segunda-feira, 13 de julho de 2015

Adilson Batista minimiza interferência da arbitragem na derrota do Joinville

De acordo com treinador, marcação de penalidade máxima quando Joinville perdia por 1 a 0 não é tão danosa, e ele ressalta melhora na etapa final: “Ninguém entrou louco”



Por
Joinville, SC



Francisco Carlos do Nascimento não será um nome esquecido pela torcida do Joinville. O árbitro anotou uma penalidade máxima contra o JEC quando a equipe perdia por 1 a 0 em casa. Vitinho aproveitou a bola na marca fatal e decretou o 2 a 0, ainda no primeiro tempo. Os jequeanos ficaram na bronca, xingaram e vaiaram o mediador da partida deste domingo até o seu final. O técnico Adilson Batista tratou de relevar (confira os melhores momentos da partida no vídeo acima).

O comandante do Joinville não entrou na “briga”, não demonstrou irritação. Comedido e consciente, o treinador preferiu olhar o desdobramento após o segundo tento colorado.

- O segundo tempo tem mérito pelo que foi trabalhado no intervalo, depois do pênalti. Ninguém entrou louco em campo, o adversário chegou pouco, fomos para frente, teve bola na trave. Não foi este o primeiro erro contra Joinville do mesmo árbitro, mas não gosto de falar sobre arbitragem, já fui relatada. Houve erros em lances capitais em outros jogos. Meu serviço é outro. Tento passar calma, alertei os jogadores. O Fabrício deu um bico na bola depois do segundo gol. O gol dele prejudicou e muito. Poderíamos empatar se tivesse 1 a 0. Sair de um 2 a 0 tem probabilidade bem menor - afirmou o treinador na entrevista.

Adilson acredita que a equipe melhorou no segundo tempo, não foi abalada pelo erro – embora tenha contornado no vestiário. Mais que qualquer falha externa, o comandante olhou seu time e viu nele o motivo da nona derrota em 13 jogos no Campeonato Brasileiro: os erros na parte final da criação das jogadas.

- Evidente que é ruim voltar ao vestiário depois do que ocorreu. Tentei acalmar, mostrar o que vi no primeiro tempo. Independente do erro de arbitragem, o time tentou empatar. Se fizesse um gol, a torcida viria junto e ajudaria, o comportamento dela seria diferente. Mudamos a estrutura, abrimos, o Marion foi mais acionado, chegamos pelo lado, teve bola na trave, mais finalizações. Incorremos aos mesmos erros, no detalhe importante: a melhor escolha, fazer o jogo andar mais rápido, acertar no passe.

O Joinville ganha folga na segunda-feira e se reapresenta na terça-feira, para iniciar a preparação ao próximo confronto. No domingo seguinte, às 18h30, novamente na Arena Joinville, a equipe enfrenta a Ponte Preta.

Adilson Batista Joinville (Foto: João Lucas Cardoso)
Adilson Batista diz que Joinville melhorou no 
segundo tempo e evitou críticas ao árbitro 
(Foto: João Lucas Cardoso)


Confira os demais trechos da entrevista:

Avaliação
- Não jogamos bem no primeiro tempo. Teve maior posse de bola, mas tem que agredir, demoramos um pouco na transição. Mesmo no primeiro tempo, tentei criar alternativas alternando três no meio de campo, colocando para o lado...  Tivemos um primeiro tempo abaixo e o segundo tempo fomos muito bem. Se não fossemos penalizados com pênalti, a gente poderia mais, rodamos bem a bola, jogamos melhores no segundo tempo. Erramos na melhor escolha, no passe em escolher a melhor opção. Estamos  cometendo os mesmos erros, e no segundo tempo tivemos outra postura. Tivemos um primeiro tempo abaixo e não aproveitamos os 62% de  posse de bola. Aí tem que ter execução, caprichar. Podemos relevar o desgaste, o campo pesado. Temos o Douglas (Silva), Fabrício, (Rafael) Donato e Marcelo (Costa) que não vinham jogando (por diferentes motivos). Mas não é pretexto, porque tínhamos que vencer.

Ausência de Mário Sérgio, ficou no banco
- Vou explicar, pode ter sido um erro nosso no comunicado. E se o Mario Sérgio joga mal, porque o treinador não tirou? Ele estava com dores no tornozelo. Ele tratou desde sábado, sentiu desconforto, um incômodo. Tratou, fez teste, fez teste no aquecimento e sentimos que estava segurando a perna. Foi cortado do jogo em cima da hora. Não adianta discutir, tem que pensar na frente. Entrou o Dankler, jogador que atuou em outros jogos. Tem marcação boa e não havia obrigação de chegar para conter o Vitinho. Tem marcação boa. Sentiu o desgaste mais na frente, ainda deixei ele de mano nos segundo tempo.

Entrada de Guti- A entrada do Guti foi para encurtar no Anderson, que jogava de falso nove. Senti que o Donato estava cansando. Era o segundo jogo dele.

Não pôde repetir escalação- É sequência tem que entender. O Mario sentiu dor, como poderia dar sequência? O Naldo estava suspenso, entrei com o Marcelo (Costa). Entramos de um jeito e trocamos para dar mais velocidade. É lesão e suspensão... Tem que entender, porque lá fora é bonito e aqui criticam. Temos que doar, trocar, teve uma queda neste sentido. Não adianta trocar por trocar. Tem que entender este tipo de situação também.

Dificuldade em jogos em casa- Gostaria de sair na frente, queria o que a gente jogasse bem quando o placar está 0 a 0. Temos muita dificuldade no 0 a 0, parece que quando sofremos o gol é que saímos para o jogo. Temos que melhorar neste quesito, também.

Qualidade da equipe- Não adianta pedir este ou aquele. Sempre que se troca parece que os outros que ficaram de fora era melhores e por isso somos criticados. O grupo vai dar a resposta, demos uma na quarta e hoje não fomos bem no primeiro tempo. Acho que o segundo tempo foi bem controlado. Tivemos o Marcelo voltando, o Popp bem no lado direito.

Falha no primeiro gol- Não era para o Douglas, a determinação era para o Donato. Mas não podemos tirar o mérito de quem marcou o gol. Não foi o primeiro gol que o Revér fez. Alertamos e mostramos. Se vocês olharem a origem da jogada, vão ver que foi o Marion que tirou a bola (cortou para o escanteio que seria batido para o gol colorado). Não era nem para o Marion estar ali.




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