domingo, 31 de agosto de 2014

Pacotão do Vasco: vaias a Adilson, lambança, expulsão e quase golaço

Goleada de 5 a 0 para o Avaí tem perda de pênalti, cartão vermelho e fim da linha para treinador. Bicicleta de Dakson é um raro momento de qualidade do Cruz-Maltino

Por Rio de Janeiro






O Vasco adicionou um capítulo para lá de negativo à sua história. O time sofreu goleada de 5 a 0 para o Avaí, neste sábado, em São Januário, pela 19ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em uma tarde para ser esquecida, o Cruz-Maltino caiu em casa e sofreu uma derrota amarga - acentuada pela presença do clube na Segundona - e que tirou a equipe do G-4.

Ofensas a Adilson Batista, que deixou o cargo de treinador após o vexame, pênalti perdido por Douglas e expulsão do zagueiro Luan foram outros ingredientes que o inflamado caldeirão vascaíno.
NÃO AO RACISMO






Clube brasileiro pioneiro na luta contra a discriminação racial, o Vasco não ficou alheio ao caso envolvendo o goleiro Aranha, do Santos, alvo de ofensas racistas durante a semana, na partida contra o Grêmio. A torcida do Gigante da Colina compareceu ao estádio de São Januário munida de cartazes com inscrições como "Diga não ao racismo", em um ato de solidariedade ao arqueiro e de respeito ao próximo. 

QUASE GOL DE PLACA






Em um primeiro tempo de baixo nível técnico, o Vasco teve um lampejo de talento por meio do volante Dakson. Após lance inusitado, em que o goleiro Vagner, do Avaí, cortou um lançamento ao sair da área e tocar de cabeça, o atleta cruz-maltino, que estava de costas para a meta, não pensou duas vezes: arriscou uma bela bicicleta - como manda o figurino - de fora da área. Ele acertou a bola em cheio, porém, ela passou perto da trave esquerda. 
IRRITAÇÃO






A relação de Adilson Batista com a torcida do Vasco não era boa há algum tempo. No intervalo da partida, os torcedores do Gigante da Colina fizeram questão de externar o descontentamento com o comandante. A plenos pulmões, os gritos das arquibancadas pediam a saída de Adilson. Àquela altura, o placar ainda estava 2 a 0. No fim do jogo, houve mais protestos. As vozes ecoaram no vestiário e, depois do jogo, a diretoria anunciou a saída do treinador, feita em comum acordo.
PÊNALTI DESPERDIÇADO






A sorte parecia ter virado para o lado vascaíno aos 12 minutos. Lorran cruzou da esquerda, e Bocão, em um lance que mais lembrou uma partida de vôlei, usou as mãos para cortar a jogada. Pênalti. Douglas, que não costumava desperdiçar cobranças, bateu mal, à meia altura, e facilitou a defesa do goleiro Vagner. Foi o segundo pênalti seguido desperdiçado pelo camisa 10 da Colina (havia perdido também na vitória por 2 a 0 sobre o Ceará).
LAMBANÇA






Nada é tão ruim que não possa piorar. E o ditado caiu como uma luva para a defesa do Vasco, combalida por três gols sofridos. Em um bate-rebate dentro da pequena área, o time cruz-maltino não conseguiu afastar o perigo e quem tirou proveito da situação foi Diego Felipe. O meio-campista do Avaí pegou o rebote e assinalou o quarto tento dos visitantes. A insatisfação em São Januário, àquela altura, era geral. Muitos torcedores foram embora.
AZEDOU






O revés já estava consumado. Entretanto, o zagueiro Luan dificultou a vida do Vasco para o próximo compromisso, contra o América-MG, líder da Segundona. O defensor deu um carrinho frontal - e violento - em Marrone e levou o cartão vermelho direto. Desta maneira, além de ter de cumprir a suspensão automática no próximo confronto pela Série B, o camisa 21 vai continuar pendurado com dois cartões amarelos.

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