SUPERLIGA FEMININA DE VÔLEI 2016/17
Em jogo marcado por discussões em quadra e provocações da torcida, time da casa sofre, mas vence maior rival e confirma vantagem na fase de mata-mata
Por Gilberto Simões* e João Gabriel Rodrigues,
Rio de Janeiro
Quando
Bia mandou o saque à rede e deu fim ao jogo, a situação geral talvez
nem tenha passado pela cabeça das jogadoras do Rio de Janeiro. Era um
clássico. E, como tal, a vitória não se traduzia apenas em números. Em
sua nova casa, na Arena da Barra, o time carioca teve trabalho para
bater o Osasco, seu maior rival. Mas, ao vencer por 3 sets a 1, parciais
25/20, 21/25, 25/21 e 25/15, devolveu a derrota sofrida no primeiro
turno da Superliga, a única até aqui. De quebra, garantiu a liderança da
fase de classificação e a vantagem de decidir em casa os confrontos dos
playoffs até a final.
Destaques
Em um jogo complicado, Monique e Gabi desequilibraram para o Rio de Janeiro. A oposta, muito festejada pela torcida, foi o desafogo do time da casa nos momentos mais complicados e foi eleita a melhor em quadra, com 19 pontos. A jovem ponteira, por outro lado, abusou da habilidade e também contou com a sorte em alguns pontos mais complicados - no total, foram 16 pontos. Do outro lado, destaque para Paula. A jogadora, maior pontuadora da partida com 21 pontos, foi a maior arma de Osasco na partida e deu trabalho à defesa das donas da casa. Tandara, muito pressionada pela torcida, também teve bons momentos e terminou com 17 pontos.
Casa novaA
forte chuva que caiu na Barra da Tijuca cerca de duas horas antes do
jogo assustou. Mas, ainda que não tenha lotado todos os espaços
disponíveis na nova casa, a torcida compareceu em bom número à Arena da
Barra na noite de sexta-feira. No total, foram 2.402 presentes. O
ginásio, adotado pelo Rio para a reta final da fase de classificação e
para as quartas de final, se mostrou uma boa escolha, com uma melhor
estrutura para o público.
Paredão cariocaMais
uma vez, a maior arma do Rio. Fora o segundo set, quando diminuiu a
força no saque e facilitou o passe do Osasco, o time da casa brilhou à
beira da rede. Carol e Juciely, com a ajuda de Gabi e Anne, foram
essenciais no fundamento, levando o time da casa à vitória.
E o jogo? Como foi?A
casa nova nem estava lotada, mas o público se fazia ouvir muito bem
dentro de quadra. Assim que a bola subiu, a arquibancada, toda a favor
do Rio, escolheu um alvo: Tandara. Maior destaque do Osasco na
competição, a oposta teve problemas no início, principalmente no passe. O
time carioca se aproveitou e abriu vantagem duas vezes no set de
abertura. Na primeira, viu as rivais encostarem depois de erros em
sequência, que levaram Bernardinho à loucura. As paulistas ainda
ensaiaram uma reação, mas Monique explorou o bloqueio para fechar a
parcial: 25/20.
O Rio tentou manter o ritmo no segundo set e chegou a abrir 4 a 0, mas o
Osasco melhorou. Pelas mãos de Tandara e Paula, as visitantes
conseguiram encostar. O Rio, porém, retomou a calma e conseguiu abrir a
vantagem. Mas, quando tinha 18/14 no placar, a equipe carioca parou. A
jovem Paula Borgo, uma das apostas para o futuro da seleção, chamou o
jogo e levou o time paulista pela primeira vez à frente no duelo, com
20/18. Bernardinho tentou acertar as coisas ao trocar Anne por Drussyla e
realizar a inversão 5 em 1, mandando Camila Adão e Helô à quadra. Não
deu certo. Osasco se manteve à frente e fechou em 25/21.
Monique deu início ao terceiro set com três pontos seguidos. Osasco,
mais uma vez, reagiu. Após ponto de Paula, jogadoras do Rio reclamaram
muito de defesa de Dani Lins, acusando que a bola havia tocado o chão. O
lance parece ter tirado a concentração das donas da casa, e as
visitantes passaram à frente na sequência (5/4). Jogo ganhou (muito) em
emoção, com longos e ralis e brigas pelas bolas. Anne, com dois pontos
em sequência, devolveu a vantagem para o time carioca: 8/6. Foi a vez de
Luizomar tentar arrumar a casa. O jogo se manteve equilibrado, e os
dois técnicos chegaram a se estranhar à beira da quadra. O Rio, porém,
disparou no fim e fechou a parcial em 25/21.
O último set foi atípico. O Osasco já não conseguia mais se encontrar
em quadra. O Rio aproveitou. Tomou o controle da partida com
tranquilidade e não demorou a disparar no placar. Na arquibancada, a
torcida provocava: "O rolê é nosso", em referência à campanha feita
pelas rivais na temporada. Já não tinha mais tempo para nada. No saque
na rede de Bia, fim de jogo: 25/15.
*Colaborou sob a supervisão de João Gabriel Rodrigues
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