sexta-feira, 18 de março de 2016

Cuca vê derrota merecida e fala em resgatar auto-estima do Palmeiras



Técnico estreia com derrota para o Nacional e vê situação do Verdão na Libertadores se complicar. Próxima missão será contra o Rosario Central, fora de casa




Por Montevidéu, Uruguai



Cuca estreou pelo Palmeiras com derrota (Foto: Felipe Zito)Cuca estreou pelo Palmeiras com derrota
(Foto: Felipe Zito)


A estreia de Cuca mostrou que o novo técnico terá muito trabalho para corrigir os erros do Palmeiras. O técnico julgou como merecida a derrota por 1 a 0 para o Nacional, nesta quinta-feira, e citou o baixo desempenho do Verdão no primeiro tempo da partida em Montevidéu como principal motivo pelo mau resultado. 

– Não é o que a gente queria de forma alguma, mas pelo que o Palmeiras jogou no primeiro tempo, foi uma derrota merecida. Não conseguimos finalizar, marcar, jogar. É muito difícil jogar contra o Nacional aqui, o estilo de jogos dele é de força, de imposição física, no grito, pressionando a arbitragem e o adversário – analisou o treinador, em entrevista coletiva. 

– O primeiro tempo dá para dizer que ninguém foi bem. O segundo tempo foi melhor. Vamos com calma, preparar o time para domingo e resgatar a auto-estima desses meninos. Esse time foi formado há um ano e meio, não é um time maduro que sabe tudo dentro do campo, a hora de defender e de atacar. É uma identidade que estão buscando, cabe ao treinador ajudar nisso.

Cuca admitiu que a situação do Palmeiras ficou difícil na busca por uma vaga nas oitavas de final. Com quatro pontos, a equipe ficou atrás do próprio Nacional, que chegou a oito, e do Rosario Central, que bateu o River Plate do Uruguai também nesta quinta e agora tem sete pontos. 
– Ficou complicado. Depende de ganhar dois jogos. Perdeu seis pontos para o Nacional. Tem de ganhar seis pontos, agora com o Rosario, que acho mais time que o Nacional. Eles sabem se impor fisicamente, é um jogo de muita intensidade física. Eles sabem jogar nesse campo, dificilmente alguém ganha deles aqui – disse. 

O próximo compromisso do Palmeiras pela Libertadores será no dia 6 de abril, contra o Rosario Central, na Argentina. A equipe fecha a participação na primeira fase em casa, diante do River Plate, dia 14. 

Agora, a equipe volta suas atenções para o Campeonato Paulista. No próximo domingo, às 18h30 (horário de Brasília), o Verdão encara o Audax, em Osasco, pela décima rodada do estadual. 

 
Veja a entrevista coletiva na íntegra:

Análise da partida
Não é o que a gente queria de forma alguma, mas pelo que o Palmeiras jogou no primeiro tempo, foi uma derrota merecida. Não conseguimos finalizar, marcar, jogar. É muito difícil jogar contra o Nacional aqui, o estilo de jogos dele é de força, de imposição física, no grito, pressionando a arbitragem e o adversário. Eles têm uma bola longa para os dois atacantes que fazem a maior correria, jogam bem pelos lados do campo. Eles sabem jogar no campo deles, que é um campo de dimensões menores. E sabem como aproveitar o fator local. Nós não jogamos no primeiro tempo, no segundo teve outra postura, jogou igual, quem sabe um pouco melhor. Tivemos duas, três chances, mas falhamos no gol do adversário. Depois para empatar é difícil, eles se fecham muito bem. Eles mereceram pelo que jogamos no primeiro tempo. 

Situação no grupo
Ficou complicado. Depende de ganhar dois jogos. Perdeu seis pontos para o Nacional. Tem de ganhar seis pontos, agora com o Rosario, que acho mais time que o Nacional. Eles sabem se impor fisicamente, é um jogo de muita intensidade física. Eles sabem jogar nesse campo, dificilmente alguém ganha deles aqui.

Mudanças na equipe
O Zé foi para a meia, entrou o Gabriel, que era volante. Não teve mudança nenhuma. Entrou com Allione que era titular, Alecsandro, Dudu, Vitor Hugo, Lucas... Praticamente a mesma formação, apenas com o Zé na meia, para que tivéssemos uma triangulação na meia. No segundo tempo regredimos o plano, voltou o básico com Robinho no meio. Depois com o Lucas Barrios, para tentar ter os homens de frente, melhorou ainda mais o time. Eles se fecharam bem, mereceram ganhar.
 
O que viu de bom no time
Eu vi a entrega dos jogadores na segunda etapa, a vontade de buscar o resultado a todo momento, não podemos deixar isso para trás. Lutaram até o fim, Alecsandro teve chance, não sei se foi pênalti no Robinho. O Gabriel Jesus mostrou para mim em meio tempo que tem de ser titular, a volta do Gabriel volante, e outras coisas que a gente detecta e resolve internamente. 

O que precisa melhorar
Nesse campo aqui é muito difícil, a marcação deles é muito dura. Quando a gente tiver jogo em casa, como vamos ter, tem de ter rotatividade, volantes saírem para o jogo. Você não pode por a obrigação de criação em um jogador. Se marcar ele, ninguém mais cria? O ponta é um quarto homem de meio, vem jogar, tem liberdade para rodar. Os laterais têm de passar mais. Pode ter certeza que a evolução vai vir.

O que fazer para classificar
É difícil, não podemos enganar o torcedor, mas temos de ganhar os dois jogos. Ganhar em Rosario, que é mais difícil do que ganhar aqui, mas temos mais duas semanas de trabalho em cima do que apresentamos isso.

Sequência do trabalho
O primeiro tempo dá para dizer que ninguém foi bem. O segundo tempo foi melhor. Vamos com calma, preparar o time para domingo e resgatar a auto-estima desses meninos. Esse time foi formado há um ano e meio, não é um time maduro que sabe tudo dentro do campo, a hora de defender e de atacar. É uma identidade que estão buscando, cabe ao treinador ajudar nisso. 


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