Gol do meia do Real Madrid aos 43 minutos do segundo tempo foi um dos raros momentos de emoção num frio - e chuvoso - duelo entre últimos campeões mundiais
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Nem parecia que os dois times em campo eram os últimos campeões mundiais. Não só pela falta de futebol de Espanha e Alemanha, na vitória dos atuais detentores do título, por 1 a 0, nesta terça, mas também porque os dois estavam descaracterizados, sem suas estrelas principais. Sem empolgar no começo de seus novos ciclos, ambas as seleções sofreram com falta de experiência e entrosamento, e um gol de Toni Kroos, aos 43 do segundo tempo, salvou a partida de um melancólico empate.
Dizer que foi uma noite pouco inspirada das duas equipes é pouco para um jogo em que muito se era esperado, e acabou beirando o tédio em determinados momentos. A Alemanha, com apenas quatro jogadores que disputaram a final da Copa em campo - Höwedes, Kroos, Götze e Müller - não contou com o brilho de seus craques, e ainda viu o último deixar o campo lesionado, ainda aos 22 minutos do primeiro tempo. Por outro lado, a Espanha, sem Diego Costa, Fàbregas, David Silva e Iniesta, e mesmo perdendo, mostrou que a dupla Isco e Morata, apesar de não ter conseguido tirar o time do zero, é parte promissora da renovação do grupo de Vicente del Bosque.
Sem grandes emoções, a não ser no gol no final, que calou o Estádio de Balaídos, e atuações apagadas dos campeões mundiais, o jogo teve como principal atração o meia-atacante Nolito, jogador do Celta de Vigo, clube dono do Estádio Balaídos. Em sua primeira convocação, o jogador se empolgou com a estreia especial, foi o mais perigoso da Espanha, mas parou em boa atuação do goleiro Zieler, substituto de Neuer, lesionado. No entanto, Kroos, alemão que hoje atua no Real Madrid, roubou a cena com seu gol e deve estampar a capa dos jornais alemães e espanhóis nesta quarta.
Toni Kroos é encoberto em comemoração do
gol da Alemanha contra a Espanha
(Foto: Agência EFE)
Frio e pouca animação
Em um começo frio como a temperatura de 12° com chuva que fazia em Vigo, os estreantes de Espanha e Alemanha demoraram um pouco para se soltar em campo. Nolito, talvez o mais pilhado para o confronto, criou boas jogadas nos primeiros minutos, mas seus companheiros não conseguiram dar sequência. Foi dele a chance que arrancou o primeiro grito da arquibancada, em chute defendido por Zieler, após jogada individual fora da área.
O pessoal começou a se soltar mesmo depois dos 20 minutos. Logo de cara, Casillas salvou os donos da casa em defesa espetacular. Os veteranos Müller e Götze tabelaram, e o autor do gol do título da Alemanha na final da Copa do Mundo parou nas mãos do arqueiro espanhol. Logo na sequência, Müller foi substituído por Bellarabi e seguiu direto para o vestiário, com dores na região lombar depois de entrada de Sergio Ramos.
Apesar de a melhor chance ter sido alemã, a Roja melhorou e equilibrou a partida. O trio ofensivo formado por Nolito, Isco e Morata, mostrou boa movimentação, mas falta de experiência e entrosamento. Na melhor chance oportunidade pela equipe, Morata viu o goleiro extremamente adiantado em contra-ataque, não chutou, e tocou para Isco. Mesmo em três contra dois, o meia errou na hora de devolver e perdeu a bola. Depois disso, a chuva fria apertou e dificultou o final da primeira etapa, com menos oportunidades das duas equipes.
Thomas Müller é substituído no primeiro
tempo com dores na região lombar (
Foto: AFP)
Espanha melhora, mas sofre gol no fim
A Espanha foi superior no segundo tempo e dominou as chances contra os atuais campeões do Mundo, que parecem não ter ainda superado a ressaca pós-título no Brasil. Isco e Morata continuaram criando as principais chances dos donos da casa, mas Nolito foi, mais uma vez, o que chegou mais perto de marcar para Roja, aos 14 minutos, quando sofreu falta e bateu. Zieler buscou no canto direito e impediu o gol.
Pressionando os atuais campeões do Mundo, os espanhóis estavam mais perto de fazer 1 a 0. Aos 37, o árbitro deu impedimento em cruzamento que Morata empurrou para o fundo das redes depois que todos já tinham parado, mas a infração foi mal marcada - Rüdiger dava condições.
No fim, Toni Kroos salvou o jogo do tédio total - ainda que os torcedores da Espanha no Balaídos preferiam que tivesse terminado assim do que da forma que o jogo realmente acabou. O meia do Real Madrid soltou um chute forte de fora da área, a bola quicou no gramado molhada e enganou o goleiro Kiko Casilla, que havia substituído o titular Casillas minutos antes.
Sergio Ramos foi um dos poucos nomes de
peso da Espanha (Foto: Agência Reutes)
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