quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Organização tira recurso de vídeo da 1ª fase do Mundial e preocupa atletas

Jogadoras ficam sabendo de última hora que desafio só estará disponível a partir da segunda fase do torneio. No masculino, o replay foi decisivo em um jogo do Brasil


Por Direto de Trieste, Itália


brasil x camarões  volei mundial (Foto: Divulgação/FIVB)
No jogo Brasil x Camarões houve um 
lance duvidoso (Foto: 
Divulgação/FIVB)


Apontado como um dos principais avanços para a modernização do vôlei mundial, o recurso do vídeo foi vetado da primeira fase de disputas do Mundial feminino de vôlei, na Itália. O replay, que inclusive definiu a primeira derrota do Brasil na competição masculina, na semana passada, só será utilizado a partir da segunda fase da disputa do torneio das mulheres. Divulgada de última hora, a decisão desagradou as jogadoras brasileiras.

- Eu acho importante ter. Não é que eles façam de propósito, mas os árbitros reservas erram bastante em momentos decisivos. Então, acho legal ter. Tem necessidade do desafio no feminino também, por que os árbitros erram do mesmo jeito. Acho que tinha que ter desde o início, mas, por algum motivo, não colocaram – argumentou a oposto Sheilla. 

O recurso do vídeo vem sendo utilizado constantemente nas competições. No Mundial masculino, disputado na Polônia até semana passada, o ponto decisivo da primeira vitória polonesa sobre o Brasil saiu depois de um pedido de desafio do técnico Stephane Antiga. A arbitragem acabou voltando atrás após constatar nas imagens que a bola desviara no bloqueio de Sidão. 

Brasil X Polônia Mundial de vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)
Brasileiros conferem imagens, após 
desafio pedido pelos poloneses 
(Foto: Divulgação / FIVB)


Na vitória brasileira sobre Camarões no Mundial feminino, nesta quarta-feira, o desafio seria utilizado em uma bola duvidosa, caso o recurso estivesse disponível. Nesta situação específica, não comprometeria o resultado do jogo, uma vez que a superioridade brasileira era muito grande. O medo, porém, é que em um jogo apertado isso faça a diferença.

- Em jogo importante, que depende de bola duvidosa, isso pode comprometer um pouco. Hoje mesmo teve um lance que o juiz não viu. Imagina se estivesse apertado? Por enquanto, os juízes não estão errando tanto. Espero que isso não possa comprometer a gente – comentou Fabiana.


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O aviso de que o recurso não estaria disponível em um primeiro momento do torneio não veio acompanhado de uma explicação oficial. A assessoria de imprensa do Mundial disse ao GloboEsporte.com que o provável é que tenham considerado desnecessária a utilização do desafio no feminino, já que “o jogo entre as mulheres é mais lento do que no masculino”. Portanto, não costumam surgir tantas dúvidas. 

Só quando já estava em Trieste, no início dessa semana, que o técnico José Roberto Guimarães ficou sabendo da novidade. Apesar de também achar que o recurso deveria estar disponível desde o primeiro jogo, o treinador lembrou que até pouco tempo todos eram obrigados a jogar sem qualquer tipo de auxílio de imagens.

- Só disseram que não teria e não deram nenhum motivo específico. Eu acho que poderia ter, né? Mas, se não tem, o que eu posso fazer? O que não tem remédio, remediado está. Então, vamos esperar para a segunda fase e acreditar que os árbitros vão ter uma boa atuação. Nós jogamos tanto tempo sem, não acho que vai ser um grande problema não ter nessa primeira fase.

O Brasil volta a jogar nesta quinta-feira, às 5h30 (horário de Brasília), quando enfrenta a seleção canadense, com transmissão ao vivo do SporTV. Os assinantes do Canal Campeão também podem acompanhar os lances pelo SporTV Play. Nesta primeira fase, as quatro melhores de cada grupo avançam à etapa seguinte. O Brasil lidera o Grupo B, com duas vitórias (6 pontos), seguido de Sérvia (5 pontos) e Turquia (3 pontos)


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