domingo, 10 de maio de 2015

Oswaldo vê time ansioso e admite pressão por impasse com Valdivia

Técnico do Verdão reconhece que indefinição sobre a renovação do chileno atrapalha. "É uma pressão enorme que todos nós sentimos pela permanência dele ou não", diz


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São Paulo

 

A ansiedade atrapalhou o Palmeiras no empate por 2 a 2 com o Atlético-MG, neste sábado à noite, na Arena, pela estreia do Brasileirão. Essa é a opinião do técnico Oswaldo de Oliveira. De acordo com o comandante, a busca de afirmação de alguns jogadores causa isso. Um deles é Valdivia, voltando ao time após longo tempo de inatividade por lesão.

O chileno havia atuado na final do Paulistão, contra o Santos, após se recuperar de dores no joelho esquerdo, e foi titular novamente diante do Galo. Ele foi substituído por Egídio, aos 14 minutos do segundo tempo.

Oswaldo de Oliveira Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)Oswaldo de Oliveira vê time do Palmeiras ansioso nas partidas (Foto: Marcos Ribolli)


Na visão de Oswaldo, o impasse pela renovação de contrato do jogador gera pressão no Palmeiras. O vínculo do chileno vai até agosto e ele discute com a diretoria se vai fechar ou não um novo acordo.

– São muitos jogadores em busca de afirmação. Um é o Valdivia, com essa inatividade grande e voltando a jogar, com a questão do contrato para renovar, que é uma pressão enorme que todos nós sentimos pela permanência dele ou não – disse Oswaldo.

O comandante também enxergou o atacante Dudu da mesma forma.

– O Dudu também estava ansioso, por essa situação vivida na final do Paulista (o atacante pode ser suspenso, após a expulsão na final do Paulista seguida de agressão ao árbitro Guilherme Ceretta de Lima). O Atlético soube se aproveitar bem disso em alguns momentos. Pedi a eles para ter calma e não precipitar o passe. Tivemos quatro jogadas com passes precipitados. São barreiras que vão aparecer e temos de ir ultrapassando – completou.

Na visão do treinador, Fernando Prass, com três boas defesas, e Zé Roberto, autor da assistência para o gol de Vitor Hugo, foram os personagens do Verdão no jogo.
Após o empate com o Galo, o Palmeiras joga na terça-feira, pela Copa do Brasil, contra o Sampaio Corrêa - deu empate em 1 a 1 no primeiro jogo. Depois, o Verdão encara o Joinville, domingo, às 18h30, fora de casa, pelo Brasileirão. 

Valdivia Palmeiras Atlético-MG (Foto: Marcos Ribolli)
Valdivia, durante o jogo entre Palmeiras e 
Atlético-MG (Foto: Marcos Ribolli)


Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Oswaldo de Oliveira:

Cobrança exagerada da torcida
– Não achei exagerado. Qualquer time sente jogando em casa com um placar desfavorável. Na Europa não acontece, porque o time está perdendo e todos estão aplaudindo. Nós temos de nos acostumar com isso. Vai ter pressão, mas tem de reverter como fizemos e conseguimos lutando até o fim do jogo.


Faltou mais futebol ao Palmeiras
– Nós vamos sempre procurar fazer melhor. Falei para vocês: mudamos muito o time e é natural algo desandar durante a partida. O Kelvin, que deu o passe salvador, errou outros passes também. É natural. A equipe está evoluindo e vai buscar o seu espaço.


Dudu sentiu o momento
– Ele é muito jovem. Acho que ele sentiu um pouco, sim, mas é experiência. Ele é muito talentoso, vai conseguir superar tudo isso e ainda vai jogar bem. O Dudu está vivendo uma experiência nova. É uma situação difícil. Outros jogadores passaram por isso e faremos daqui tudo possível para ajudá-lo.


Qual foi o personagem do jogo
– É difícil para o treinador falar isso. Todos lutaram muito. Diria que o personagem foi o Zé Roberto, porque mudou três vezes de posição e seguiu participando, bateu escanteio do primeiro gol. Todos lutaram muito e tiveram muita determinação. Cada um foi importante no momento que lhe coube. O Rafael (Marques) fez o gol, o Kelvin deu o passe. Podemos distribuir. Se fosse escolher um, ficava ou com Zé ou com o Prass, que fez três defesas importantíssimas.


O que o resultado diz do time para o Brasileiro
– Faremos mais 37 jogos em sete meses e meio. Muita coisa vai mudar. O Palmeiras vai crescer dentro da competição. Hoje tivemos outros vários jogadores que não haviam iniciado jogos, com mudanças. A evolução vai nesse caminho também.


Alteração Gabriel por Alan Patrick deixou time exposto
– Precisava me expor naquele momento. O Gabriel tinha amarelo e nós estávamos perdendo o jogo. Precisávamos de uma opção mais técnica do que física. Pensei bem, ainda chamei o Robinho e perguntei a ele, porque essa era uma das dificuldades. Perguntei sobre se faria esse papel, ele deu o aval e por isso eu fui em frente. Fiz a mudança.


Ansiedade do time
São muitos jogadores em busca de afirmação. Um é o Valdivia, com essa inatividade grande e voltando a jogar, com a questão do contrato para renovar, que é uma pressão enorme que todos nós sentimos pela permanência dele ou não. O Dudu também estava ansioso, por essa situação vivida na final do Paulista (o atacante pode ser suspenso, após a expulsão na final do Paulista seguida de agressão ao árbitro Guilherme Ceretta de Lima). O Atlético soube se aproveitar bem disso em alguns momentos. Pedi a eles para ter calma e não precipitar o passe. Tivemos quatro jogadas com passes precipitados. São barreiras que vão aparecer e temos de ir ultrapassando.


Time misto ou completo contra o Sampaio Corrêa
Não defini. Vou esperar domingo e segunda para avaliar a condição de cada um. Alguns estão com mais dores. Alguns jogadores depois do jogo em Santos levaram três dias para se recuperar, outros foram mais rápido. Isso vai fazer diferença no time para o jogo contra o Sampaio Correa.


Meta de vencer primeiros jogos no Brasileiro   
Precisamos tentar ganhar todos os jogos. Vamos para o próximo com a mesma ideia de vencer. Às vezes precisa ser mais comedido, porque jogar contra adversário forte fora de casa é diferente, mas tentaremos as vitórias.


Cartões amarelos da arbitragem
Isso é algo difícil, porque a arbitragem não erra de proposito. O jogador não se controla. Vi faltas piores que a equipe do Atlético-MG fez e não foram premiadas com amarelo. É uma questão de critério e interfere no ânimo do jogador, mas eles têm de se controlar. Não podem passar do limite. Tem de se dirigir a arbitragem com educação, sempre alerto para isso, porque depois o time pode sofrer com suspensões por cartões.



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