhor futebol apresentado pelo time mineiro. Diego Tardelli,
Ronaldinho Gaúcho (2), Luan e Alecsandro marcaram para o Galo, enquanto
Braghieri e Benedetto descontaram para o Arsenal-ARG.
Os dois primeiros gols do Atlético-MG, construídos com muita
facilidade, logo no início do jogo, geraram muita reclamação dos
argentinos. Em lances parecidos, com ótima participação do atacante Jô,
um dos destaques da partida, os jogadores do Arsenal-ARG reclamaram, sem
razão, de um impedimento de Tardelli e, com razão, da marcação de um
pênalti, já que a falta em Luan foi fora da área.
Porém, com a saída de Diego Tardelli, que sentiu uma fisgada na coxa
direita, o Atlético-MG caiu de produção. O Arsenal-ARG sentiu que
poderia incomodar, cresceu no jogo e chegou a diminuir o marcador. Foi
aí que começou a catimba argentina. A todo o momento havia um lance
ríspido. Por pouco, o tumulto não foi maior. Ao fim do primeiro tempo,
os jogadores das duas equipes deixaram o gramado trocando empurrões.
Mas Ronaldinho Gaúcho fez a diferença. Além do pênalti bem cobrado no primeiro tempo, fez um gol memorável na segunda etapa. Da entrada da área, deu uma cavadinha, no ângulo do goleiro Campestrini, que, desesperado, se esticou, mas não achou nada. Foi o trigésimo jogo seguido do Galo sem derrota dentro do Independência, invencibilidade em casa que sobe para 43 partidas. Além disso, esta foi a 12ª vitória seguida da equipe na temporada, o que já garante a segunda maior sequência da história do clube, atrás apenas da de 18 triunfos obtidos em 1976.
No fim do jogo, nova confusão, desta vez mais grave. Policiais foram agredidos e revidaram. Com o resultado, o Atlético-MG recupera, mesmo que de forma momentânea, a primeira colocação geral da Libertadores, com 15 pontos ganhos. O time mineiro venceu todos os cinco jogos que disputou na competição. O Arsenal-ARG, com mais uma derrota, se manteve com quatro pontos, na terceira posição. Nesta quinta-feira, The Strongest, da Bolívia, e São Paulo ainda se enfrentarão pela rodada. A partida será disputada em La Paz, às 21h30m (de Brasília).
A próxima partida do Atlético-MG, pela Libertadores, será no dia 17, diante do São Paulo, no Morumbi. Porém, antes, pelo Campeonato Mineiro, o Galo receberá o Boa Esporte, neste domingo, às 16h, novamente no Independência. O Arsenal-ARG, por sua vez, encara ainda terá o Strongest, em Sarandí, também no dia 17.
Que confusão
Com Luan na vaga de Bernard, lesionado no ombro direito, o Atlético-MG começou como está acostumado, ou seja, para cima do adversário. Porém, quem teve a primeira chance de gol foi o Arsenal-ARG. Após boa tabela com Ortiz, Carbonero mandou uma pancada, que explodiu no travessão de Victor.
Mas ficou só no susto. A resposta do Galo veio com bola na rede, aos 10 minutos. Após bola espanada da defesa, Jô ganhou de cabeça no meio-campo e serviu Tardelli. Com velocidade, o atacante correu até a entrada da área para bater no canto direito baixo de Campestrini.
Quatro minutos depois, graças a um pênalti mal marcado em Luan, a torcida explodiu novamente. Jô, mais uma vez, serviu um companheiro que entrou em velocidade. Luan foi derrubado fora da área, mas o árbitro Enrique Cáceres marcou pênalti, prejudicado pelo auxiliar Hugo Martínez, que sinalizou a penalidade máxima. Com uma bomba no alto, Ronaldinho Gaúcho estufou a rede.
