Para treinador, time alvinegro poderia ter "matado" partida em, pelo menos, duas chances criadas na segunda etapa; clássico termina com empate em 1 a 1
Marcelo Oliveira lamentou as chances
desperdiçadas pelo Galo no clássico
(Foto: Reprodução/TV Globo MInas)
- Fica um sentimento de lamentação, tristeza no fim de jogo,
foi isso que conversei com jogadores agora no vestiário. Mas a gente tem que ver o lado positivo, apesar
da circunstância, tem que pensar que fez um jogo forte, aspecto tático, mais
articulado, tentamos marcar o time do Cruzeiro, que é bem treinado, é rápido.
Fizemos um bom primeiro tempo. Mas desorganizamos um pouco no fim do primeiro tempo. No segundo tempo,
teve alternância de bons momentos do Cruzeiro, que se lançou para frente. Tivemos
dois contra-ataques ou três, outra jogada do Fred também com o Robinho. Mas assim são os
clássicos, são jogos absolutamente equilibrados, embora a gente possa lamentar
de se distanciar um pouco do líder, mas vai acontecer muita coisa. Temos que
concentrar energias para o jogo com o Internacional.
Com
o empate, o Galo chegou aos 46 pontos, continuando na terceira
colocação, atrás apenas de Palmeiras e Flamengo. Marcelo Oliveira disse
que, mesmo a diferença aumentando, é perfeitamente possível ultrapassar
seus adversários.
- A gente lamenta, como disse aqui, que esse existia sentimento de
tristeza no vestiário, porque, na maior parte do jogo, tivemos chance, apesar que o Cruzeiro
teve também. O Ábila apareceu sozinho em um lance. Mas tivemos uma chance com o Urso também.
São 12 rodadas, 36 pontos, diferença de cinco pontos. Tudo é possível. Embora os
outros times (Palmeiras e Flamengo) estejam sendo regulares e fazendo boas partidas.
Um
dos repórteres que participou da coletiva, perguntou a Marcelo Oliveira
se a ele tinha ficado a impressão que havia faltado até um pouco de
vontade, no segundo tempo, para decidir o jogo. O treinador foi
incisivo.
- Não faltou vontade, foi uma avaliação equivocada sua. O que faltou
foi encaixar o contra-ataque, o Urso teve uma chance muito boa, por exemplo. O Cruzeiro saiu
muito no segundo tempo, deu oportunidade para a gente matar o jogo. Erramos no último lance. Teve uma situação do Robinho
com o Fred também. Vontade, não (faltou). Um dia que o jogador do Atlético, disputando
clássico, disputando as primeiras posições no Brasileiro, tiver falta de vontade, tem que mudar alguma coisa aqui.
O nosso gol, por exemplo, foi uma jogada belíssima de contra-ataque com
gols. Se não levássemos gols, consideraríamos muito e elogiaríamos muita a
atuação do Atlético agora.
Confira outras considerações de Marcelo Oliveira ao final da partida:
Mudanças no segundo tempo
- Imaginei que ele (Mano Menezes) tirasse o Cabral, colocasse o Robinho
como volante, que ele é acostumado a jogar, já até o escalei assim no Palmeiras. Acabou entrando o Alisson no lugar do Sobis.
Depois veio o Elber. Era normal, ele estava perdendo. São jogadores rápidos que entraram,
tentamos marcá-los bem. O Clayton, novamente, ajudou muito pelos lados do campo. Mas não encaixamos um
jogada, o contra-ataque, que poderia matar o jogo.
Clayton e Otero na recomposição
- Com o Clayton, acho que o time ficou mais composto. Ele marcou o
lateral e teve velocidade. O Otero, escalei, porque ajuda muito na marcação. Isso daria certa
liberdade para o Robinho por dentro, e ele jogou bem no primeiro tempo. Em
relação ao Pratto, poderia ser o Fred ou ele. Como o Pratto vai jogar a
partida seguinte e já jogou o tempo todo no outro, optamos pelo Fred. Não posso ter o Fred e o Pratto o tempo todo,
alguém tem que voltar para marcar.
Marcelo Oliveira chamou a atenção para a
boa atuação de Clayton no clássico (Foto:
Juliana Flister/Light Press)
Clássico equilibrado
- A gente procurou evitar esse tipo de comentário com o
jogador, sabia que era jogo equilibrado. O clássico tem esse perfil histórico.
Independentemente da posição das equipes, são sempre jogos equilibrados. Acho que a
torcida faz mais diferença para o time da casa, para o outro dá para jogar
normalmente. Mas acho que a torcida empurrou o Cruzeiro, em algum momento, sim.
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