Central diz que não sabia das
reclamações das atletas dos EUA e lembra que elas foram aplaudidas pelas
brasileiras durante a premiação da prata
Por Marcos Guerra
São Paulo
Após perder para o Brasil em Pequim 2008, a seleção feminina de vôlei
dos Estados Unidos se renovou, ganhou as últimas três edições do Grand
Prix e chegou aos Jogos Olímpicos de Londres como a grande favorita para
ganhar a medalha de ouro. A campanha na fase de classiticação até o
massacre por 25 a 11 no primeiro set da final confirmavam as apostas dos
especialistas, mas uma reviravolta dramática protagonizada pela seleção
brasileira, que, segundo a líbero Fabi, nem o genial Woody Allen seria
capaz de roterizar, parece não ter sido bem digerida pelas americanas.
Entre lágrimas e justificativas pela inesperada derrota por 3 a 1, as
jogadoras dirigidas pelo neozolandês Hugh McCutcheon acusaram as meninas
comandadas pelo tricampeão José Roberto Guimarães de exagerarem na
comemoração do bi olímpico.
Jogadoras deram cambalhotas para comemorar a conquista do ouro contra os EUA (Foto: Reuters)
Um dos destaques do Brasil nos Jogos de Londres, em especial nas
partidas contra a Rússia e os Estados Unidos, a central Thaisa se
mostrou surpresa com os comentários das americanas e negou qualquer tipo
de provocação por parte das brasileiras.
- Batemos palmas para elas quando subiram ao pódio para receberem a
medalha de prata. Se acharam isso foi pela derrota, devem estar
magoadas. Mas nunca pensamos em desrespeitá-las. Nem sabíamos de
comentário nenhum. Já tínhamos parado de ouvir algumas coisas. Elas
estão no direito delas, mas não tem nada disso.
Fabiana, Sheilla, Thaisa e Adenízia mostram o ouro olímpico (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)
Pior do que a reclamação sobre a comemoração brasileira, foi o fato de
as americanas afirmarem que o Brasil só estava comemorando a medalha de
ouro porque elas permitiram. Irritada, Sheilla pediu o microfone e
mandou um recado para as vice-campeãs olímpicas.
- A classificação a gente pode ter conseguido com a ajuda delas, mas é
bom deixar claro que chegamos à final por nossos méritos - disparou a
oposto brasileira.
Zé Roberto lembrou que o Brasil também já ajudou
os Estados Unidos (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)
Mais diplomático do que Sheilla, o técnico Zé Roberto agradeceu o
profissionalismo da comissão técnica e das jogadoras americanas, mas
lembrou que na Copa do Mundo de 2003 a seleção brasileira teve a mesma
postura.
- Os Estados Unidos precisavam de uma vitória nossa contra a Itália na
última rodada da Copa do Mundo para se classificarem para os Jogos
Olímpicos de Pequim. Nós já tínhamos a vaga garantida, mas vencemos as
italianas e classificamos as americanas. Em caso de uma derrota nossa,
elas teriam que ter disputado a seletiva mundial para conseguir a vaga
para as Olimpíadas de Pequim.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/surpresa-thaisa-diz-que-nao-existiu-nenhum-desrespeito-com-americanas.html
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