Gol de Wendel garante início com pé direito em 2013, em jogo de 21
substituições e alguns lances de efeito do ídolo, que atuou 64 minutos
A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
A festa era de Pedrinho, e o Vasco, como um bom anfitrião, tratou de
não manchá-la. Com seu novo time, reformulado por conta da crise
financeira, superou o Ajax por 1 a 0, gol de Wendel no primeiro tempo e
começou com triunfo a temporada 2013. A despedida do ídolo, no entanto,
fez valer ainda mais o ingresso do amistoso disputado na tarde neste
domingo, em São Januário. Homenagens, emoção e uma surpreendente atuação
de brilho em 64 minutos marcaram os últimos momentos do meia - seis
vezes campeão pelo clube - no futebol profissional.
- Tenho um amor por este clube desde pequeno. Quero agradecer a presença de todos vocês, meus amigos, família, companheiros, ex-companheiros, atletas que jogarão hoje, por esta homenagem. Agradeço do fundo do meu coração por ser vascaíno e ver a torcida enchendo o estádio - declarou Pedrinho, antes do duelo, com microfone em punho.
Agora, o Cruz-maltino entra em fase final de preparação para a estreia no Campeonato Carioca, no próximo sábado, contra o Boavista, em Volta Redonda. E os holandeses encerram sua segunda intertemporada com novo revés - havia sido batido pelo Palmeiras em 2012. Nesta noite, pegam um avião de volta para casa após uma semana no Rio de Janeiro. O público pagante foi de 5.247 pessoas (9.662 presentes), e a renda divulgada, de R$ 181.390.
Gramado ruim, equilíbrio e Pedrinho inspirado
Sem as pompas do retorno de Juninho ou da despedida de Edmundo, a festa foi discreta e ligeira, mas não deixou de emocionar Pedrinho, que teve a companhia de ex-companheiros em campo e foi presenteado com uma placa. Ansioso para a bola rolar, o meia logo começou a se aquecer e ouvir orientações dos jogadores. Enquanto isso, a torcida se dividia entre ovação a ele e hostilidade ao presidente Roberto Dinamite, que ouviu cobranças sobre a saída de Felipe, melhor amigo do homenageado e que rescindiu o contrato semana passada após ser afastado do elenco sob alegação de quebra de hierarquia por críticas ao trabalho da diretoria.
Se a estrutura estava pronta, o gramado do palco é que deixou a
desejar. Não houve tempo suficiente para que as falhas fossem sanadas,
depois de um replantio feito em dezembro, e quilos de areia foram
despejados para cobrir os buracos, o que deixou o aspecto feio. Mas,
para quem sabe, o terreno pouco importa. Aproveitando o ritmo lento,
Pedrinho buscou toques de efeito e deu até um lindo lençol, organizando o
Vasco como uma peça entrosada do grupo.
A partida foi equilibrada ao longo da primeira etapa. Raras oportunidades claras, muitos passes de lado e vários lançamentos errados. Aos dez minutos, Elsinho recebeu de Carlos Alberto, tentou o drible e caiu na área, mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique ignorou. Aos poucos, o Cruz-maltino apertou a saída do adversário e passou a ser mais presente no ataque. Como prêmio, abriu o placar. Bernardo bateu falta, e Wendel desviou de cabeça, aos 15.
O calor não era tão intenso, mas o Ajax pediu que houvesse uma pausa para hidratação, aos 25. Logo depois da volta, o panorama pouco mudou. Querendo jogo, Bernardo arriscou mais três chutes. Em dois deles, isolou. Em outro, o goleiro Vermeer espalmou, e a bola carimbou a trave. De um modo geral, o Vasco mostrava organização, bastante empenho e mereceu o resultado parcial. Os aplausos comprovaram o sopro de esperança em meio à grave crise.
Gols perdidos e 21 substituições
O intervalo serviu para que Pedrinho prosseguisse em seus acenos à torcida, mas, em boa forma, ele decidiu quebrar o protocolo e permaneceu mais 16 minutos - e ainda voltaria no fim, para ouvir o apito final pela última vez. Só então Gaúcho começou a mexer. Foram, ao todo, nove substituições, incluindo o goleiro Michel Alves. Só quem ficou no banco foi o volante Fellipe Bastos. Negociado com o Internacional, ele acabou preservado. Alguns, como André Ribeiro, Guilherme Costa, Dakson e Romário pouco participaram do duelo.
Antes, entretanto, houve espaço para que Thiaguinho tivesse um gol anulado, após Elsinho chutar na trave ao se aproveitar de passe açucarado de Pedrinho. A resposta foi rápida: De Jong levou a melhor sobre a zaga vascaína e parou em Alessandro, que praticou grande defesa. O Ajax ainda perdeu mais um gol, de forma incrível, aos 13, com o mesmo atacante. Nos minutos seguintes, pouca ação efetiva e passes para os lados, com novas caras nos times - foram 21 substituições. Michel Alves ainda teve trabalho e salvou o Vasco em lance à queima-roupa.
Com o fim do amistoso, Pedrinho se rendeu novamente à galera, que esperou sua saída de campo para se movimentar para ir embora. A sensação de que é possível desistir da aposentadoria ficou, mas o camisa 98, aos 35 anos... demonstrou que já não sabe o que fazer após os apelos e a promessa de um convite formal da diretoria cruz-maltina para o Carioca.