Porém, a alegria deu lugar à apreensão. Tardelli abandonou a disputa, após sentir uma fisgada na coxa direita. Sem condições de continuar, deu lugar a Araújo. O Atlético-MG passou a tocar a bola com pouca objetividade e cedeu espaços ao adversário. Aos 39, Nervo cruzou da direita, e Braghieri cabeceou. A bola passou por entre as pernas de Victor.
No fim do primeiro tempo, Leandro Donizete levou uma cotovelada de Ortiz, e os jogadores atleticanos foram para cima. O tempo fechou. Muito empurra-empurra no meio-campo, até que o árbitro encerrou e atapa inicial. No entanto, os jogadores do Arsenal-ARG cercaram o trio de arbitragem, e Cuca e os atletas alvinegros também se aproximaram. O tumulto se arrastou no caminho para os vestiários e ficou pior quando seguranças do time mineiro se envolveram.
R10 espetacular
No segundo tempo, não deu nem tempo de os argentinos esboçarem uma pressão. Logo no primeiro minuto, Jô levantou a cabeça e cruzou rasteiro para a área. A bola passou por todo mundo, menos por Luan, que, na segunda trave, mandou para as redes de Campestrini. Foi o primeiro dele com a camisa do clube.
O Galo voltou a dominar o jogo, e Ronaldinho Gaúcho coroou a torcida com um lance espetacular. Aos 13, em um contragolpe rápido, Araújo deixou a bola com o camisa 10, que entrava pela esquerda. Ronaldinho, com uma visão de jogo incrível, além da tradicional categoria, deu um toque sutil, como que de brincadeira, no ângulo direito de Campestrini. O goleiro pulou, se esticou, mas não achou nada. Carnaval fora de época no Independência.
A partir daí, o Arsenal-ARG ainda tentou reunir forças para diminuir o prejuízo e somente conseguiu uma vez, já aos 40 minutos. Benedetto bateu muito forte uma falta de fora da área, e a bola entrou, após explodir na trave, mas nada que fosse o suficiente para estragar a festa da torcida atleticana, em êxtase com a fase de Ronaldinho, Jô e companhia.
Alecsandro, aos 47 minutos, ainda fez mais um, após soltar uma bomba de fora da área, sem chances para Campestrini. Revoltados, os argentinos partiram para cima da arbitragem e da Polícia Militar, que reagiu às agressões. Aos poucos, deixaram o campo e foram para os vestiários. Porém, a confusão continuou, e os policiais cercaram os jogadores. Cadeiras voaram de dentro dos vestiários, e houve muita truculência, de ambas as partes.
Ronaldinho Gaúcho comanda o Galo na vitória sobre o Arsenal-ARG (Foto: AFP)
A confusão foi grande no Independência (Foto: AFP)
Mas Ronaldinho Gaúcho fez a diferença. Além do pênalti bem cobrado no primeiro tempo, fez um gol memorável na segunda etapa. Da entrada da área, deu uma cavadinha, no ângulo do goleiro Campestrini, que, desesperado, se esticou, mas não achou nada. Foi o trigésimo jogo seguido do Galo sem derrota dentro do Independência, invencibilidade em casa que sobe para 43 partidas. Além disso, esta foi a 12ª vitória seguida da equipe na temporada, o que já garante a segunda maior sequência da história do clube, atrás apenas da de 18 triunfos obtidos em 1976.
No fim do jogo, nova confusão, desta vez mais grave. Policiais foram agredidos e revidaram. Com o resultado, o Atlético-MG recupera, mesmo que de forma momentânea, a primeira colocação geral da Libertadores, com 15 pontos ganhos. O time mineiro venceu todos os cinco jogos que disputou na competição. O Arsenal-ARG, com mais uma derrota, se manteve com quatro pontos, na terceira posição. Nesta quinta-feira, The Strongest, da Bolívia, e São Paulo ainda se enfrentarão pela rodada. A partida será disputada em La Paz, às 21h30m (de Brasília).
A próxima partida do Atlético-MG, pela Libertadores, será no dia 17, diante do São Paulo, no Morumbi. Porém, antes, pelo Campeonato Mineiro, o Galo receberá o Boa Esporte, neste domingo, às 16h, novamente no Independência. O Arsenal-ARG, por sua vez, encara ainda terá o Strongest, em Sarandí, também no dia 17.
Que confusão
Com Luan na vaga de Bernard, lesionado no ombro direito, o Atlético-MG começou como está acostumado, ou seja, para cima do adversário. Porém, quem teve a primeira chance de gol foi o Arsenal-ARG. Após boa tabela com Ortiz, Carbonero mandou uma pancada, que explodiu no travessão de Victor.
Mas ficou só no susto. A resposta do Galo veio com bola na rede, aos 10 minutos. Após bola espanada da defesa, Jô ganhou de cabeça no meio-campo e serviu Tardelli. Com velocidade, o atacante correu até a entrada da área para bater no canto direito baixo de Campestrini.
Quatro minutos depois, graças a um pênalti mal marcado em Luan, a torcida explodiu novamente. Jô, mais uma vez, serviu um companheiro que entrou em velocidade. Luan foi derrubado fora da área, mas o árbitro Enrique Cáceres marcou pênalti, prejudicado pelo auxiliar Hugo Martínez, que sinalizou a penalidade máxima. Com uma bomba no alto, Ronaldinho Gaúcho estufou a rede.
Porém, a alegria deu lugar à apreensão. Tardelli abandonou a disputa, após sentir uma fisgada na coxa direita. Sem condições de continuar, deu lugar a Araújo. O Atlético-MG passou a tocar a bola com pouca objetividade e cedeu espaços ao adversário. Aos 39, Nervo cruzou da direita, e Braghieri cabeceou. A bola passou por entre as pernas de Victor.
No fim do primeiro tempo, Leandro Donizete levou uma cotovelada de Ortiz, e os jogadores atleticanos foram para cima. O tempo fechou. Muito empurra-empurra no meio-campo, até que o árbitro encerrou e atapa inicial. No entanto, os jogadores do Arsenal-ARG cercaram o trio de arbitragem, e Cuca e os atletas alvinegros também se aproximaram. O tumulto se arrastou no caminho para os vestiários e ficou pior quando seguranças do time mineiro se envolveram.
R10 espetacular
No segundo tempo, não deu nem tempo de os argentinos esboçarem uma pressão. Logo no primeiro minuto, Jô levantou a cabeça e cruzou rasteiro para a área. A bola passou por todo mundo, menos por Luan, que, na segunda trave, mandou para as redes de Campestrini. Foi o primeiro dele com a camisa do clube.
O Galo voltou a dominar o jogo, e Ronaldinho Gaúcho coroou a torcida com um lance espetacular. Aos 13, em um contragolpe rápido, Araújo deixou a bola com o camisa 10, que entrava pela esquerda. Ronaldinho, com uma visão de jogo incrível, além da tradicional categoria, deu um toque sutil, como que de brincadeira, no ângulo direito de Campestrini. O goleiro pulou, se esticou, mas não achou nada. Carnaval fora de época no Independência.
A partir daí, o Arsenal-ARG ainda tentou reunir forças para diminuir o prejuízo e somente conseguiu uma vez, já aos 40 minutos. Benedetto bateu muito forte uma falta de fora da área, e a bola entrou, após explodir na trave, mas nada que fosse o suficiente para estragar a festa da torcida atleticana, em êxtase com a fase de Ronaldinho, Jô e companhia.
Alecsandro, aos 47 minutos, ainda fez mais um, após soltar uma bomba de fora da área, sem chances para Campestrini. Revoltados, os argentinos partiram para cima da arbitragem e da Polícia Militar, que reagiu às agressões. Aos poucos, deixaram o campo e foram para os vestiários. Porém, a confusão continuou, e os policiais cercaram os jogadores. Cadeiras voaram de dentro dos vestiários, e houve muita truculência, de ambas as partes.
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