BAHIA
Treinador avalia triunfo sobre o Cruzeiro e diz que expulsão de Henrique no início do jogo lhe causou preocupação: “Não tivemos o tempo necessário para trabalhar justamente isso”
Por Rafael Santana e Tamires Fukutani,
Salvador
Na noite desta quinta-feira, o Bahia chegou aos nove pontos em cinco
jogos no Campeonato Brasileiro. Na Arena Fonte Nova, o Tricolor venceu o
Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Edigar Junio, e subiu para a sexta colocação do Campeonato Brasileiro [assista aos melhores momentos da partida no vídeo clicando no LINK da FONTE abaixo].
O placar, no entanto, poderia ter sido elástico, já que a Raposa teve o volante Henrique expulso logo no início do confronto.
Após o jogo, o técnico Jorginho comemorou o resultado e lembrou que o
Bahia está recuperando pontos que perdeu fora de casa contra Vasco e
Botafogo. O treinador avaliou que não foi um jogo “bonito de se ver” e
revelou preocupação quando viu o adversário ser expulso no início da
partida.
- [Triunfo] Importantíssimo. Nós temos planos ousados, sabemos o quanto
é difícil o Brasileiro, mas é muito importante “startar” bem. Tivemos
duas derrotas fora de casa e agora estamos conseguindo recuperar esses
pontos. Com a vitória do Atlético-GO sobre a Ponte Preta, quero lembrar
apenas que não ganhamos de qualquer equipe. Não foi fácil. Construímos
uma vitória importante. No jogo de hoje, fiquei preocupado quando teve a
expulsão. É sério. Não tivemos o tempo necessário para trabalhar
justamente isso. Precisamos trocar passes no campo do adversário.
Trocamos no nosso campo, o que é extremamente importante. Não foi uma
partida bonita de se ver, o próprio Tiago falou isso no vestiário. Mas a
entrega de todos os jogadores, os que entraram Ferrareis, Mendoza
entrando com personalidade... – afirmou o treinador.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de ter matado o jogo no
primeiro tempo, Jorginho admitiu que fez a cobrança dos atletas. Para
ele, faltou paciência ao grupo, que acabou optando por uma forma de jogo
equivocada.
- Foi uma cobrança que eu fiz a eles. Depois que ficamos com um a mais,
era só ter paciência. Queríamos botar bola na área, que não é nosso
forte. Nosso forte é a penetração dos homens pelos lados, a passagem do
Zé [Rafael], do Allione. Estávamos tentando cruzar com os laterais. Não é
o nosso forte – disse.
No fim das contas, o treinador destacou o saldo positivo tricolor. Em
sua avaliação, a partida deixa o time baiano fortalecido, depois de
fazer frente a outra grande equipe do futebol brasileiro.
- [O Bahia] Sai fortalecido. Mesmo com um jogador a mais, vimos o
quanto é difícil, uma equipe muito qualificada. É bom que eles vejam que
tem condição de jogar de igual para igual com qualquer equipe, desde
que estejam organizados. O que quero ressaltar é essa aplicação tática. A
equipe o tempo inteiro esteve organizada. Foi um teste muito
importante.
Os jogadores do Bahia voltam aos treinos na tarde desta sexta, quando
iniciam a preparação para a partida contra o Grêmio. O jogo da sexta
rodada do Brasileirão será realizado às 20h de segunda-feira (horário de
Brasília), em Porto Alegre.
Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Jorginho.
Falta de controle do grupo e alegria de Feijão-
Faltou isso. Não conseguimos o controle que eu esperava, mas isso é
natural. Estou dando uma continuidade. O que achava que eu podia
treinar, sem forçar os jogadores, mas organizando a equipe. Tem sido bom
na conversa. A disponibilidade deles em acreditar no que estou
passando, a gente vê nos olhos dos jogadores. A aplicação tática é
fundamental. Quero ressaltar a entrada do Feijão. Eu chamei ele, disse
que ele teria três minutos, ou talvez mais, e falei para fechar aquilo
ali. Feijão entrou com uma alegria como se fosse jogar 90 minutos. Esse é
o espírito.
Bahia com 70% de posse de bola no primeiro tempo-
Esses números aumentaram muito por ter um jogador a mais, mesmo fazendo
algumas transições rápidas, que é a característica da equipe. Temos que
ressaltar que o Cruzeiro é uma equipe qualificada. Mesmo com um jogador
a menos, conseguiram em alguns momentos marcar sob pressão, o que me
deu um desespero, porque a gente não pode de jeito nenhum sair no
chutão. Se eu não tivesse esses jogadores de qualidade, tudo bem. Mas
nós temos. Precisamos trabalhar a bola. Teremos duas semanas cheias,
então a gente vai poder organizar a equipe.
Início de trabalho no Bahia-
Muita conversa, muito vídeo. Eu fui jogador e sei que jogador não gosta
de ver vídeo, mas é importante tirar esse tempo, porque isso faz parte
da vida dele. Jogadores têm conversado, têm falado. A gente tem uma
análise de desempenho excepcional. Queria parabenizar aqui. Fui recebido
de braços abertos. Quero chegar para ficar e ficar um bom tempo. Para
isso, eu preciso fazer um bom trabalho, e eles estão contribuindo.
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