- É mentira se eu disser que não bate vontade. Aprendi a cuidar do meu corpo, o que é necessário. É muito triste você parar de trabalhar com 35 anos. Mas foi uma honra defender o Vasco e receber essa homenagem. Não tem preço o que aconteceu comigo aqui. É difícil demais falar sobre volta. Essa decisão é complicada de tomar. Eu gostaria muito, mas tenho medo das coisas que podem acontecer e prejudicar o Vasco - ponderou, uma hora após o jogo.
- Tenho um amor por este clube desde pequeno. Quero agradecer a presença de todos vocês, meus amigos, família, companheiros, ex-companheiros, atletas que jogarão hoje, por esta homenagem. Agradeço do fundo do meu coração por ser vascaíno e ver a torcida enchendo o estádio - declarou Pedrinho, antes do duelo, com microfone em punho.
Agora, o Cruz-maltino entra em fase final de preparação para a estreia no Campeonato Carioca, no próximo sábado, contra o Boavista, em Volta Redonda. E os holandeses encerram sua segunda intertemporada com novo revés - havia sido batido pelo Palmeiras em 2012. Nesta noite, pegam um avião de volta para casa após uma semana no Rio de Janeiro. O público pagante foi de 5.247 pessoas (9.662 presentes), e a renda divulgada, de R$ 181.390.
Gramado ruim, equilíbrio e Pedrinho inspirado
Sem as pompas do retorno de Juninho ou da despedida de Edmundo, a festa foi discreta e ligeira, mas não deixou de emocionar Pedrinho, que teve a companhia de ex-companheiros em campo e foi presenteado com uma placa. Ansioso para a bola rolar, o meia logo começou a se aquecer e ouvir orientações dos jogadores. Enquanto isso, a torcida se dividia entre ovação a ele e hostilidade ao presidente Roberto Dinamite, que ouviu cobranças sobre a saída de Felipe, melhor amigo do homenageado e que rescindiu o contrato semana passada após ser afastado do elenco sob alegação de quebra de hierarquia por críticas ao trabalho da diretoria.
Pedrinho recebe a braçadeira de Edmundo com a placa em foco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
A partida foi equilibrada ao longo da primeira etapa. Raras oportunidades claras, muitos passes de lado e vários lançamentos errados. Aos dez minutos, Elsinho recebeu de Carlos Alberto, tentou o drible e caiu na área, mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique ignorou. Aos poucos, o Cruz-maltino apertou a saída do adversário e passou a ser mais presente no ataque. Como prêmio, abriu o placar. Bernardo bateu falta, e Wendel desviou de cabeça, aos 15.
O calor não era tão intenso, mas o Ajax pediu que houvesse uma pausa para hidratação, aos 25. Logo depois da volta, o panorama pouco mudou. Querendo jogo, Bernardo arriscou mais três chutes. Em dois deles, isolou. Em outro, o goleiro Vermeer espalmou, e a bola carimbou a trave. De um modo geral, o Vasco mostrava organização, bastante empenho e mereceu o resultado parcial. Os aplausos comprovaram o sopro de esperança em meio à grave crise.
Areia no campo de São Januário foi a nota negativa da festa (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
O intervalo serviu para que Pedrinho prosseguisse em seus acenos à torcida, mas, em boa forma, ele decidiu quebrar o protocolo e permaneceu mais 16 minutos - e ainda voltaria no fim, para ouvir o apito final pela última vez. Só então Gaúcho começou a mexer. Foram, ao todo, nove substituições, incluindo o goleiro Michel Alves. Só quem ficou no banco foi o volante Fellipe Bastos. Negociado com o Internacional, ele acabou preservado. Alguns, como André Ribeiro, Guilherme Costa, Dakson e Romário pouco participaram do duelo.
Antes, entretanto, houve espaço para que Thiaguinho tivesse um gol anulado, após Elsinho chutar na trave ao se aproveitar de passe açucarado de Pedrinho. A resposta foi rápida: De Jong levou a melhor sobre a zaga vascaína e parou em Alessandro, que praticou grande defesa. O Ajax ainda perdeu mais um gol, de forma incrível, aos 13, com o mesmo atacante. Nos minutos seguintes, pouca ação efetiva e passes para os lados, com novas caras nos times - foram 21 substituições. Michel Alves ainda teve trabalho e salvou o Vasco em lance à queima-roupa.
Com o fim do amistoso, Pedrinho se rendeu novamente à galera, que esperou sua saída de campo para se movimentar para ir embora. A sensação de que é possível desistir da aposentadoria ficou, mas o camisa 98, aos 35 anos... demonstrou que já não sabe o que fazer após os apelos e a promessa de um convite formal da diretoria cruz-maltina para o Carioca.
- É mentira se eu disser que não bate vontade. Aprendi a cuidar do meu corpo, o que é necessário. É muito triste você parar de trabalhar com 35 anos. Mas foi uma honra defender o Vasco e receber essa homenagem. Não tem preço o que aconteceu comigo aqui. É difícil demais falar sobre volta. Essa decisão é complicada de tomar. Eu gostaria muito, mas tenho medo das coisas que podem acontecer e prejudicar o Vasco - ponderou, uma hora após o jogo.
Time comemora o gol de Wendel, que decidiu a partida (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário