Jogadora cearense sofre ao retomar o contato com matérias como física e química, mas se dedica aos estudos para tentar realizar sonho antigo
Shaylyn no cursinho pré-vestibular: livros e cadernos como parte da nova rotina (Foto: Arquivo Pessoal)
Shaylyn sonhava ser médica desde adolescente, mas a grade integral do curso não dava chance para conciliar os estudos com a rotina de atleta, prioridade na época. Mas a sede de conhecimento era tão grande que a levou a experimentar outras carreiras paralelas. Por dois anos, carregou em todas as etapas do Circuito os códigos Civil e Penal, que consultava para as provas de Direito. Sem terminar a faculdade, migrou para a Publicidade e, finalmente, encontrou-se no Marketing, área na qual se graduou.
Nos últimos meses, a cearense reconsiderou a ideia de voltar à universidade e, após o Open do Rio de Janeiro, iniciou a guinada. Deixou a Cidade Maravilhosa, onde morava desde 2001, para ficar mais perto da família no Ceará e ter apoio durante a transição. Até abril, quando se encerra a temporada 2012/2013 do Circuito Brasileiro, Shaylyn seguirá jogando ao lado de Vivian.
- Quando eu tinha 18 anos fiz a opção pelo vôlei porque sabia que o esporte, por depender completamente do físico, não poderia esperar. Sabia que seria difícil, mas que eu poderia tentar ser médica depois dos 30 anos. Ultimamente fui amadurecendo a ideia até decidir em dezembro. Eu poderia jogar mais uns quatro anos, mas neste momento não é o que eu quero. A vida é feita de ciclos, e estou antecipando o fim de um para dar vez a outro.
Aluna de boas notas nos tempos do colégio, que concluiu em 1999, a jogadora ficou assustada com o primeiro contato com matérias como química, física e biologia. Apesar de se ver em desvantagem em relação a concorrentes mais novos, recém-formados no Ensino Médio, ela tem a certeza de que esta era a hora de arriscar e tentar realizar o sonho antigo.
Shaylyn em sala de aula: química, física e biologia são matérias específicas (Foto: Arquivo Pessoal)
Shaylyn vai prestar vestibular para três universidades no Ceará – uma pública e duas particulares. Mesmo achando provável mudar de opinião ao longo do curso, a atleta já demonstra inclinação por duas especialidades da medicina: geriatria e cardiologia.
Família na universidade: Shelda cursa Marketing
Shelda na cerimônia de posse na prefeitura de
Sobral (Foto: Prefeitura de Sobral/Divulgação)
Sobral (Foto: Prefeitura de Sobral/Divulgação)
- Foi difícil começar após mais de 20 anos sem estudar. Espero que agora que mudei de área finalmente consiga terminar. O marketing esportivo é a parte que mais me atrai, mas quero aprender tudo que for possível. O estudo nos faz abrir a cabeça. Estudo é informação, e quanto mais informações tivermos, melhor. Se puder nunca mais vou deixar de estudar na vida. Quero ser uma eterna universitária.
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