Fabi apela até a 'ameaça de suicídio' para manter Bernardinho com Rio

Jogadoras do Rio de Janeiro torcem para que treinador mude de ideia e continue tanto na equipe quanto na seleção brasileira masculina: 'Faz falta a qualquer um'

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro

Fabi e Fofão querem que Bernardinho siga no Rio
de Janeiro (Foto: Adriano Albuquerque / Sportv.com)

O time feminino de vôlei do Rio de Janeiro está treinando com várias incertezas no momento. Mais do que o calendário do Campeonato Estadual e da Superliga, ainda indefinidos, a maior dúvida que cerca o heptacampeão brasileiro é a continuidade de seu mestre condutor, o treinador Bernardinho. Técnico da equipe desde que foi formada ainda no Paraná, em 1997, Bernardinho declarou após as Olimpíadas de Londres 2012 que teria de optar entre o Rio e a seleção brasileira masculina no ciclo olímpico para 2016, o que gerou temor que ele escolha o selecionado nacional.

Fabi, líbero bicampeã olímpica pela seleção feminina, prometeu fazer todo o possível para convencer o comandante a ficar no time carioca, sem precisar abandonar a equipe masculina.

- Vou tentar apelar, dizer que se ele parar de treinar a gente, eu paro de jogar vôlei, vou me suicidar, sei lá (risos)... Claro que temos grandes profissionais aqui, o Hélio (Griner, assistente técnico) já substituiu o Bernardo em alguns momentos, mas o Bernardo tem a cara dessa comissão, é o responsável por ela e pela história do time. Já ouvi algumas coisas, mas não sei se isso procede. Só vou acreditar quando vier da boca dele. Se ele tiver que escolher, alguém vai perder. Tomara que ele repense a questão. A Fernanda (Venturini, esposa do treinador) tem pegado muito no pé dele, tenho que voltar a sair com ela para ver se consigo convencê-la a deixá-lo ficar aqui. Que ele só venha na segunda, quarta e sexta, não tem problema... - brincou a jogadora.

Bernardinho na final da última Superliga: técnico não sabe se segue no time (Foto: Luiz Doro / adorofoto)

Fofão, levantadora do Rio de Janeiro, também torce para que Bernardinho reconsidere, mas respeita o momento vivido pelo treinador.

- É uma situação delicada. Parte muito dele, temos que respeitar o que ele decidir. Claro que queremos que ele continue no clube e na seleção, pois é um grande técnico e ele vai fazer muita falta para quem quer que for, mas ao mesmo tempo, pensamos no lado do ser humano, que quer passar mais tempo com a família, ter mais tempo para a vida pessoal. Temos que respeitar isso - avalia.

Supervisor técnico do Rio de Janeiro, Harry Bollmann assegura, porém, que nada está definido ainda. O dirigente disse que o clube só soube da possibilidade da saída do treinador pela imprensa e ainda não trabalha com essa hipótese. Segundo o supervisor, Bernardinho está acompanhando a equipe à distância, terá um período de férias e deve retornar em 15 de setembro.

- Concordo que seja desgastante e que as Olimpíadas no Rio terão um peso maior, mas é uma decisão que, se realmente for tomada dessa forma, só cabe a ele. Só ele tem como responder. Acredito que ainda seja uma coisa remota. Ainda tem uma temporada inteira pela frente no clube, todo o planejamento na seleção. A gente nem pensa nisso (na saída de Bernardinho), com muita sinceridade. É um conflito pelo qual ele passa e que vai decidir de cabeça fria, e ele tem tempo para isso - afirmou Bollmann.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/08/fabi-apela-ate-ameaca-de-suicidio-para-manter-bernardinho-com-rio.html