Campeão do US Open e do WQS de Maresias, jovem de 19 anos vê evolução ao trocar Ubatuba pelos EUA e coroa boa fase com bons resultados no WQS e na elite
Líder do WQS em 2014, Filipe Toledo mira título do WCT em 2015 (Foto: Daniel Smorigo/Hurley)
- Estou me sentindo mais a vontade, mais tranquilo. Vida nova tem aquela energia muito boa. Me senti muito bem nos outros campeonatos, logo depois já ganhei o US Open e fui para Maresias sem pressão nenhuma. Acho que essa mudança para Califórnia resultou em muita coisa boa. E ter feito isso com toda a família me deixa muito mais confortável. A família é o ponto principal e todo mundo está gostando de morar nos Estados Unidos. A Califórnia é um lugar que eu me sinto muito bem. Sinto que ganhei muita experiência em pouco tempo e melhorei em pequenos detalhes que fazem a diferença no final. No ano que vem, vou treinar bastante para estar na corrida pelo título - disse Filipinho.
Campeão de duas etapas Prime do ranking de acesso, US Open, em Huntington Beach, na Califórnia, e o WQS de Maresias, em São Sebastião (SP), Filipe Toledo terminou 2014 na liderança do WQS (Divisão de Acesso). O jovem de 19 anos também teve um bom desempenho na elite do surfe (WCT), terminando o ano na 17ª posição do ranking. Em sua segunda temporada entre os melhores do mundo, ele ficou em quinto lugar em Pipeline (Havaí) e em Peniche (Portugal) e em nono nas etapas de Fiji, Hossegor (França) e Margaret River (Austrália). Desfalcou apenas a sétima etapa do WCT, no Taiti, por conta de uma lesão no tornozelo direito, mas voltou na parada seguinte, que, curiosamente, era em Trestles, o seu novo lar.
- Apesar de ter sofrido uma lesão e ter perdido uma etapa (Taiti), este ano foi muito bom para mim. Acho que depois da minha mudança para a Califórnia tudo começou a mudar. A minha vida mudou e o meu desempenho também. Consegui bons resultados. Estou muito feliz de ter terminado em primeiro no WQS e estar bem no ranking do WCT. Estou amarradão de ter um título que outros brasileiros já conquistaram - analisou o paulista de Ubatuba.
Filipe Toledo em frente à casa em que ficou
hospedado em Sunset Beach, no Havaí
(Foto: Carol Fontes)
Um dos principais destaques do "Brazilian Storm" ("Tempestade Brasileira"), apelido dado à nova geração de surfistas brasileiros, Filipinho diz que puxou de Ricardo o espírito guerreiro, a determinação e a vontade de lutar com todas as suas forças pelo seu objetivo. E o próximo já foi traçado: conquistar o título mundial. Esperança que se renovou ainda mais após o feito histórico do amigo Gabriel Medina, que tornou-se o primeiro brasileiro campeão mundial no Havaí.
- Se Deus quiser, eu vou conquistar o título mundial no ano que vem. Vou dar meu máximo para estar lá em cima, no topo do WCT, como o Gabriel esteve esse ano. Espero estar junto com os brasileiros lá também. E que 2015 seja um ano tão abençoado como 2014.
Filipinho deu um show de aéreos na final do
US Open e desbancou Willian Cardoso
(Foto: Brandon Means)
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