OLIMPÍADAS RIO 2016
VÔLEI DE PRAIA
Marcado pelas bombas dos gigantes "Mamute" e Dalhausser, pelas jogadas técnicas de Lucena e Bruno e, claro, pela ventania, duelo termina 2 a 1 para os brasileiros
A história do vôlei de praia e a rivalidade entre Brasil e Estados Unidos praticamente andam juntas.
Desde os Reis do Rio, como eram chamados os lendários americanos Sinjin Smith e Randy Stoklos, que dominavam a modalidade nos anos 80 e 90, os dois países nutrem uma disputa particular nas areias. Não foi em uma decisão, mas as duas potências mediram forças em um jogo espetacular nesta segunda-feira, válido pelas quartas de final da Olimpíada. Campeões do mundo, Alison e Bruno Schmidt encararam Phil Dalhausser, vencedor de Pequim 2008, e seu parceiro Nick Lucena. Em uma partida de muitas bombas dos gigantes "Mamute" e Dalhausser (2,03m e 2,06m) e de jogadas técnicas dos "baixinhos" Bruno e Lucena (ambos têm 1,85m), o Brasil garantiu, diante de sua torcida na mítica Praia de Copacabana, berço da modalidade, a vitória por 2 a 1 (21/14, 12/21 e 15/9), conquistando também a vaga na semifinal em um duelo de 45 minutos.
Alison e Bruno celebram a classificação em
Copa (Foto: Leon NEAL / AFP)
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Alison dando uma de suas pancadas nas areias
de Copacabana (Foto: Leon NEAL / AFP)
Com a vitória, Alison e Bruno Schmidt vão encarar os vencedores do duelo holandês nas areias de Copacabana. O jogo entre Nummerdor/Varenhorst e Brouwer/Meeuwsen acontece às 17h (de Brasília), logo depois do duelo dos brasileiros contra os americanos. Além do "Mamute" e do "Mágico", Larissa/Talita e Ágatha/Bárbara Seixas também estão na semifinal. Apenas Pedro Solberg e Evandro já deram adeus das disputas olímpicas na Arena de Vôlei de Praia ao perder para a Rússia, de Liamin/Barsuk, nas oitavas de final.
O JOGO
Como
era de se esperar, a partida começou muito equilibrada. Desde o
primeiro, marcado pelo Brasil, as duplas disputavam ponto a ponto. Foi
um verdadeiro festival de pancadas. Se Phil Dalhausser atirava em cima
de Alison Cerutti. O "Mamute" respondia com bombas sobre Nick Lucena.
Com 1,85m, o atleta dos Estados Unidos e Bruno faziam os seus na base da
técnica. E foi dessa forma que os brasileiros passaram a frente. Num
erro de Lucena sozinho na rede, abriram 8 a 5. Depois, os donos da casa
administraram sua vantagem. A cada vez que os Estados Unidos chegavam,
eles davam a resposta. Dessa forma, fecharam bem a primeira parcial em
21 a 14.
Alison e Bruno Schmidt no duelo contra os
americanos (Foto: Leon NEAL / AFP)
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O
segundo set iniciou totalmente diferente. Nada de equilíbrio. Os
Estados Unidos foram para cima com tudo, afinal, não poderiam deixar
essa parcial escapar. Assim, abriram 6 a 1. O sexto ponto, aliás, chamou
a atenção. Em um belo momento de fair play, o "Mamute" acusou que a
bola tocou em sua própria mão na tentativa de bloqueio. Da mesma forma
que os brasileiros administraram sua vantagem e controlaram o jogo no
primeiro set, os americanos o fizeram no segundo, aproveitando falhas
dos donos da casa. O Brasil fez um ataque, e a arbitragem deu ponto para
Alison e Bruno, mas os EUA pediram desafio e se deram bem. Foi assim
que saiu o set point em 21 a 12.
Dalhausser tenta bloquear Bruno no duelo
(Foto: Leon NEAL / AFP)
O
confronto começou favorável no tie-break para os brasileiros, com um
ace de Bruno Schmidt. Os donos da casa se aproveitaram da empolgação e
abriram vantagem logo no início. Uma bela pancada de Alison para abrir 6
a 3 levantou a torcida. O "Mamute" estava com o braço calibrado. O
ponto mais incrível foi o que deixou o placar em 9 a 5 para o Brasil.
Alison salvou de forma espetacular com uma manchete, Bruno fez o mesmo
atropelando a placa de patrocínio, e o "Mamute" encheu a mão em cima de
Lucena. Depois, Schmidt, melhor do mundo eleito pela FIVB em 2015,
conseguiu ampliar no serviço. Soltos, jogando seu melhor voleibol, eles
deram show no terceiro set e fecharam em 15 a 9 com nova bomba do
gigante de 2,03m do Brasil sobre o campeão olímpico Dalhausser.
Alison
terminou o jogo com 26 pontos, sendo seis de bloqueio, enquanto Bruno
Schmidt fez 13 no confronto. O Brasil se beneficiou com 13 erros dos
rivais. Dalhausser marcou 11 vezes, e Lucena, 20. Os americanos
pontuaram nove vezes em falhas dos donos da casa.
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