Ex-atleta ganha camisa personalizada em homenagem do clube e diz que exames recentes apontam que musculaturas do bíceps, deltoide, abdômen e lombar reagem
Às vésperas da última partida pela fase de classificação do
NBB7 e já de olho nos playoffs, o time de basquete do Flamengo ganhou uma boa
dose de incentivo nesta quinta-feira. Jogadores e comissão técnica, junto com o
presidente rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello e o diretor de esportes
olímpicos Marcelo Vido, receberam a visita da ex-atleta Lais Souza
no ginásio
do time carioca.
Como homenagem, ela ganhou uma camisa personalizada das
mãos do ala/pivô
Olivinha e desejou boa sorte ao time. A ação foi realizada por um dos
patrocinadores do time de
basquete do Flamengo, que também patrocina a ex-atleta, que revelou
passar por
um momento importante neste início de ano, com boas notícias vindas de
Miami, onde esteve por mais de duas semanas em março, quando realizou
exames.
Lais Souza visita time de basquete do Flamengo
na Gávea e ganha camisa personalizada
(Foto: José Geraldo Azevedo)
- Fiz bastante exame para ver se tinha mudado alguma coisa. Alguns
ainda têm resultado para sair e outros já saíram, e foi muito boa a notícia. Me
disseram que tenho um pouco de musculatura, e com uma agulha dá para sentir bem
que tenho bíceps, deltoide, abdômen e um pouco de costas, lombar. Foi a notícia
do ano para mim! Eles colocam uma agulha na minha musculatura e com isso tento
fazer um esforço, e no computador sai um gráfico que consegue medir o que minha
fibra muscular tem de força. Teve essa reação, pequena, mas teve. Acredito que com
bastante treinamento, eletroestimulação, fazendo o máximo possível na
fisioterapia, pode ser que chegue a algum momento que consiga retomar alguns
movimentos do meu corpo. Eu e minha família saímos para comemorar tudo isso.
São passinhos pequenos, mas conquistas muito grandes pela forma como foi o meu
acidente.
Dá para sentir bem
que tenho musculatura do bíceps, deltoide, abdômen e um pouco de costas, lombar. Foi a notícia
do ano para mim
Lais Souza
Apesar de não ter um clube do coração,
Lais revelou que tem um carinho especial por Flamengo e Pinheiros no basquete, ambos
garantidos na próxima fase do NBB. E a torcida ainda se estendeu por um time da NBA.
- No basquete peguei um carinho grande com o pessoal do
Pinheiros e do Flamengo. No Pinheiros íamos para a academia juntos, ia treinar
junto, e você acaba pegando um carinho grande. Sou mais esses dois times, que
foram os que consegui ter acesso. Até pelo Miami Heat também lá em Miami, que é
bacana - disse Lais, lembrando a relação criada com a cidade americana do
estado da Flórida, onde passou boa parte do tratamento após o acidente que a
deixou na cadeira de rodas, às vésperas dos Jogos de Inverno de Sochi, em
janeiro de 2014.
Olivinha, depois de entregar a camisa do Flamengo a Lais,
contou que já conhecia a ex-ginasta, e que a superação dela pode ser a
superação do time rubro-negro, hoje terceiro colocado do NBB e na busca pelo
tricampeonato.
- Ela realmente é um exemplo muito grande para todos nós. Já a
conhecia desde a época que jogava no Pinheiros, já tinha uma relação de quando
trabalhávamos no mesmo clube. Vendo ela do jeito que está, está até bem, reagindo
muito bem numa situação difícil. Uma pessoa que não tem uma parte mental muito forte
poderia ficar abalada e a gente não vê isso nela. Vemos ela muito forte. Ela está
reagindo bem ao tratamento, já está conseguindo movimentar o ombro. Torcemos para
que ela volte a ter os movimentos do corpo. É uma felicidade muito grande ter
ela aqui, que é um exemplo de força e podemos usar isso na nossa profissão,
para nas próximas fases ter uma superação. Que a superação dela possa ser a
nossa também.
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Lais Souza ao lado do técnico José Neto e dirigentes do Fla (Foto: José Geraldo Azevedo)
O técnico José Neto lembrou que, diante do problema
enfrentado por Lais, os outros parecem menores, e mostra que nada é difícil
para o ser humano superar.
- É um exemplo de superação. Aquilo que a gente fala de
bonito das nossas equipes, de superar dificuldades, quando a gente vê isso na
realidade vemos o quanto o ser humano é forte, e o quanto a gente pode ir atrás
de um ideal, de uma necessidade, e aquilo que conseguimos superar como
dificuldade. Isso é o maior exemplo, essa é a maior mensagem. Ela quase não falou
nada aqui, mas só da presença dela e vendo tudo o que ela está fazendo para viver,
e viver cada dia melhor, é a melhor mensagem que a gente podíamos receber.
Lais
ainda revelou que já jogou basquete quando criança, mas admite que a
altura a atrapalhava. Apesar disso, disse que rapidez em quadra
compensava a estatura.
- Já tentei (jogar basquete), mas sempre fui pequena, mas também sempre fui
muito rápida. Isso era bom, mas na hora de chegar na cesta era uma dificuldade.
Mas eu era bem pequenininha, acho que da quinta para a sexta série eu estava
na equipe de basquete do colégio. Meio estranho, mas digamos que estava indo bem (risos) - disse ela.
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