Zé Roberto e Ramírez se desentendem no quarto set, cubana chega a chorar, mas equipe leva a melhor no tie-break e assume a terceira posição
Depois de ficar um tempo fora devido a uma torção no pé esquerdo, Ramírez voltou, ajudou o time a levar o terceiro set, mas, assim como toda a equipe, caiu de rendimento na parcial seguinte. Sob a justificativa de preservá-la da lesão, Zé Roberto a trocou por Vasileva, mas causou revolta na cubana, que bateu boca com o comandante, chorou e deixou a quadra.
Ramírez terminou como a segunda maior pontuadora do jogo, com 18 acertos, atrás apenas de Andreia, do Pinheiros, que fez 19. Apesar disso, a jovem Rosamaria, de 18 anos, foi eleita a melhor em quadra e levou o troféu Viva Vôlei.
Zé Roberto ficou visivelmente incomodado com a reação da cubana. Após a partida, ele se recusou a falar sobre o caso com a imprensa. A capitã Waleswka minimizou o episódio.
- É coisa de jogo. A gente precisava ganhar. Todo mundo estava de cabeça quente. Eu não sei direito o que aconteceu, não participei da conversa, mas amanhã está tudo bem.
Foi a quinta vitória seguida do Campinas, que chegou aos 33 pontos e ultrapassou o Praia Clube, com 32. O terceiro lugar estará em jogo na sexta-feira (15), quando as equipes se enfrentam às 21h, em Uberlândia. Para o Pinheiros, o resultado quebrou o embalo de três triunfos consecutivos, mas o desempenho mostrou que o time está em evolução para os playoffs. Com 21 pontos, é a sexta colocada e volta à quadra no dia 18 de fevereiro, contra Rio do Sul, em casa.
Jogadoras do Campinas comemoram ponto contra Pinheiros (Foto: Felipe Christ / Amil)
Pinheiros mostrou que daria trabalho ao Campinas desde o início. Bem arrumado na defesa e com um saque preciso, forçava os erros das donas da casa, principalmente na recepção. A estratégia rendeu uma vantagem de 6/2 no começo e obrigou Zé Roberto a pedir tempo. Após a parada, Campinas melhorou, encostou e levou ponto a ponto até a reta final, quando cresceu, passou à frente e fechou em 25/23 bom uma bola de xeque de Rosamaria.
O equilíbrio continuou no segundo set. A diferença em relação à primeira parcial é que Campinas controlou o placar, mas quem venceu foi Pinheiros. Após um rali de 29 segundos, as visitantes fecharam em 30/28 com um bloqueio em cima de Pri Daroit. O cenário se repetiu na sequência. Campinas abriu 3/0, mas Pinheiro foi buscar. O contrário também acontecia. Pinheiros tentava deslanchar, mas as campineiras tratavam de igualar.
Ramírez foi a personagem da vitória do Campinas
sobre Pinheiros (Foto: Felipe Christ / Amil)
sobre Pinheiros (Foto: Felipe Christ / Amil)
Pinheiros voltou com tudo para o quarto set. Helen chamou a responsabilidade e fez quatro pontos seguidos: dois de ataque e dois de bloqueio: 4/0. Zé tentou reorganizar a equipe com um pedido de tempo, mas não deu jeito. A vantagem só aumentava. O emocional das campineiras ficou ainda mais abalado após um rali de um minuto e sete segundos, com 54 toques, que Pinheiros levou a melhor.
Na sequência, Zé Roberto optou por tirar Ramírez para preservá-la da lesão no tornozelo, mas a cubana não aceitou a decisão e discutiu com o treinador. O bate-boca levou a ponteira ao choro. Já sem o tênis, continuou rebatendo Zé Roberto e foi levada por integrantes da comissão técnica para fazer o tratamento fora da quadra. Enquanto isso, Pinheiros continuava o passeio, que terminou em um erro de saque da levantadora Priscila: 25/15.
A derrota acachapante não tirou o foco das campineiras. Em uma mudança de comportamento repentina, a equipe esqueceu os problemas e se impôs. Vasileva, até então sumida, passou a ser decisiva, com seis pontos. Foi ela quem selou a vitória explorando o bloqueio: 15/8.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/noticia/2013/02/pinheiros-da-trabalho-mas-campinas-supera-discussao-interna-para-vencer.html
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