Adeus com recorde de Phelps e bis de Bolt marcam Londres 2012

Show do basquete americano, surto de alemão, família real bem à vontade e coro para Paul McCartney entram na história dos Jogos Olímpicos

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra

Desde sua primeira edição, os Jogos Olímpicos são ricos em histórias que acabam sendo eternizadas. Os melhores desempenhos, conquistas de medalhas e recordes ficam gravados para sempre na memória. Mas há espaço também para imagens emblemáticas serem lembradas.

Londres marcou a despedida com nova superação de marcas do mito Michael Phelps e o bis do show de velocidade do jamaicano Usain Bolt. Mas também teve consagração britânica, família real mais descontraída, coro da torcida para ex-Beatle e show dos melhores do basquete. Confira alguns desses momentos:

A 'chegada triunfal da Rainha' na festa de abertura

Paraquedas ''Real'' na abertura (Foto: Agência AFP)

Harting surta após medalha de ouro (Foto: AP)

O ''surto de alegria''  do atleta alemão Robert Harting foi um show extra para a torcida que compareceu ao Estádio Olímpico de Londres no 11º dia dos Jogos da capital britânica. Após conquistar a medalha de ouro no lançamento de disco, alcançando 68,27m, o atleta se descontrolou diante de tanta alegria. Eufórico, ele se deixou levar pela emoção.  Não contente em rasgar a própria camisa, repetindo a comemoração pelo ouro no Mundial de Daegu 2011, saiu correndo pela pista de atletismo e, sem medo de se machucar, saltou sobre vários obstáculos da prova dos 110m com barreiras, que tinha acabado de ser disputada.

Murray faz história e 'sacode' casal real

William e Kate entram na ''ola'' (Foto: Reuters)

O príncipe William e sua esposa Kate Middleton, a duquesa de Cambridge, são os queridinhos dos britânicos. Mas, como quase todo monarca, eles costumam aparecer em público com uma postura séria e comedida. Entretanto, o casal real também não resistiu ao espírito olímpico. Deixaram a pompa de lado e participaram de uma animada ola durante a vitória de Andy Murray sobre Nicolas Almagro, em Wimbledon.

Murray, por sua vez, fez muito mais do que levantar a família real. O britânico disputou a final olímpica justamente contra  o suíço Roger Federer, número 1 do mundo. Em um duelo marcante, o escocês surpreendeu e dominou o favorito, para quem havia perdido justamente na final de Wimbledon. Com a vitória marcante, ele faturou o primeiro lugar e deu à Grã-Bretanha sua primeira medalha de simples no tênis em cem anos.

Michael Phelps: o maior ganhador de medalhas das Olimpíadas

Michael Phelps recebe troféu da Fina de melhor
atleta olímpico de todos os tempos (Foto: Reuters)

O mundo já conhecia Michael Phelps antes de Londres 2012. Mesmo assim, parou de novo para ver o americano concluir sua história. O nadador se despediu de Londres como o atleta mais vitorioso da história dos Jogos Olímpicos, com 22 medalhas na estante, sendo 18 de ouro. Nos Jogos britânicos, ele ganhou quatro provas e ainda levou duas pratas.

No Centro Aquático de Londres, Phelps foi visto pela última vez como nadador de competição em um lugar que se acostumou a frequentar, o topo do pódio. Sua última conquista olímpica foi o ouro no revezamento 4x100m medley, prova que ele participou no nado borboleta, saindo do segundo para o primeiro lugar, em suas últimas braçadas olímpicas.
'Na Na Na' no velódromo

Paul McCartney canta e dança com a torcida no
velódromo (Foto: Agência Reuters)

O ex-beatle Paul McCartney já tinha marcado presença ao cantar "Hey Jude" na abertura dos Jogos. Uma semana depois, o cantor compareceu ao velódromo de Londres para assistir de perto à final da prova de perseguição feminina, vencida pelas britânicas. Na hora da entrega das medalhas, o público deixou a frieza britânica de lado e começou a cantar o famoso ‘’Na, Na, Na’’ do hit Hey Jude. No clima, McCarrtney não se conteve e entrou no coro, entre uma palma e outra, em outra cena fora da competição esportiva que ficará eternizada na históra olímpica.

O Homem-Raio vira uma lenda

Usain Bolt: a lenda de Londres (Foto: Getty Images)

Havia quem duvidasse dele. Existia quem acreditasse que Usain Bolt não seria o mesmo de Pequim 2008. Uma ilusão que durou menos de 10s. Especificamente 9s63, o tempo que o jamaicano demorou para cruzar a linha de chegada de sua primeira final em Londres, dos 100m rasos. O bicampeonato da prova mais rápida do atletismo foi seguido de outros dois, conforme prometido, nos 200m e no 4x100m, baixando a marca mundial do revezamento. O homem mais rápido do planeta impressionou tanto de novo que fez os internautas baterem recorde de postagens nas redes sociais. Em Londres, todas as arenas pararam para ver em seus telões cada prova do mito. Aguardemos o terceiro ato da lenda, no Rio.

O maior campeão britânico

Chris Hoy comemora vitória  (Foto: Reuters)

Não havia melhor lugar para Chris Hoy alcançar a marca. Nas Olimpíadas de Londres, o ciclista britânico faturou sua sexta medalha de ouro olímpica e se tornou o maior campeão da Grã-Bretanha de todos os tempos. Diante da torcida de seu país, Hoy ficou no topo do pódio nas provas de keirin e sprint por equipes. Seu reconhecimento como atleta não é de hoje. Em 2009, ele já havio ganho título de Cavaleiro do Império Britânico e, por isso, é chamado de Sir.
Astros do basquete americano batem recorde

Os americanos Kevin Durant e LeBron James
comemoram vitória no basquete (Foto: Reuters)

O time com nomes como Kobe Bryant, LeBron James, Kevin Durant e Carmelo Anthony  levantou a polêmica sobre se deveria ou não ser considerado um novo ''Dream Team'' olímpico. Se é exagero compará-los com a equipe de Michael Jordan e Magic Johnson, de 1992, ao menos é justo enaltecer a história que eles escreveram em Londres. Medalhista de ouro após uma final diante da Espanha, vencida por 107 a 100, a seleção americana de basquete arrasou a Nigéria na primeira fase da campanha, quebrando o recorde olímpico de pontos em uma partida, pertencente até então à seleção brasileira de Seul 1988. Na ocasião, a equipe de Oscar venceu o Egito por 138 a 85. Em um massacre sem dó nem piedade, os americanos ganharam pelo placar elástico de 156 a 73.
Britânico se torna o melhor velejador olímpico de todos os tempos

Ainslie comemora vitória (Foto: Agência Reuters)

Sydney, Atenas, Pequim e, finalmente, Londres. O britânico Ben Ainslie eternizou seu nome no esporte justamente em sua terra natal. Tetracampeão olímpico da classe finn, o velejador igualou o feito de Pol Elvstrom, dinamarquês campeão entre 1948 e 1960.
Para a tristeza dos britânicos, o idolatrado Ainslie não deve competir nas Olimpíadas do Rio em 2016.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/adeus-com-recorde-de-phelps-e-bis-de-bolt-marcam-londres-2012.html