domingo, 7 de dezembro de 2014

Claudinei dá chance para jovens e fica satisfeito: "Não tinha jogo melhor"

Técnico do Atlético-PR aproveita última rodada para observar jogadores pouco aproveitados. Cheio de reservas, time empata com o Palmeiras na casa do rival


Por
São Paulo

 

O técnico do Atlético-PR, Claudinei Oliveira, ignorou a polêmica envolvendo o jogo contra o Palmeiras e escalou um time cheio de reservas, com apenas três titulares. Mesmo assim, o time empatou em 1 a 1 na última rodada do Campeonato Brasileiro. E não teve culpa nenhuma nos rebaixamentos de Bahia e Vitória, que acabaram perdendo seus jogos este domingo.

Claudinei deu uma oportunidade, por exemplo, para o zagueiro Ricardo Silva - que estreou no Brasileirão e marcou o gol rubro-negro. Também aproveitou para observar jogadores pouco aproveitados durante o segundo semestre, como o lateral-esquerdo Lucas Olaza e o meia Nathan, além do volante Matteus e do atacante Pedro Paulo (que entraram no segundo tempo). Segundo Claudinei, não havia jogo melhor para testá-los:

- Não tinha jogo melhor para isso. Eles estavam tranquilos, mas jogavam contra um adversário que precisava vencer. Então, foi bom para observá-los - falou em coletiva após a partida.
O técnico do Atlético-PR apontou o trabalho no dia a dia, com todo o elenco, como fundamental para a atuação diante do clube paulista. Claudinei falou que aplica o mesmo treinamento para titulares e reservas, o que facilita na assimilação da estratégia de jogo:

- O jogo nos dá uma tranquilidade, um respaldo por saber que os jogadores entenderam o nosso modelo de jogo. Se você pegar os jogos em que jogamos com a equipe considerada titular e este jogo (contra o Palmeiras), as linhas vão estar próximas, a equipe vai ter uma transição rápida, vai procurar sair jogando com a bola no chão. Isso se deve a gente trabalhar, sempre falo isso, com todos os jogadores do elenco. Não dou treino para os 11 titulares, dou treino para os vinte e poucos jogadores que temos no elenco. Isso ficou provado hoje. Fizemos oito mudanças, e os jogadores entraram e cumpriram. Então, quando a equipe está bem organizada, dificilmente você é surpreendido. Tivemos controle do jogo.

Claudinei Oliveira, técnico do Atlético-PR (Foto: Marcos Ribolli )
Claudinei Oliveira observa jogadores pouco 
aproveitados durante o Brasileirão (Foto: 
Marcos Ribolli )


O jogo contra o Palmeiras tinha uma pressão extra porque Bahia e Vitória dependiam do Atlético-PR para não caírem. Havia a suspeita, por exemplo, que o Furacão poderia "entregar" o jogo para prejudicar o Rubro-Negro baiano, com quem ele protagoniza uma briga na Justiça pelo "caso Léo", hoje do Flamengo. A dupla Bavi, porém, perdeu seus jogos e acabou rebaixada. O comandante rubro-negro comentou sobre essa polêmica:

- A gente acaba sendo muito julgado, né? No dia a dia você é julgado, por uma substituição ou por uma escalação. O duro é você ser julgado pelo seu caráter, né? A pessoa achar que você vai botar o time para perder ou achar que vai prejudicar alguém... Esse achismo que incomoda um pouco a gente. A gente, por ter sido mais competente ao longo da competição, chegou à última rodada com a condição de poupar alguns jogadores e observar alguns jogadores. Aí somos obrigados a dar uma satisfação pela nossa índole, pela nossa ética, uma coisa que nunca deveria ser colocada em questão. Então, achei legal como acabou. Tudo certinho - completou.



Com o empate na tarde deste domingo, o Atlético-PR terminou o Brasileirão no oitavo lugar, com com 54 pontos - 15 vitórias, nove empates e 14 derrotas. O grupo entra de férias. O próximo compromisso será contra o Foz do Iguaçu, dia 1° de fevereiro, no Olím


FONTE;
http://glo.bo/1A6IlGU

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