segunda-feira, 13 de julho de 2015

Senado aprova MP do Futebol, e projeto vai para sanção presidencial

Texto aprovado mantém mudanças da Câmara, como o aumento do limite de gastos com folha do futebol, taxa de juros e transformação da Seleção em patrimônio cultural



Por
Brasília

 
Após a aprovação na Câmara dos Deputados, a Medida Provisória 671, a MP do Futebol, foi aprovada nesta segunda-feira, no Plenário do Senado, e agora segue para a sanção presidencial para se transformar definitivamente em lei. O texto passou pelos senadores sem nenhuma alteração. O projeto refinancia as dívidas dos clubes de futebol com a União -  estimadas em cerca de R$ 4 bilhões - em troca de novas regras de gestão, incluindo o chamado "fair play" financeiro, que prevê o rebaixamento de inadimplentes.

Veja também:
 Com mudanças, Câmara aprova MP do Futebol, que vai para o Senado
> Eleições criam impasse na MP, e Bandeira alerta: “Senão vai ser 8 a 1” Em reunião polêmica, relatório da MP é aprovado na íntegra por comissão Entenda o relatório da MP do Futebol ponto a ponto
 Confira o Projeto de Lei na íntegra

A MP foi enviada para análise no Congresso Nacional no último dia 19 de março, após a assinatura da presidente Dilma Rousseff e perderia a validade na próxima sexta-feira, dia 17, caso não fosse aprovada no Senado. Foram mantidas as mudanças feitas na Câmara em relação ao texto do relatório do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que foram realizadas através de emenda aglutinativa assinada pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO), membro do conselho deliberativo do Atlético-GO

Presidentes de clubes se reúnem com presidente do Senado, Renan Calheiros (Foto: Agência Senado)
Presidentes de clubes se reúnem com presidente 
do Senado, Renan Calheiros, antes da votação 
(Foto: Agência Senado)


Dentre as mudanças estão aumento do limite de gastos dos clubes com o futebol, que subiu de 70% para 80%, além de alterações nas regras de redução de déficit financeiro aplicadas. Outra mudança foi a retirada do artigo que transformaria a seleção brasileira em patrimônio cultural - o que colocaria a CBF na mira do Ministério Público.   

A alteração nos colégios eleitorais das federações estaduais, que daria mais poder aos clubes grandes, também foi retirada no texto aprovado pelos deputados e senadores. Em contrapartida, ficou mantida a inclusão dos clubes da Série B no colégio eleitoral da CBF - atualmente, votam apenas clubes da Série A e das federações. Antes da votação desta segunda, o presidente do Senado, Renan Calheiros, se reuniu com presidentes de clubes e representantes da CBF, como o secretário-geral da entidade, Walter Feldman.   

A medida estabelece que será criado o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). Para aderir ao programa, cada clube interessado em renegociar sua dívida terá de cumprir as exigências previstas. O pagamento da dívida poderá ser feito em até 240 meses. Caso algum clube deixe de pagar três parcelas, perderá a oportunidade de parcelamento do débito e, com isso, não poderá ter acesso a benefícios de incentivo fiscal da União.

Entre as contrapartidas, estão por exemplo: manter em dia as obrigações trabalhistas e tributárias, fixar mandato de quatro anos para os cargos eletivos de direção e publicar na internet, em site próprio, a prestação de contas após ter sido submetida à auditoria independente.


FONTE:

Nenhum comentário: